sexta-feira, 28 de maio de 2010

Resumo comentado da Semana

Comentário da Míriam Leitão ao CBN Brasil

Vazamento de petróleo: Só no trigésimo sétimo dia é que a BP disse que teve sucesso em estancar o vazamento no Golfo do México. Foi o maior desastre ambiental da história americana, e o presidente Barack Obama suspendeu por seis meses a exploração no mar. O que ficou claro é que a mais moderna tecnologia de prevenção e solução do problema falhou.

Números das contas públicas: Saiu um bom número de superávit primário de abril e números bons também para o superávit do setor público consolidado. O Ministério da Fazenda, que estava preocupado com os déficits registrados em março, ficou aliviado. Fiz uma entrevista com o professor Rogério Werneck sobre as contas públicas. Ele disse que não está nada bem. Está particularmente preocupado com o financiamento do BNDES fora do orçamento, através do que ele chamou de tubulação ligando o Tesouro ao banco .

Previdência: A discussão sobre o tema continuou nesta semana. Os ministros da Fazenda e do Planejamento propõem veto tanto ao aumento de 7,7% aos aposentados quanto ao fim do fator previdenciário. O presidente está pensando.

Negociação com o Irã: O assunto Irã continuou produzindo eventos e declarações. O primeiro-ministro turco veio ao Brasil. O ministro Celso Amorim disse que a carta do presidente Obama incentivou o presidente Lula a participar da negociação. A carta foi divulgada pela Folha. Eu entrevistei Amorim.

Crise na Europa: Nas contas externas divulgadas pelo Banco Central com dados de abril, ficou claro que a crise europeia já afeta o Brasil. O investimento europeu despencou - em alguns casos, a queda foi de 95% (Alemanha). No caso da Espanha, foi de 74%. Ao mesmo tempo, as empresas estão aumentando suas remessas de lucros e dividendos. Os gastos brasileiros no exterior triplicaram no primeiro quadrimestre. O Brasil aumentou seu déficit em transações correntes.

Argentina: Começou uma briga com a Argentina das mais esquisitas. Exportações brasileiras estão sendo canceladas por pressões não oficiais do governo argentino. O Brasil ameaça retaliar, mas o próprio ministro Celso Amorim diz que o complicado é que o governo argentino nega qualquer mudança de critério.

Desocupação: Caiu a taxa de desemprego para o nível pré-crise. A desocupação ficou em 7,3% em abril. As empresas se queixam de apagão de mão de obra. Aqui no blog, temos contado histórias de gente qualificada, mas sem espaço no mercado de trabalho. Uma contradição que barra pelos mais variados motivos, às vezes opostos: ou porque a idade é pouca ou porque é muita. Por falta de experiência ou por experiência demais.

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