sábado, 2 de fevereiro de 2008

Episódio: Cartões Corporativos com mais um ministro

A assessoria de imprensa da Secretaria Especial de Promoção da Igualdade Racial informou que os gastos da ministra Matilde Ribeiro com cartão corporativo – R$ 171 mil no ano passado, com diárias, aluguel de carros, hospedagem, compra em loja livre de taxas de importação em aeroporto – foram feitos durante viagens de trabalho.

A assessoria explicou que as viagens foram feitas para acompanhar a implementação de políticas do órgão: "Portanto, há necessidade de articulação com governos estaduais, municipais e instituições públicas e privadas, e interlocução com a sociedade civil que implicam cumprimento de agenda em todo o país."

O maior gasto da ministra durante as viagens foi para pagar aluguel de carros: 94 dessas operações somaram R$ 118.683,17, para deslocamentos dentro de cidades, regiões metropolitanas e comunidades quilombolas.

Houve ainda, segundo a assessoria, necessidade de alugar veículos com tração nas quatro rodas.

Para cobrir despesas com hospedagem (64 registros), o maior dos gastos foi no Rio de Janeiro, no Hotel Glória, no valor de R$ 2.346,80, durante viagem de trabalho em março de 2007.

O extrato do cartão da ministra, divulgado pela Controladoria Geral da União, aponta gasto de R$ 461,16 em uma loja chamada Dufry Brasil, em outubro.

De acordo com a assessoria de Matilde Ribeiro, houve um engano na hora do pagamento da despesa. Ela "foi notificada internamente em dezembro de 2007, período em que estava de férias e recesso de final de ano, e o ressarcimento à União foi efetuado em janeiro, quando do retorno da ministra ao trabalho."

Já o ministro Altemir Gregolin, da Secretaria Especial de Aqüicultura e Pesca, pagou com o cartão R$ 22.652,65 durante viagens para cumprimento de agenda oficial, segundo informações da assessoria do ministro.

A principal despesa foi o pagamento de hospedagens, cerca de R$ 15 mil, dos quais R$ 740,70 no Hotel Bourbon, em Foz do Iguaçu (PR).

Despesas com alimentação também se destacam no extrato e a maior delas, no valor de R$ 120, foi na Churrascaria Porcão, no Rio de Janeiro.

De acordo com a assessoria de Gregolin, o ministro não usa o cartão corporativo para pagar despesas de outras pessoas ou com bebidas alcoólicas.

O terceiro da lista de ministros que mais gastaram com cartão corporativo é o do Esporte, Orlando Silva, cuja despesa no ano passado somou R$ 20.112,35, para pagamento de diárias e alimentação durante viagens oficiais, segundo a assessoria.

E hoje, ele devolveu R$ 30,8 mil do cartão corporativo afirmando que a devolução seria para evitar politização, mas que os gastos foram legais.

Isso parece estranho, pois se tem comprovantes lícitos do uso não precisaria devolver dinheiro algum.

Portanto, vamos ver no que isso vai dar, se vai criar corpo e chegar ao extremo de termos mais uma CPI no senado.

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