sexta-feira, 6 de junho de 2008

Mais uma vez nos holofotes

Dilma Rousseff, ministra da Casa Civil, está de novo no centro de um escândalo: a suposta interferência do governo na venda da Varig e da VarigLog. E mais uma vez será obrigada a ir ao Senado para ser inquirida por senadores que fazem parte da Comissão de Infra-Estrutura (CI). Ali, no final da manhã, foi anunciado pelo presidente da comissão, Marconi Perillo (PSDB-GO), que Dilma será convocada para depor no próximo dia 19, quinta-feira.

Quando o escândalo da vez era a farra dos cartões corporativos e a Casa Civil acabou envolvida na confecção de um dossiê com dados sigilosos do governo FHC, Dilma foi convocada na CI para falar do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). De fato, falou muito de PAC, mas não pôde fugir das perguntas sobre dossiê.

Agora, Dilma foi convocada para falar da usina hidrelétrica de Belo Monte, no Pará. Mas deverá responder sobre um novo escândalo envolvendo seu nome. Em entrevista ao jornal O Estado de S.Paulo, a ex-diretora da Agência Nacional de Aviação (Anac) Denise Abreu acusou Dilma de fazer pressão política para facilitar a venda das empresas Varig e Varilog em 2005 a um fundo Americano. A lei brasileira proíbe estrangeiros de serem donos de mais de 20% das companhias aéreas.

Denise foi convocada a depor na CI na próxima quarta, dia 11. Uma semana depois, dia 18, serão ouvidos Miltom Zuanazzi, ex-presidente da Anac, e os sócios brasileiros que compraram a Varig, Marco Antonio Audi, Luiz Eduardo Gallo e Marcos Haftel. No dia seguinte, será a vez de Dilma.

Flexa Ribeiro(PSDB-PA), autor do requerimento, garantiu que de fato está interessado nas obras de Belo Monte. E que só questionará Dilma sobre a venda da Varig a depender do depoimento de Denise Abreu, uma semana antes.

A idéia de levar Dilma na CI para falar de Belo Monte foi aprovada em 8 de fevereiro de 2007. Era apenas um convite. Convidado não tem obrigação de comparecer. Convocado, sim. Em 3 de abril , os senadores de oposição aprovaram pelas costas da base governista um requerimento transformando o convite em convocação.

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