sexta-feira, 11 de julho de 2008

Breve análise da Economia Brasileira (de olho na INFLAÇÃO)

Inflação

Conceito: Aumento geral dos preços (em geral acompanhado por um aumento na quantidade de meios de pagamento).

Países emergentes como o Brasil, China e Argentina estão entre os países mais ameaçados pela alta de preços intensificada nas últimas semanas.

Eles exibem saúde econômica parecida com a de países ricos nos anos 70, quando ocorreu a última grande crise inflacionária.

Além de alimentos e combustíveis, os preços altos já contaminam outros produtos e alguns serviços.

Preocupados com preços ascendentes de commodities, isto é, produtos primários, especialmente os de grande participação no comércio internacional, como café, algodão, minério de ferro, petróleo, entre outros, os bancos centrais dos EUA e da EU têm feito de tudo para evitar que a inflação dispare.

No Brasil a taxa está na casa de 2% à 6%.

Diante da ameaça, nações como o Brasil têm lançado mão de aumentos dos juros para conter a demanda e, como conseqüência, a inflação.

A taxa de juros por aqui, que ficara estacionada em 11,25% por vários meses, subiu recentemente para 12,25% e, com certeza, chegará a mais de 14% em 2008.

Num primeiro momento, os alimentos foram protagonistas no cenário de inflação ascendente.

Agora, os ajustes se dissiparam e atingem a maior parte da cesta de produtos que integra o IPCA – Índice de Preços ao Consumidor Amplo, calculado pelo IBGE, esse índice mede a variação de preços para as famílias com rendimentos mensais entre 1 e 40 salários mínimos, nas 11 principais regiões metropolitanas. É também, usado pelo Copom, Conselho Política Monetário Nacional para calcular a meta de inflação para o Brasil a cada ano -.

A inflação oficial, calculada pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), encerrou o primeiro semestre com alta acumulada de 3,64%, segundo dados divulgados nesta quinta-feira (10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A taxa é a maior para um semestre fechado desde 2003, quando ficou em 6,64%.

Em junho, a taxa recuou frente ao mês anterior, passando de 0,79% para 0,74%. Em 12 meses, a alta acumulada é de 6,06%, a maior nesta base de comparação desde novembro de 2005 (6,22%).

O maior impacto para a inflação do semestre veio dos preços dos alimentos, que acumularam variação de 8,64% no período. O grupo representou 1,88 ponto percentual do IPCA do período. Alimentos e bebidas também exerceram o maior impacto no IPCA acumulado nos 12 meses terminados em junho de 2008: com um variação de 15,79%, respondeu por 3,43 pontos percentuais, mais da metade do índice geral (6,06%).

No acumulado do ano, também pesou sobre a taxa a inflação do grupo saúde, que, com um aumento de 3,47%, respondeu por 0,37 ponto percentual.

A maior contribuição individual para o IPCA do primeiro semestre veio das refeições fora do domicílio: 0,30 ponto percentual (variação acumulada de 7,94%). Por outro lado, TV, som e informática (-5,83%); álcool (-3,21%); e gasolina (-1,21%) foram os principais índices negativos no primeiro semestre.

Os preços dos alimentos voltaram a liderar a contribuição para a taxa do IPCA em junho (1,74%), explicando 63% do resultado do mês. No mês, a alta de 2,11% no grupo alimentação e bebidas foi ainda maior do que a registrada em maio (1,95%). O aumento nos preços continuou generalizado e apenas o óleo de soja (-2,76%) e as frutas (-1,96%) merecem destaque pelas quedas.

O arroz com feijão ficou bem mais caro de maio para junho. Pagando 9,90% a mais pelo quilo do arroz, que já subiu 38,21% no ano, o consumidor teve que deixar mais 7,54% no quilo do feijão preto, enquanto o tipo carioca teve seu preço acrescido de 15,55%. Mas, individualmente, foi o item carnes que ficou com a maior contribuição: 0,14 ponto percentual.

Os produtos não alimentícios, por outro lado, cresceram 0,34%, menos do que em maio, quando a taxa havia ficado em 0,46%. O acumulado no ano está em 2,26%. Entre as maiores variações, os destaques foram: gás encanado (8,76%), gás veicular (8,31%), passagens aéreas (3,70%), artigos de higiene pessoal (1,29%), artigos de limpeza (1,33%) e salário de empregado doméstico (1,04%).


INPC

Para as famílias com rendimento entre um e seis salários mínimos, a taxa de inflação para o semestre foi maior, de 4,26%, significativamente superior aos 2,20% referentes ao mesmo período do ano passado. Em junho, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) ficou em 0,91%.

Nos últimos doze meses o resultado foi 7,28%, também acima da taxa de 6,64% dos doze meses imediatamente anteriores. Em junho de 2007 o INPC foi 0,31%.

Os produtos alimentícios apresentaram variação de 2,38% em junho, enquanto os não alimentícios aumentaram 0,28%. Em maio os resultados foram 2,19% e 0,44%, respectivamente.

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