sábado, 15 de agosto de 2009

O dia de hoje

1969 - Abertura do Festival de Woodstock, o mais importante evento musical da história contemporânea. Idealizado por quatro jovens, Michael Lang, John Roberts, Joel Rosenman e Artie Kornfeld, foi realizado em uma fazenda em Bethel, perto de Nova York.

Durante três dias, de 300 a 500 mil jovens assistiram a um espetacular desfile de músicos e cantores. Participaram do evento artistas ligados a vários estilos musicais, todos ligados de alguma forma ao movimento hippie: Richie Havens; Santana; Janis Joplin; Creedence Clearwater Revival; Blood, Sweat & Tears; Crosby, Stills, Nash & Young; Jimi Hendrix; Joe Cocker (veja/ouça aqui a melhor performance da sua vida); Leon Russell; Joan Baez; The Who; Ravi Shankar.

Saiba mais sobre aqueles três inacreditáveis dias... e noites!

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

IBGE: População Brasileira

O País tem 191,5 milhões de habitantes, segundo uma estimativa divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). São Paulo é o Estado que mais concentra população, com 41,4 milhões de habitantes, o equivalente a 21,6% do total, de acordo com os dados divulgados nesta sexta-feira, 14.

O segundo Estado mais populoso é o de Minas Gerais, com 20 milhões, seguido pelo Rio de Janeiro, com 16 milhões. Os três Estados da região Sudeste, juntos, somam mais de 77 milhões habitantes, o que corresponde a 40,4% da população brasileira, dividida em 27 Estados e 5.565 municípios.

Entre os municípios, os dez mais populosos são todos capitais de seus Estados. São Paulo é a cidade com o maior número de habitantes, pouco mais de 11 milhões. O Rio de Janeiro é a segunda cidade mais populosa, com mais de 6 milhões, seguida por Salvador, que tem quase três milhões. Os outros municípios mais populosos são Brasília (DF), Fortaleza (CE), Belo Horizonte (MG), Curitiba (PR), Manaus (AM), Recife (PE) e Belém (PA), que se tornou a 10ª cidade com o maior número de habitantes do País, tomando o lugar de Porto Alegre (RS), que figurou na posição na útlima pesquisa do IBGE, em 2008. Os demais municípios mantiveram suas colocações.

Entre as cidades mais populosas, excluindo as capitais, cinco são paulistas e outras três do Rio de Janeiro. Guarulhos e Campinas são as únicas com mais de um milhão de habitantes, seguidas por São Gonçalo, Duque de Caxias e Nova Iguaçu, todas do Rio de Janeiro. São Bernardo do Campo, Osasco e Santo André, todas na Grande São Paulo, também estão entre os mais populosos municípios paulistas. Apenas Jaboatão dos Guararapes (PE) e Uberlândia (MG) são de outros Estados entre as que figuram na lista, que se manteve a mesma desde o último levantamento.

Menos populosas

Apenas dois municípios brasileiros permanecem com menos de mil habitantes. Borá (SP) e Serra da Saudade (MG) têm, respectivamente, 837 e 890 habitantes. A décima cidade menos populosa, Chapada da areia (TO), tem 1.273.

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

À minha Mãe, Francinete


É tão fácil permitir que a emoção tome conta do nosso coração e então toda ternura e todo carinho tomam forma de palavras, para que possam ser definidos.

E assim neste dia tão especial e maravilhoso, nós, seus filhos orgulhosos e privilegiados através desta mensagem, enviamos os nossos melhores e maiores votos de felicidade para o seu coração, mãe querida...

Te amamos muito, te agradecemos por tudo o que faz e fez por nós sabendo que nem sempre retribuímos a altura do seu merecimento, mas hoje é dia de abrir o coração e falar de amor, carinho, de apoio e de segurança, sentimentos que vem de ti mãe para os seus filhos.

Seu olhar firme e terno, suas decisões precisas e seus conselhos sábios nos indicando o caminho.

Só Deus em sua divina inspiração poderia ter criado um ser tão perfeito em atos e pensamentos como a mãe!!!

Obrigado Pai Celestial por nos ter dado esta mãe, essa mulher forte segura e firme que possui uma luz tão forte que irradia em nós o que buscamos e procuramos.

Que ele dê as forças necessárias para que sigas em frente em sua jornada e que por todo o caminho, estejamos ao seu lado.

Parabéns Mãe e Muitas Felicidades!!!

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

O balanço dos balanços - Jornal Bom Dia Brasil

O balanço dos balanços das empresas de capital aberto é bom. Nos Estados Unidos, as empresas começam a se afastar do precipício no final desse primeiro semestre. No Brasil, os balanços estão melhores do que o previsto. As empresas da área de mineração, siderurgia, tiveram quedas nos lucros ou até prejuízo. Os bancos tiveram pequena queda nos lucros. As empresas de varejo tiveram resultados muito bons.

As empresas da área de construção estão em plena recuperação. Nos Estados Unidos o ajuste foi mais doloroso. As empresas que estão recuperando a lucratividade são as que cortaram fortemente os custos, entre outras razões, com grandes demissões.

No mercado de ações, a Europa fechou perto da estabilidade. Mas na Ásia, as Bolsas tiveram forte queda. Esses últimos dias foram de notícias ruins. A Rússia divulgou ontem um dado horroroso: teve queda no PIB. Saiu de 7% de crescimento para 10% de queda, no segundo trimestre, que é de recuperação em muitos países.

A China também divulgou 23% de queda nas exportações, em relação ao mesmo período do ano passado. Agora, tem queda no crédito. Isso é assustador, porque é o comércio interno que está sustentando a China.

A crise continua, mas há pontos de melhora.

Nos Estados Unidos, a não divulgação de quanto os bancos perderam é a grande questão. Há várias melhoras, quando se olham os dados, porque os governos jogaram muito dinheiro nas economias. Mas o fator inicial da crise, os bancos quebrados, não foi resolvido. O ativo dos bancos ainda não está saneado e os bancos continuam sem a limpeza necessária para se recomeçar a economia.

Quércia admite ser candidato


Coisas da Política - Jornal do Brasil - 18/4/1989


Por Ricardo Noblat:

O Governador Orestes Quércia [São Paulo] finalmente abriu a guarda. Depois de 40 dias de recusas enérgicas em público e em particular, de negativas contundentes que pareciam não admitir retorno, caiu em tentação e concordou em disputar a indicação do PMDB para candidato à sucessão do Presidente José Sarney.

Foi o Governador Pedro Simon, do Rio Grande do Sul, quem arrancou de Quércia o que outros tinham tentado sem sucesso.

No meio da semana passada, Simon se reuniu no Rio de Janeiro com o jornalista Roberto Marinho, dono das Organizações Globo.

Ouviu dele a opinião de que o governador de São Paulo é o único candidato que o PMDB dispõe para ganhar a eleição presidencial.

Simon voou para São Paulo e lá se encontrou com Quércia. Conversaram longamente. Para efeito externo, Quércia saiu do encontro renovando seu apoio à candidatura de Ulysses.

Simon saiu pregando a renúncia coletiva dos atuais aspirantes a candidato pelo PMDB — Ulysses, Waldir Pires, Álvaro Dias e Íris Resende.

A portas fechadas com Simon, Quércia se rendera pouco antes. "Sem a esquerda, caracterizada pelas figuras de Arraes e Waldir, nem que todo o partido venha me pedir de joelhos eu não aceito ser candidato", estipulou o governador de São Paulo. Concordou pela negativa.

Se os Governadores Miguel Arraes [de Pernambuco] e Waldir Pires [da Bahia] decidirem apoiá-lo, Quércia se dispõe a disputar a sucessão pelo PMDB.

Simon exultou com o que Quércia lhe disse. De novo no Rio de Janeiro, para um encontro de governadores patrocinado por Moreira Franco, Simon conferiu a aceitação de alguns dos seus colegas ao nome de Quércia. Os governadores do Ceará, do Rio Grande do Norte e de Goiás aceitaram o nome de Quércia na hora.

O do Rio não se definiu. O de Pernambuco discordou e deixou o encontro pelo meio. "Quiseram me fazer engolir um prato feito", queixou-se Arraes no dia seguinte no Recife.

Arraes é autor de uma frase que não se cansa de repetir: "É melhor perder com Ulysses do que ganhar com Quércia". Com Ulysses, o PMDB poderá conservar o domínio sobre o espaço de centro-esquerda do país, resgatando seu antigo discurso mais afirmativo.

Com Quércia, imagina Arraes, se reproduzirá a mesma aliança de forças políticas que elegeu Tancredo Neves e que deu em Sarney.

Não é sem motivo, segundo Arraes, que o Ministro António Carlos Magalhães [das Comunicações] torce tanto para que Quércia seja o candidato do PMDB a presidente.

No ano passado, quando Otávio Ceccato, então presidente do Banco do Estado de São Paulo, foi acusado de cometer irregularidades, Quércia telefonou para o Ministro.

Fora informado de que o delegado Romeu Tuma, da Polícia Federal, planejava mandar prender Ceccato. António Carlos ligou para Tuma e ordenou que deixasse Ceccato em paz e que não incomodasse o governador de São Paulo.

"Ministro, o senhor está falando em seu nome pessoal ou em nome do presidente?" indagou o delegado. "No seu lugar, eu não procuraria saber", respondeu o ministro. Ceccato não foi preso.

Simon foi fisgado pela idéia de demolir possíveis resistências à candidatura de Quércia. Na última sexta-feira, em Porto Alegre, recepcionou o governador da Bahia e manteve com ele uma conversa a sós.

Convidou-o a compor na condição de vice a chapa a ser encabeçada por Quércia. Waldir Pires recusou o convite. Simon não desistiu. No dia seguinte, recebeu Arraes e propôs o nome de Quércia para candidato.

Arraes retrucou propondo o dele mesmo, Simon. Diante da insistência do governador do Rio Grande do Sul em louvar as qualidades da candidatura de Quércia, Arraes se aborreceu e deu sua palavra final. "O país está à beira da explosão social e vocês só pensam em ser pragmáticos? Não vou atrapalhar o pragmatismo de ninguém. Façam o que quiserem, que eu ficarei em casa.”

Se Arraes ficar em casa, Quércia também ficará.

Quércia não se arriscará a disputar a sucessão de Sarney sem o apoio da esquerda do PMDB representada por Arraes e Waldir.

Para ganhar tempo e ver se será possível atrair os dois, Quércia sugeriu a Simon articular a aprovação pelo Congresso de uma emenda à Constituição que diminua o prazo de desincompatibilização dos governadores para que concorram à eleição presidencial.

O prazo termina no próximo dia 15 de maio. Não mudará.

----------------

Amanhã - Crônica da traição anunciada

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Sarney não apoiará Ulysses


Coisas da Política - Jornal do Brasil - 23/3/1989

Por Ricardo Noblat:

O Presidente José Sarney decidiu negar seu apoio à pretensão do Deputado Ulysses Guimarães de vir a sucedê-lo no cargo a partir de março do próximo ano.

Foi o próprio Sarney quem revelou isso ao Governador Moreira Franco, do Rio de Janeiro. O presidente conversou com Moreira na última sexta-feira quando esteve no Rio para a solenidade de formatura de 154 guardas-marinhas. O governador não se surpreendeu com o que ouviu.

Sarney não forneceu as razões que o levaram a tomar a decisão. Elas poderão ser encontradas no relacionamento pontilhado de conflitos que ele e Ulysses mantiveram ao longo dos últimos quatro anos.

"Ulysses me estragou a vida", desabafou o presidente, irritado, logo após as eleições municipais do ano passado. "O PMDB não assume a posição de quem é governo. Ulysses nunca quis se comprometer com a proposta de pacto social."

Na ocasião, Sarney foi mais longe: "Eu não tenho mais nada a perder".

Depois da convenção nacional do PMDB encerrada no último domingo dia 12, o presidente perdeu o apoio formal do partido, que preferiu adotar uma posição de independência em relação ao governo dele.

Na véspera do dia da eleição do novo Diretório do PMDB, Sarney ainda disparou um telefonema para Ulysses, com quem não falava há algumas semanas. Animou-se com as notícias que davam conta do crescimento dentro do partido da candidatura do Governador Waldir Pires. Desde então os dois [Sarney e Ulysses] não mais se falaram.

Ulysses fez e confirmou sua opção preferencial pela aliança com os setores de esquerda do PMDB. Sarney liberou o Ministro Íris Resende para que assumisse a condição de aspirante a candidato do partido à sucessão presidencial. Íris assumiu. Ao liberá-lo, [Sarney] já decidira largar Ulysses de mão.

Íris se reuniu nas últimas 24 horas com os governadores da Paraíba, do Rio Grande do Norte e do Ceará. Não pediu o apoio de nenhum deles para sair candidato pelo PMDB. Ocupou-se em justificar o lançamento do seu nome. Lembrou que é um político que jamais perdeu uma eleição. Citou a boa imagem que acha que tem como Ministro da Agricultura.

Defendeu o governo que integra. Argumentou que Sarney assumiu o cargo para cumprir uma tarefa, essencialmente, política: a de promover a redemocratização do país.

Íris observou que a tarefa foi cumprida: os partidos comunistas foram legalizados, as restrições à liberdade de opiniões suspensas, a eleição direta para Presidente da República restabelecida e uma nova Constituição promulgada [em 1988].

A crise econômica que dificulta o crescimento do país foi gerada no governo anterior, desculpou-se o ministro. Sarney tudo tem feito para conjurá-la. Com o Plano Verão, poderá legar ao sucessor uma inflação sob controle.

O discurso franco, direto de Íris causou boa impressão junto aos três governadores. "Pelo menos, não é um discurso ambíguo, como tantos que tenho ouvido” , comentou o Governador Geraldo Melo, do Rio Grande do Norte. Mas só um deles — o da Paraíba — admitiu, desde logo, aderir ao nome do ministro.

A decisão de Sarney de não apoiar Ulysses, e a dos moderados do PMDB de sustentarem a candidatura de Íris, poderão servir para aparar as diferenças que impedem, até agora, a união das correntes que somaram 62% dos votos da convenção do PMDB em torno de um nome para candidato a presidente. Ou elas encontram um nome ou perderão a indicação do candidato.

Ulysses ainda poderá vir a ser esse nome. O que parece cada dia mais difícil é que o próximo presidente atenda pelo nome de Ulysses.

---------

Amanhã - Quércia admite ser candidato