quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Desafios para o próximo presidente dos EUA

Novo presidente terá que lidar com questão energética.

Os norte-americanos tentam se tornar independentes do petróleo importado, mas o caminho para a auto-suficiência energética esbarra em uma questão de interesse mundial: a preservação do meio ambiente.

Nesta semana, o Jornal Nacional está apresentando uma série de reportagens sobre os maiores problemas que o próximo presidente dos Estados Unidos terá que enfrentar. Nessa quarta-feira, os correspondentes Lília Teles e Luís Cláudio Azevedo mostram o desafio da energia.

O milharal, no estado de Iowa, vai até onde a vista alcança. A região, conhecida como o "cinturão do milho", inclui 11 estados do Meio Oeste americano.

A disseminação das lavouras é o resultado do incentivo do governo americano para a produção de biocombustível. Os subsídios chegam a US$ 4 bilhões por ano.

Os Estados Unidos tentam se tornar independentes do petróleo importado do Oriente Médio e da Venezuela, mas o caminho para a auto-suficiência energética esbarra em uma questão de interesse mundial: a preservação do meio ambiente.

Considerado um país muito mais preocupado em manter suas riquezas do que em combater o aquecimento global, os Estados Unidos agora estão no centro de uma discussão sobre as vantagens e desvantagens da produção do etanol de milho. Já são, pelo menos, 200 usinas abastecendo o país, enquanto são criticadas pelos ambientalistas.

É uma lista de críticas: contaminação dos rios pelo nitrogênio usado nas lavouras; uso de combustíveis fósseis como gás natural e carvão; emissão de gases tóxicos na fumaça das usinas.

O candidato democrata, Barack Obama, defende a ampliação da produção de etanol. Ele diz que a abertura do mercado ao álcool brasileiro mantém a dependência americana do combustível estrangeiro.

Já o candidato republicano, John McCain, é a favor do fim das barreiras tarifárias, cobradas pela importação do biocombustível, o que seria vantajoso para o etanol brasileiro.

Quando o assunto é perfuração de poços de petróleo e gás na costa americana e no Alasca, também há divergências. McCain apóia e Obama acha que não resolveria o problema.

Os Estados Unidos consomem um quarto do petróleo produzido no mundo e têm apenas 3% das reservas. Sarah Palin, parceira de McCain, apóia a exploração até na Reserva Natural de Vida Selvagem, habitat de ursos polares ameaçados de extinção.

A seis dias das eleições presidenciais, cerca de 15 milhões dos 213 milhões de eleitores registrados já votaram. Ao todo, 32 estados americanos permitem a votação antecipada.

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