sábado, 2 de agosto de 2008

Jornal do Brasil

Em Nova Iguaçu, falta até alicate para fiscais

Quatro pessoas são responsáveis por fiscalizar a propaganda eleitoral de Nova Iguaçu, uma área de 524 quilômetros quadrados. Estão encarregados de coibir as irregularidades que seis candidatos a prefeito e 461 postulantes a uma vaga na Câmara dos Vereadores espalham pela cidade na forma de cartazes. Os fiscais investigam cerca de 20 denúncias que recebem diariamente. Além da escassez de gente, têm que lidar com a falta de material.

– Tiramos do bolso o dinheiro para comprar os alicates e cortar o arame dos cartazes ilegais. Mas precisamos de uma escada para alcançar os do alto – conta Danilo Gevegir, coordenador da fiscalização do TRE em Nova Iguaçu.

A maior parte das irregularidades é formada por cartazes maiores que o tamanho determinado pelo TRE (4 metros quadrados) ou que são afixados em distâncias menores do que 1,5 metro um do outro. Muitos também são colocados em locais públicos, o que é proibido

– A gente arranca em um dia e no outro os cabos eleitorais colocam de novo – conta Leandro Gomes Oliveira, chefe do 156º Cartório Eleitoral, de Vila de Cava, Nova Iguaçu, acrescentando que apreende cerca de 50 placas todos os dias.

E vai piorar, avisa Danilo Gevegir. Até o momento, conta Gevegir, quando avisados, os candidatos retiram a propaganda ilegal. Até porque a multa prevista varia de R$ 22.300,00 a R$ 53 mil, segundo o fiscal. Mas a trégua tem data marcada para terminar. Em meados de agosto, quando a propaganda eleitoral estiver liberada na televisão, a disputa por por espaços nas ruas vai ficar feroz.

– Depois que a campanha começar para valer, a quantidade de material irregular que vai para as ruas triplicará. E os candidatos não vão nem querer saber – conta o fiscal.

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