terça-feira, 9 de dezembro de 2008

O Blog na Reforma Ortográfica

O Blog vai adotar, a partir de primeiro de janeiro de 2009, as mudanças na escrita estabelecidas na reforma ortográfica cujo decreto foi assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em setembro de 2008. A reforma da ortografia pretende unificar o registro escrito nos oito países que falam português: Angola, Moçambique, Cabo Verde, Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe, Timor Leste, Brasil e Portugal.

De 2009 até 31 de dezembro de 2012, ou seja, durante quatro anos, o país terá um período de transição, no qual ficam valendo tanto a ortografia atual quanto as novas regras. Assim, concursos e vestibulares deverão aceitar as duas formas de escrita. Nos livros escolares, a incorporação das mudanças será obrigatória a partir de 2010.

O que muda com a reforma ortográfica?


O "k", o "w" e o "y" entram no alfabeto, que passa a ter 26 letras.


O trema desaparece nas palavras em português. Só fica em palavras estrangeiras como Hübner e Müller. A pronúncia não muda.

Exemplos:
agüentar => aguentar
aqüífero => aquífero
tranqüilo => tranquilo
bilíngüe => bilíngue


O acento agudo desaparece nos ditongos abertos "ei" e "oi", em palavras como "idéia" e "heróico", que ficarão "ideia" e "heroico". A pronúncia não muda.


O acento circunflexo desaparece com o duplo "o" e o duplo "e", como "vôo", "enjôo", "crêem", "lêem", "dêem" e "vêem", que passam a ser escritas da seguinte forma: "voo", "enjoo", "creem", "leem", "deem" e "veem".


Desaparecem os acentos agudos ou circunflexos que servem para diferenciar palavras como:
pára (do verbo parar) ≠ para (preposição) => para
péla (do verbo pelar) ≠ pela (combinação da preposição por + a) => pela
pêlo (substantivo) ≠ pelo (combinação da preposição por + o) => pelo

Observação:
Os acentos só não desaparecem em:
pôr (verbo - infinitivo) ≠ por (preposição)
pôde (3ª pessoa do singular do pretérito perfeito do indicativo) ≠ pode (3ª do singular do presente do indicativo)


O hífen some quando o segundo elemento da palavra começar com "s" ou "r". Nestes casos, as consoantes devem ser dobradas, como em "antissemita" (hoje "anti-semita"), "antirreligioso" (atualmente "anti-religioso") e "contrarregra" (hoje "contra-regra").

Exceção:
Quando os prefixos terminam em "r", se mantém o hífen, como em "hiper-requintado" e "super-resistente".

Ponto em aberto
O acordo não define todos os usos de hífens, por exemplo. Assim, palavras como pé-de-cabra, reerguer ou reratificação ainda dependem da elaboração de um vocabulário pela Academia Brasileira de Letras e pelos órgãos dos outros sete países signatários.

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