quarta-feira, 14 de maio de 2008

Resumo do Trabalho

Desigualdade Cultural

por: Camila Custódio, Cristiane Tiné, Ellyel dos Santos, Fabiane Laureano,
Leonardo Vasconselos, Marcus Vinícius, Michele Cíntia, Wanderson Filadelfo
Tudo aquilo que o Brasil fez certo está funcionando: há mais crianças na escola; hoje o analfabetismo caiu; menos crianças morrem ao nascer; o brasileiro vive mais; a renda aumentou; até a desigualdade caiu pelo efeito de duas políticas: a manutenção da inflação baixa e os programas de transferência de renda, como Bolsa-Escola e Bolsa-Família.

No entanto, a desigualdade, seja ela de gênero racial, social ou cultural, infelizmente ainda está presente em todos os lugares.

Em análise, sabe-se que existe uma diversidade enorme de cultura, diversidade esta constituída pela participação dos negros, índios e brancos, sem distinção de raça. No entanto, a desigualdade, através de variáveis irrelevantes, cresce a cada dia.

A arte – teatro, cinema, pintura, música – também faz parte desse universo desastroso do preconceito.

Muitas das manifestações culturais brasileiras estão identificadas com a população negra. O samba, caboclinho, maracatu, capoeira e muitas outras são lembradas como parte da grande contribuição dos negros para a cultura nacional. Da mesma forma os indígenas formaram boa parte da identidade cultural tão rica em nosso país e desejam ser reconhecidos como nação que são, vendo valorizadas sua língua, seus costumes, suas danças e rituais

Prega-se muito sobre igualdade, mas na realidade, muitas vezes, ela foge do alcance atribuindo espaço para a desigualdade. Mas, afinal, por que existe desigualdade cultural? O Brasil é um país de grande diversidade cultural, danças, sotaques, religiões, formações étnicas, é uma mistura de tudo.

Agora, estabelecer esses parâmetros sem pronunciar suas deficiências seria como querer “tapar o sol com a peneira”. Mesmo com sua diversidade cultural vive-se, também, a desigualdade cultural.

Fator contribuinte e alarmante para isso é o sistema econômico, que bloqueia muitas pessoas de incluir em seu orçamento um programa cultural, enquanto estes possuem apenas o capital para tentar sobreviver. No entanto, ricos e poderosos estão enriquecendo cada vez mais. É o velho problema da má distribuição de renda.

Segundo Maria Eduarda Araújo, “Desigualdade social e desigualdade cultural caminham juntas no mundo globalizado. Muito se fala de globalização nos dias atuais, principalmente porque ela (a globalização) é um dos principais sintomas da fragmentada sociedade pós-moderna, apesar de ser um fenômeno, por assim dizer, bastante antigo. Todavia, os países centrais e os países periféricos sentem a realidade desse fenômeno de maneiras totalmente opostas. De um lado, o que se chama de globalização ideal, pregada pelas nações dominantes, principalmente pelos Estados Unidos. De outro, a chamada globalização real, vivida pelos países mais pobres do globo. A diferença entre essas duas correntes é gritante e merece ser pontuada: os países centrais pregam uma globalização baseada no livre comércio, justa divisão de riquezas, oportunidade de desenvolvimento e crescimento econômico para todos.”

Isso significa que, por seu acesso mais amplo a cultura das classes dominantes (ricos) acaba tornando-se massiva nos meios de comunicação e impondo-se ao conjunto da população.

Há muito a fazer. Melhorar a educação, fazer muita obra de saneamento, ter políticas mais permanentes de melhoria de renda dos pobres. Mas, é preciso ser feito já.

Portanto, caminhar para a igualdade social só será possível se esse caminho for palmilhado em estreita união com a luta pela igualdade cultural.

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