sábado, 20 de março de 2010

Presente para os tucanos

Finalmente, depois de tantas interrogações que pairavam sobre a cabeça de muitos tucanos, o governador de São Paulo, José Serra (PSDB), declarou que virá candidato à presidência da República.

Em entrevista a uma emissora de televisão, ele afirmou que será usado como estratégia de campanha, desvincular o nome do presidente Lula ao da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff. Ele categorizou que sua campanha será oficialmente lançada já no começo do próximo mês quando termina o prazo para a descompatibilização dos cargos de todos que concorrerão nas eleições deste ano.

Ao completar 68 anos, deu para tucanos desesperados esse presente.

Agora, é hora de os tucanos se debruçarem sobre suas bases e fazer a parte deles. Não dá para deixar tudo para o período da campanha oficial. Será uma tarefa muito difícil, principalmente para os estados da região Nordeste, onde o presidente Lula tem popularidade estratosférica.

As eleições de 2010 já começou!

sexta-feira, 19 de março de 2010

A galinha dos ovos de ouro

Petrobrás tem lucro de R$ 8,129 bilhões no 4º trimestre

No acumulado do ano, lucro líquido ficou em R$ 28,982 bilhões, queda de 12,1% sobre 2008

André Magnabosco, Monica Ciarelli, Kelly Lima e Tatiana Freitas, da Agência Estado, com Reuters

RIO E SÃO PAULO - A Petrobrás apresentou lucro líquido de R$ 8,129 bilhões no quarto trimestre de 2009, alta de 31,34% sobre o mesmo período do ano passado. O Ebitda somou R$ 15,016 bilhões no quarto trimestre, crescimento de 62,8% ante o quarto trimestre do ano anterior.

No acumulado do ano, o lucro líquido ficou em R$ 28,982 bilhões, queda de 12,1% sobre 2008 e o Ebitda totalizou R$ 59,944 bilhões, baixa de 4,85% sobre o ano anterior.

Receita líquida cai

A empresa obteve receita líquida de R$ 47,633 bilhões no quarto trimestre do ano, mostrando queda de 8,6% sobre o mesmo período de 2008. No mesmo intervalo, o lucro bruto totalizou R$ 18,055 bilhões, com aumento de 23,7%. O lucro operacional, antes do resultado financeiro, equivalência patrimonial e impostos, atingiu R$ 10,657 bilhões, mostrando evolução de 119,4%.

No acumulado do ano, a receita líquida somou R$ 182,710 bilhões, com retração de 15%. O lucro bruto ficou estável em R$ 73,673 bilhões e o lucro operacional atingiu R$ 46,128 bilhões, em linha com os R$ 45,950 bilhões do exercício anterior.

Captação recorde

O diretor financeiro, Almir Barbasa, informou que a estatal bateu recorde ao captar R$ 74,350 bilhões em 2009, com um prazo médio superior a 10 anos. No período, a companhia amortizou R$ 27 bilhões. Segundo o executivo, as captações conseguiram alongar o prazo da divida da estatal, que passou de 4,2 anos para 7,5 anos. O balanço da empresa mostra que o endividamento atingiu R$ 100,329 bilhões em 2009, contra R$ 64,713 bilhões do ano anterior.

Apesar do aumento da divida, Barbassa destaca que o alongamento no prazo da divida dá tranquilidade à empresa para obter um fluxo de caixa que suporte os investimentos previstos. "O aumento não coloca a empresa em xeque", disse.

Meta de produção menor

A Petrobrás também informou que reviu sua meta de produção para o ano de 2010, dentro da estratégia de atualização de seu plano de investimentos.

Segundo o diretor financeiro da estatal, Almir Barbassa, a nova meta será de 2,100 milhões de barris de óleo por dia, ante uma meta anterior de 2,171 milhões. A redução da meta é para "torná-la mais próxima da realidade", disse Barbassa.

Segundo ele, a meta de 2,050 milhões de barris por dia não foi atingido no ano passado. A produção foi de uma média de 1,971 milhão de barris por dia em 2009.

Investimentos

A Petrobrás encerrou 2009 com investimentos totais de R$ 70,757 bilhões, novo recorde anual da companhia. O resultado representa uma expansão de 33% em relação ao ano anterior, quando a companhia havia registrado aporte recorde de R$ 53,349 bilhões. Os investimentos diretos da estatal no ano passado somaram R$ 63,663 bilhões. As sociedades de propósitos específicos somaram outros R$ 5,564 bilhões, enquanto que os empreendimentos em negociação movimentaram R$ 1,530 bilhão.

A maior parte do investimento direto foi direcionada à área de Exploração e Produção, que recebeu R$ 30,819 bilhões. Em seguida apareceram as áreas de Abastecimento (R$ 16,508 bilhões), Gás e Energia (R$ 6,562 bilhões) e Internacional (R$ 6,833 bilhões).

A empresa anunciou que vai investir entre US$ 200 bilhões e US$ 220 bilhões entre 2010 e 2014, ante US$ 174,4 bilhões do plano de investimentos anterior para o período 2009-2013.

(Reportagem de Denise Luna)

quarta-feira, 17 de março de 2010

Caso Isabella

CBN; O Globo

O desembargador Luís Soares de Mello, do Tribunal de Justiça de São Paulo, negou a suspensão do julgamento do casal Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá, acusado de matar a menina Isabella Nardoni, em março de 2008. O júri está marcado para a próxima segunda-feira, no Fórum Criminal de Santana, na Zona Norte da capital paulista.

O advogado dos acusados, Roberto Podval, alegou, em pedido de liminar, que a realização do julgamento sem a produção das provas pretendidas estaria marcada por vício insanável de cerceamento de defesa. Podval ainda salientou que a defesa precisava de mais tempo para possibilitar a reprodução simulada ou a produção de animação gráfica das teses sustentadas. Podval ainda pedia o reexame, com luzes forenses, do local dos fatos e dos lençóis das camas dos irmãos da vítima.

Para o desembargador, a defesa tem por objetivo adiar o julgamento.

A menina Isabella morreu ao ser jogada do sexto andar do prédio onde moravam os acusados na zona norte de São Paulo. Para a promotoria, a madrasta tentou esganá-la e o pai a jogou do sexto andar do apartamento pela janela. O casal, que está preso em cadeias no interior de São Paulo, alega inocência. Eles sustentam a tese de que uma terceira pessoa jogou a menina do prédio.

Os dois serão julgados pelos crimes de homicídio triplamente qualificado (meio cruel, impossibilidade de defesa da vítima, visando garantir impunidade de delito anteriormente praticado) e fraude processual (limpar a cena do crime antes da chegada da polícia).

terça-feira, 16 de março de 2010

A confusão dos royalties

Miriam Leitão

Com ou sem o argumento das Olimpíadas, a proposta de divisão do dinheiro do petróleo é injusta para o Rio de Janeiro. Temos que olhar as origens. Tudo isso foi criado, a participação especial foi criada, o royalty aumentou porque o petróleo tem um sistema de tributação diferente.

O secretário de Fazenda do Rio de Janeiro, Joaquim Levy, me disse o seguinte: se o petróleo pudesse cobrar ICMS (que é o principal imposto estadual) na origem, como todos os outros produtos, o carro de São Paulo, a carne do Rio Grande do Sul, o Rio de Janeiro recolheria R$ 7,5 bilhões. Mas não pode cobrar. O imposto sai do consumidor.

Da maneira como está, todos os estados se beneficiam do petróleo e da circulação dos derivados de petróleo, porque é cobrado no estado consumidor. São Paulo, o maior consumidor dos derivados de petróleo, é o que mais ganha com isso.

A emenda Ibsen é demagógica. Diz que o Piauí, que estava excluído, vai ganhar. Ninguém estava excluído, porque todos os estados podem cobrar ICMS no consumo do petróleo e o Rio de Janeiro não pode cobrar na origem, como em todos os outros produtos.

Fora isso, há quebra de contrato, há muita coisa errada nessa emenda, que cria uma crise federativa. Hoje, está todo mundo brigando por isso. O deputado Ibsen produziu isso, mas houve principalmente falta de liderança do presidente Lula na condução desse processo. Ele não pode se omitir quando os estados estão brigando.

Não adianta convocar passeata. Desde o começo, o governador do Rio, Sérgio Cabral, deveria ter negociado, convencido a opinião pública de que o Rio não está sendo injusto ao ficar com os royalties. Acho que isso está mal explicado. Sinto pelos e-mails de pessoas de outros estados, que desconhecem algumas coisas importantes a respeito do petróleo.

O Rio de Janeiro não pode cobrar o imposto mais importante do produto, o ICMS, porque isso é feito no estado que consome. Mas qualquer leite que sai do Rio Grande do Sul, por exemplo, vai ter recolhido lá o imposto. Essa forma de cobrar faz com que todos os estados tenham uma arrecadação importante no consumo dos derivados de petróleo que o Rio de Janeiro não tem.

Se estabelecesse essa cobrança, resolveria o problema, porque é mais do que o estado consegue hoje com os royalties, mas os outros perderiam muito dinheiro, o que também criaria um grande problema.

Acho que o governador errou desde o começo, porque tinha de ter mantido a briga pelo convencimento. Porque é assim que se organiza uma Federação. Ele também aceitou quando o presidente disse para ele não reclamar, porque resolveria o problema. Abriu mão, com isso, de suas responsabilidades. E criou-se, assim, um conflito federativo esquisito, porque está todo mundo contra o Rio de Janeiro. Há quantos anos não tínhamos uma crise federativa? E, de repente, vai ter passeata na rua contra quem? O Brasil?

A reação do deputado Ibsen Pinheiro, ao propôr o perfume no bode, é deixar a conta para a União. Ela passaria a ressarcir os estados, mas isso cria nova confusão. Tirar da União é também, indiretamente, tirar dos estados, porque ela repassa recursos. Há compromissos de gastos para esse dinheiro dos royalties do petróleo para a preparação das Olimpíadas de 2016.

Isso tudo é uma irresponsabilidade muito grande. O Rio concentra 85% do petróleo. E vamos imaginar se não fosse assim. Em 2008, quando ele foi a US$ 146, o que teria sido do Brasil? O petróleo que é explorado no estado beneficia o país como um todo, porque deixa de importar e, portanto, tem pressão menor na sua balança comercial.

O Brasil deve conversar sobre isso até se chegar a uma solução que deixe todo mundo convencido. O que não pode é um deputado decidir fazer uma emenda demagógica e manipuladora, porque vira para 24 estados que não recebem royalties e oferece esses recursos. E ficam dois contra 24. Não é com o peso da superioridade númerica que se faz uma Federação, mas com o da argumentação justa.

segunda-feira, 15 de março de 2010

Gestão em Recursos Humanos na Uniabeu

No último sábado, 13, aconteceu no Campus da Uniabeu em Belford Roxo, a solenidade de colação de grau da turma do primeiro curso de Gestão em Recursos Humanos.

Foi uma cerimônia linda! E registrei um momento trivil, porém ímpar: a oradora da turma, Lidyane Saraiva, em ação. Vejam no vídeo abaixo.