quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

O Brasil recua no tempo

Durante todo o dia de ontem o governo teve várias chances para recuar da decisão de recriar barreira à importação.

Muitos empresários foram a Brasília reclamar. O ministro estava fora do país. A Fazenda poderia ter dito não.

Mas ao final do dia o balanço foi o seguinte. O ministro Miguel Jorge mandou dizer que a licença prévia não é um retrocesso. O ministro interino Ivan Ramalho disse que não é licença prévia, mas licença automática. Ramalho disse que vai demorar dez dias no máximo. Alguém precisa informar ao interino o que a palavra "automática" quer dizer e ao titular que o interino disse que não é licença prévia. Eles tem que se entender sobre o que estão justificando, afinal.

A Fazenda ouviu as reclamações dos empresários e confirmou a medida. Os empresários voltaram com a promessa de que a nova barreira à importação terá curta duração.

Foi um dia confuso que em tudo lembrou aqueles velhos tempos em que empresarios iam a Brasília pedir o direito de importar produtos. O governo teve tempo de recuar, mas não o fez e o Brasil recuou no tempo.

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