Política
1. Justiça Federal decreta a quebra dos sigilos bancário e fiscal da Bancoop
Em atenção a um pedido da Polícia Federal, a Justiça decretou a quebra dos sigilos bancário e fiscal da Bancoop (Cooperativa Habitacional dos Bancários de São Paulo) e de seu fundo de investimento. A quebra foi decretada pelo juiz Fausto Martin De Sanctis, titular da 6ª Vara Criminal Federal de São Paulo, no último dia 9. O acesso à documentação já havia sido autorizado pela Justiça estadual de São Paulo ao Ministério Público. A Promotoria apura supostos desvios de recursos da cooperativa para ex-dirigentes da entidade e campanhas políticas do PT, o que teria lesado milhares de cooperados. O inquérito da PF investiga o FIDC (Fundo de Investimento em Direitos Creditórios) Bancoop I, criado pela cooperativa em 2004. Um dos focos é a compra de cotas do FIDC Bancoop em 2004 e 2005 pelos fundos de pensão de estatais.
2. Serra se compromete a tocar obras recomendadas por Aécio
Em sua primeira agenda em Belo Horizonte, José Serra se comprometeu a ampliar o metrô da capital e o Aeroporto de Confins. O compromisso foi firmado por Serra antes de receber das mãos do ex-governador Aécio Neves o documento Agenda de Minas, relação de obras e políticas federais reclamadas pelo Estado. O tucano citou também a recuperação do Anel Rodoviário de Belo Horizonte, de responsabilidade do governo federal, e a duplicação da BR 381, no sentido Belo Horizonte-Vitória, até Governador Valadares.
3. Lula quer Dilma no palanque das comemorações do dia 1º de maio
O comando da campanha de Dilma Rousseff começou a organizar a próxima aparição da candidata ao lado de Lula. Deve ocorrer no Dia do Trabalhador, 1º de maio, em palanque montado por centrais sindicais, em São Paulo. O evento depende apenas de uma análise jurídica e da palavra final de Lula. O último evento conjunto da dupla acontecera em 10 de abril, no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em São Bernardo, e resultou em nova ação do PSDB no Tribunal Superior Eleitoral. Além de acusar Lula e Dilma de fazer campanha ilegal, o tucanato questiona o uso eleitoral de verbas sindicais.
4. Globo tira do ar anúncio criticado pelo PT
Após sofrer críticas veiculadas na internet por coordenadores da pré-campanha de Dilma Rousseff, a TV Globo retirou do ar a campanha comemorativa dos seus 45 anos de existência. O responsável por coordenar a campanha da petista na internet, Marcelo Branco, disse, no Twitter, enxergar uma suposta mensagem subliminar em favor de José Serra no anúncio. Segundo petistas, a propaganda pró-Serra se caracterizaria no “45″, o número do PSDB nas eleições, e em frases do jingle da Globo, como “todos queremos mais”, o que seria, de acordo com eles, referência ao slogan “o Brasil pode mais” dito por Serra no lançamento de sua pré-candidatura. A Central Globo de Comunicação divulgou nota em que nega relação entre a campanha e candidaturas políticas, mas diz que suspendia a sua veiculação para não dar pretexto a acusações de que estaria sendo tendenciosa.
5. PSB começa negociações para a retirada de Ciro Gomes
A cúpula do PSB começa hoje a negociar a retirada da pré-candidatura do deputado Ciro Gomes da corrida presidencial. A renúncia de Ciro pode virar moeda de troca na negociação com o PT em alguns Estados. A candidatura de Ciro, que já dividia o partido, perdeu força após nota do deputado pressionando o PSB a decidir seu futuro. Com a provável saída de Ciro da disputa, o PSB fica livre para apoiar a candidatura do PT. A dúvida é se Ciro participará da campanha de Dilma. A aposta, dentro do partido, é de que ele deverá dedicar-se à reeleição de seu irmão Cid Gomes ao governo do Ceará e à eleição de sua ex-mulher Patrícia Saboya para a Câmara.
Economia
6. Governo tenta fazer leilão de Belo Monte hoje
Uma nova liminar suspendeu o leilão da usina de Belo Monte. A decisão, tomada ontem, contesta o licenciamento ambiental. Logo depois, o governo entrou com recurso para cassar a liminar. Na semana passada, o leilão havia sido suspenso pela primeira vez. Na sexta, a liminar foi cassada pela AGU (Advocacia-Geral da União), que entrou com recurso no TRF (Tribunal Regional Federal) da 1ª região, com sede em Brasília. Um novo recurso foi apresentado ontem ao TRF.
Mundo
7. Autoridades europeias tentam colocar fim ao caos aéreo
A Comissão Europeia anunciou ontem a criação de três zonas de voo, com o intuito de aumentar o número de voos que decolarão hoje para 45% do habitual. Ontem, esse índice foi de 30%. Na zona 1, onde há maior concentração de cinzas vulcânicas no ar, os voos seguiriam proibidos; na zona 2, os voos seriam retomados gradativamente a partir das 8h de hoje (3h no Brasil) com base na análise meteorológica; na zona 3, que compreende pontos mais periféricos, os voos seriam liberados. Os planos podem ser alterados devido à retomada da atividade do vulcão Eyjafjallajokull, registrada ontem à noite. As companhias acusam as autoridades aéreas europeias de exagerar o risco e proibir mais voos do que o necessário. Outro problema é o risco de desaceleração da retomada econômica após a crise global. Até ontem foram cancelados 82 mil voos, o que afetou 7 milhões de pessoas e interrompeu o fluxo de carga. Até o momento, o continente registra 17 mil passageiros à deriva.
8. Aspecto “amoroso” do Brasil impede que o país esteja entre os mais influentes
Nesta terça-feira, o jornal britânico Financial Times afirmou, em artigo, que o jeito “amoroso” do Brasil é um obstáculo para que o país se consolide entre as grandes potências do cenário internacional. Apesar de reconhecer a eloquência que o Brasil conquistou nos últimos anos, o autor do texto, o jornalista John Paul Rathbone, afirma que “a política de arco-íris do Brasil pode estar atingindo seu limite e poderia até colocar em risco a vaga permanente no Conselho de Segurança que o país cobiça”. Ele destaca recentes gafes do presidente Luiz Inácio Lula da Silva como motivo do desgaste da imagem do Brasil. Entre os episódios citados estão a greve de fome ativista cubano Orlando Zapata e os comentários sobre protestos da oposição após as eleições no Irã.
Sociedade
9. Enterro do serial killer de Luziânia está proibido até fim do inquérito
O Ministério Público determinou à Polícia Civil e ao Instituto Médico Legal (IML) de Goiás que não liberem o corpo do pedreiro Adimar Jesus da Silva até que seja concluída a investigação de sua morte. Adimar, que confessara ter matado seis jovens na cidade de Luziânia, foi encontrado morto no domingo dentro da cela onde estava detido. A Polícia Civil afirma que ele se suicidou. A versão do suicídio foi referendada pelo IML goiano. Ontem, o promotor Ricardo Rangel criticou a atuação dos órgãos de segurança de Goiás no caso. Para ele, a Polícia Civil não poderia ter permitido que Adimar se matasse. Ao fim da investigação, ainda que seja comprovado o suicídio, o Ministério Público poderá processar as autoridades que deveriam ter zelado pela integridade física do preso.
10. Papa diz confiar no conforto de Deus
Obrigado a lidar com denúncias de pedofilia entre o clero, Bento XVI afirmou, em almoço com 46 cardeais, que, nesses momentos de “tormento”, não se sente só e assegurou que confia no conforto de Deus. Em carta para todos os padres do mundo divulgada ontem pelo cardeal brasileiro Cláudio Hummes, prefeito da Congregação para o Clero, a Igreja voltou a afirmar que não pretende “esconder ou minimizar esses crimes”. O almoço foi a única comemoração do quinto aniversário do pontificado e do papa, que completou 83 anos na sexta-feira.
Por Ana Galli