terça-feira, 27 de maio de 2008

Maior comunicação entre os países do Sul

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta segunda-feira (26), durante o programa de rádio Café com Presidente, que a criação da União das Nações Sul-Americanas (Unasul), oficializada na sexta-feira (23), abriu caminho para a criação de uma economia comum entre os 12 países da América do Sul.

"Vamos caminhar para, no futuro, termos um Banco Central único, para ter moeda única, mas isso é um processo e não uma coisa rápida”, afirmou o presidente. Lula se referia ao Banco da América do Sul, ou Banco do Sul, idéia que vem sendo estudada há algum tempo e que foi incluída na agenda oficial de discussões do Mercosul também na semana passada.

De acordo com o presidente, é importante que a Unasul seja usada para fomentar o crescimento de países como Paraguai, Uruguai e Bolívia, que possuem “economias mais frágeis”. “Temos obrigação de ajudá-los”, afirmou Lula, “porque, quanto mais forte economicamente forem os países da América do Sul, mais tranqüilidade, paz, democracia, comércio, empresas, empregos, renda e desenvolvimento” haverá no continente.

Lula disse acreditar que, se alguns países não aceitarem a criação do Banco do Sul e de uma moeda única, isso não será sinal de crise, pois o fato é “normal em uma convivência democrática na diversidade".

Lula também comentou no programa a criação do Conselho de Defesa Sul-Americano, proposta pelo Brasil, aceita por outros dez países do continente, mas rejeitada pela Colômbia. O governo colombiano condiciona sua adesão à proposta ao reconhecimento, por parte da Unasul, de que as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) são um grupo terrorista.

Brasil e Venezuela estão entre os que não classificam a guerrilha como terrorista, mas mesmo assim Lula se mostrou otimista. “Conversei com o presidente [da Colômbia, Álvaro] Uribe e vamos voltar a conversar”, disse Lula. “Estou viajando à Colômbia no dia 20 de julho e acho que as coisas vão se acertar”, afirmou.

O prazo para Lula convencer Uribe e aceitar a proposta, e dar ao governo brasileiro uma significativa vitória diplomática, é curto. Nos próximos três meses, emissários dos países que formam a Unasul vão analisar a possibilidade da criação do Conselho de Defesa e elaborar uma proposta para ser votada por seus integrantes.

Um comentário:

Anônimo disse...

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