sábado, 12 de julho de 2008

Eleições 2008

Fernando Gabeira (PV)

O parlamentar se destacou ao ocupar a tribuna, em 2005, para pedir a renúncia do então presidente da Câmara, Severino Cavalcanti, acusado de ter recebido propina do dono de um restaurante na Casa. Ex-petista, Gabeira deixou o partido quando ainda não havia escândalos relacionados à sigla. Reclamava da política ambiental adotada pelo PT ao assumir o governo. Em 1986, concorreu ao governo do Estado do Rio, na coligação PT/PV; em 1989 se candidatou à Presidência da República; em 1994, elegeu-se deputado federal, reeleito em 1998, 2002 e 2006. O mineiro de Juiz de Fora, que se considera carioca, cumpre o quarto mandato na Câmara. No fim dos anos 60, participou do seqüestro do embaixador dos Estados Unidos no Brasil, Charles Elbrick. Defensor da união civil entre pessoas do mesmo sexo e da discussão sobre aborto, Gabeira ainda é pouco conhecido do eleitorado popular.

“Porque me sinto responsável para contribuir para que a cidade encontre sua vocação econômica, atenue seus problemas sociais e reduza os níveis de violência”

sexta-feira, 11 de julho de 2008

Panorama Econômico : Jornal O Globo

(Leia a coluna da Míriam Leitao desta sexta-feira)

Com viés de alta

A inflação entra no segundo semestre do ano já muito perto do teto da meta, os especialistas avisam que este é um período difícil, porque é a entressafra de vários alimentos e há ainda uma fila de tarifas esperando correção. O ministro Miguel Jorge, que entrevistei, comemorou os fortes investimentos no país. O Brasil vive este momento: a boa notícia dos investimentos; as sombras da inflação no horizonte.

O ministro Miguel Jorge, em entrevista que me concedeu na Globonews, disse que, depois de anos com os estados brigando para ser a sede de uma refinaria da Petrobras, agora há quatro sendo instaladas no país. Depois de anos sem um novo alto-forno, a siderurgia brasileira está com vários projetos sendo iniciados. Tudo isso, claro, aumenta a demanda agregada. É boa notícia, mas a política antiinflacionária tem que ser mais cuidadosa.

Quando sair o IPCA de julho, o Brasil estará acima da meta, juntando-se a todos os outros países que adotam metas de inflação e que, este ano, já estouraram o limite. Uma grande parte disso é a inflação de alimentos, que respondeu por mais da metade da alta de junho.

Sobre o comportamento dos preços dos alimentos no segundo semestre, os especialistas com quem conversamos acham o seguinte: o feijão tem alguma chance de cair de preço. A segunda safra do ano foi ruim, mas a terceira, em outubro, pode vir melhor e ajudar. Essa queda seria um alívio; nos últimos 12 meses, segundo apurado pela RC Consultores, ele subiu 134%; enquanto o arroz, seu companheiro, teve alta de 75%. O tomate também encareceu muito, 123%; a diferença dele é que, por ser hortifrúti, tem uma volatilidade muito maior, e a cesta de produtos sempre permite que se escolha outros alimentos. O açúcar e o café ficaram mais comportados.

O feijão não é exatamente um tradable. Ainda que seja plantado em larga escala, o plantio e o consumo são nacionais. O que houve com ele não foi pressão externa, mas o fato de que, nos últimos anos, aumentou a demanda (com o aumento da renda) e a oferta não acompanhou. O problema é que não se tem de onde importar quando o feijão fica escasso aqui.

— No caso do arroz, até tem mais países produzindo no mundo, mas eles também não têm para exportar — conta Fabio Silveira, da RC Consultores. Este ano, o comércio internacional de arroz, que não passa de 7% de tudo o que é produzido, foi restrito ainda mais pela proibição de exportação adotada por alguns produtores.

Fabio acredita num terceiro trimestre de relativa estabilização dos grãos, mas com alta das carnes, que estarão na entressafra até outubro. No quarto trimestre, se os preços internacionais ficarem estáveis, pode começar a ocorrer uma queda no preço interno dos alimentos.

— Não vejo nova pressão forte altista mundial, a não ser que o mercado enlouqueça e todo mundo decida fugir para os ativos ligados a commodities — comenta.

Nos últimos dias, a soja está em alta em Chicago.

O professor Luiz Roberto Cunha, da PUC-Rio, não acredita em queda dos preços de alimentos a curto prazo. Acha que, no caso do feijão, o mais provável é que ele não suba tanto, se for boa a última safra. No ano passado, foi exatamente nessa safra que as coisas desandaram, por excesso de chuva. O arroz não deve subir muito mais. As carnes é que estão pedindo atenção, pois elas têm subido tanto na safra quanto na entressafra (pelo índice da RC, em 12 meses, o boi subiu 53%; o frango, 21%; e os suínos, 84%). Ontem, no IPCA, foram o item que mais contribuiu para o resultado.

Sergio Vale, da MB Associados, diz que, depois de alguns saltos no preço, o mercado futuro de carnes até se acomodou um pouco, abaixo de R$ 95. Ele acha que poderá haver pressão na entressafra, ainda não incorporada nos futuros. O risco é de que, no segundo semestre, o “boi seja o que o arroz e o feijão foram nos últimos meses”.

Para o professor Luiz Roberto, o IPA agrícola, que saiu na quarta-feira, preocupa; a alta dos alimentos continua muito forte no atacado:

— Se tivesse que fazer uma projeção para o segundo semestre, diria que é de incerteza, com viés de alta.

A previsão dele para 2008 é de um IPCA em 6,5% — no teto da meta. Fabio Silveira está com 6,3%. O IPCA de ontem veio 0,74%; isso fez o índice em 12 meses pular para 6,06%. Se for 0,7% no próximo mês, o país já vai ultrapassar o limite da meta.

— O problema é que, no segundo semestre, ainda terá muito preço administrado, como as tarifas de ônibus, que provavelmente terão aumentos após as eleições. Os serviços vão continuar pressionados e, quanto aos alimentos, ainda não se tem muita clareza, ainda que haja chances de que se acomodem um pouco — analisa o professor.

Com a inflação quase furando a meta, choques externos e crise de alimentos, este é um momento decisivo: se forem religados os mecanismos de indexação de salários, se os serviços conseguirem emplacar os reajustes que estão tentando, o país pode reavivar velhos fantasmas. Cena da vida real: o barbeiro do ministro Miguel Jorge reajustou o preço em 20%; e, neste caso, a demanda é inelástica, o ministro tem que cortar os cabelos de três em três semanas.

O ministro está entusiasmado, com razão, com os investimentos em andamento em vários setores e estados, pelo país afora. Para evitar que a boa notícia seja o combustível para a alta da inflação, é preciso que o governo contenha seus gastos.
Eduardo Serra (PCB)

Aos 52 anos, Eduardo Serra disputará sua primeira eleição. O candidato sempre fez parte do PCB. Quando o partido estava na ilegalidade, esteve filiado ao MDB, mas como militante do partido comunista. É professor da UFRJ, engenheiro de produção com mestrado em engenharia de produção e doutorado em engenharia naval. Serra também fez pós-graduação em economia, com ênfase em planejamento econômico. É casado e tem uma filha. Se eleito, pretende estatizar uma empresa de transporte e aumentar significativamente a oferta de transporte de massa na cidade.

"A razão é implantar um programa de mudanças, ofertas dos serviços sociais e urbanos combatendo a mercantilização e defendendo a presença do estado. E também na democratização da vida da cidade, construindo estrutura de participação direta da população que chamamos de poder popular".

Breve análise da Economia Brasileira (de olho na INFLAÇÃO)

Inflação

Conceito: Aumento geral dos preços (em geral acompanhado por um aumento na quantidade de meios de pagamento).

Países emergentes como o Brasil, China e Argentina estão entre os países mais ameaçados pela alta de preços intensificada nas últimas semanas.

Eles exibem saúde econômica parecida com a de países ricos nos anos 70, quando ocorreu a última grande crise inflacionária.

Além de alimentos e combustíveis, os preços altos já contaminam outros produtos e alguns serviços.

Preocupados com preços ascendentes de commodities, isto é, produtos primários, especialmente os de grande participação no comércio internacional, como café, algodão, minério de ferro, petróleo, entre outros, os bancos centrais dos EUA e da EU têm feito de tudo para evitar que a inflação dispare.

No Brasil a taxa está na casa de 2% à 6%.

Diante da ameaça, nações como o Brasil têm lançado mão de aumentos dos juros para conter a demanda e, como conseqüência, a inflação.

A taxa de juros por aqui, que ficara estacionada em 11,25% por vários meses, subiu recentemente para 12,25% e, com certeza, chegará a mais de 14% em 2008.

Num primeiro momento, os alimentos foram protagonistas no cenário de inflação ascendente.

Agora, os ajustes se dissiparam e atingem a maior parte da cesta de produtos que integra o IPCA – Índice de Preços ao Consumidor Amplo, calculado pelo IBGE, esse índice mede a variação de preços para as famílias com rendimentos mensais entre 1 e 40 salários mínimos, nas 11 principais regiões metropolitanas. É também, usado pelo Copom, Conselho Política Monetário Nacional para calcular a meta de inflação para o Brasil a cada ano -.

A inflação oficial, calculada pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), encerrou o primeiro semestre com alta acumulada de 3,64%, segundo dados divulgados nesta quinta-feira (10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A taxa é a maior para um semestre fechado desde 2003, quando ficou em 6,64%.

Em junho, a taxa recuou frente ao mês anterior, passando de 0,79% para 0,74%. Em 12 meses, a alta acumulada é de 6,06%, a maior nesta base de comparação desde novembro de 2005 (6,22%).

O maior impacto para a inflação do semestre veio dos preços dos alimentos, que acumularam variação de 8,64% no período. O grupo representou 1,88 ponto percentual do IPCA do período. Alimentos e bebidas também exerceram o maior impacto no IPCA acumulado nos 12 meses terminados em junho de 2008: com um variação de 15,79%, respondeu por 3,43 pontos percentuais, mais da metade do índice geral (6,06%).

No acumulado do ano, também pesou sobre a taxa a inflação do grupo saúde, que, com um aumento de 3,47%, respondeu por 0,37 ponto percentual.

A maior contribuição individual para o IPCA do primeiro semestre veio das refeições fora do domicílio: 0,30 ponto percentual (variação acumulada de 7,94%). Por outro lado, TV, som e informática (-5,83%); álcool (-3,21%); e gasolina (-1,21%) foram os principais índices negativos no primeiro semestre.

Os preços dos alimentos voltaram a liderar a contribuição para a taxa do IPCA em junho (1,74%), explicando 63% do resultado do mês. No mês, a alta de 2,11% no grupo alimentação e bebidas foi ainda maior do que a registrada em maio (1,95%). O aumento nos preços continuou generalizado e apenas o óleo de soja (-2,76%) e as frutas (-1,96%) merecem destaque pelas quedas.

O arroz com feijão ficou bem mais caro de maio para junho. Pagando 9,90% a mais pelo quilo do arroz, que já subiu 38,21% no ano, o consumidor teve que deixar mais 7,54% no quilo do feijão preto, enquanto o tipo carioca teve seu preço acrescido de 15,55%. Mas, individualmente, foi o item carnes que ficou com a maior contribuição: 0,14 ponto percentual.

Os produtos não alimentícios, por outro lado, cresceram 0,34%, menos do que em maio, quando a taxa havia ficado em 0,46%. O acumulado no ano está em 2,26%. Entre as maiores variações, os destaques foram: gás encanado (8,76%), gás veicular (8,31%), passagens aéreas (3,70%), artigos de higiene pessoal (1,29%), artigos de limpeza (1,33%) e salário de empregado doméstico (1,04%).


INPC

Para as famílias com rendimento entre um e seis salários mínimos, a taxa de inflação para o semestre foi maior, de 4,26%, significativamente superior aos 2,20% referentes ao mesmo período do ano passado. Em junho, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) ficou em 0,91%.

Nos últimos doze meses o resultado foi 7,28%, também acima da taxa de 6,64% dos doze meses imediatamente anteriores. Em junho de 2007 o INPC foi 0,31%.

Os produtos alimentícios apresentaram variação de 2,38% em junho, enquanto os não alimentícios aumentaram 0,28%. Em maio os resultados foram 2,19% e 0,44%, respectivamente.

quinta-feira, 10 de julho de 2008

Comentário meu: Problemas devem ser sanados

Com a campanha eleitoral finalmente nas ruas, é hora de sugerir aos candidatos duas lições capazes de garantir mais seriedade à disputa: abandonem a prática habitual de vender ilusões ao eleitor e recorram à sensatez ao proclamar as próprias façanhas e virtudes.

No caso da Cidade do Rio de Janeiro, os candidatos precisarão exibir, nos próximos três meses, projetos concretos destinados a aplacar os problemas que atormentam os cariocas. Mais do que nunca, as mazelas do Rio exigem um síndico à frente da prefeitura – eficiente, intolerante com o erro, preocupado com os rumos dos últimos anos, ciente da desordem, convicto das mazelas e zeloso com os encantos de uma cidade tão maravilhosa quanto tisnada pela incompetência. São atributos que o prefeito Cesar Maia prometeu alcançar e não conseguiu.

Eis por que estão desde já convocados à essa missão os postulantes das eleições deste ano: Marcelo Crivella (PRB), Jandira Feghali (PCdoB), Eduardo Paes (PMDB), Fernando Gabeira (PV), Chico Alencar (PSOL), Solange Amaral (DEM), Alessandro Molon (PT), Paulo Ramos (PDT), Filipe Pereira (PSC) e Vinícius Cordeiro (PT do B).

Disputarão o comando do segundo maior Produto Interno Bruto municipal do país (R$ 118 bilhões) e uma cidade bonita por natureza mas de auto-estima abalada.

Períodos eleitorais convidam os políticos a viajar pelo campo das fantasias.

A imaginação dos candidatos muitas vezes eleva-se a altitudes inverossímeis. A vida real desaconselha tais equívocos.

Degradação dos bairros, saúde enferma, projetos para melhoria do transporte público engavetados e uma educação reprovada no teste da qualidade são algumas das deficiências identificadas.

O boicote ao IPTU, espalhado por bairros de todas as zonas da cidade, constitui a melhor tradução de um Rio à deriva. Inconformados com desordem urbana e com a falta de transparência na aplicação dos recursos, não foram poucos os cariocas que aderiram a um legítimo movimento de desobediência civil. O próximo prefeito terá não só de mostrar aos cariocas que pode recuperar a confiança perdida na prefeitura como encontrar saídas para reduzir o impacto da perda de arrecadação.

Que os candidatos estejam atentos.

Precisarão colocar o dedo nas profundas feridas que abalam o Rio e dizer o que pensam sobre as fragilidades que deterioram a qualidade de vida dos cariocas – culpa das duvidosas prioridades do atual prefeito.

Em troca de ações como a custosa Cidade da Música, Cesar Maia conduziu o Rio ao abandono de setores essenciais, como educação, saúde pública e habitação. Destes, a calamidade da epidemia de dengue foi apenas o seu mais danoso exemplo. Não o único. A lista completa-se com os problemas de ocupação do solo, o crescimento desordenado de favelas, a negligência habitacional e o deficitário transporte público.

As pesquisas de opinião, que fotografam a percepção do eleitor sobre a administração municipal, não favorecem a imagem de eficácia urdida por Cesar Maia. Esta se dissipou com o tempo e com os equívocos do prefeito. O eleitor carioca saberá cobrar tais erros sem tardança. É um sinal de alerta para uma temporada eleitoral que está apenas começando.

Que os candidatos não se deixem guiar pela tentação de ataques entre si, mas que tenham como norte o jogo limpo com o eleitor, a quem devem uma campanha justa.

Que os candidatos usem a imaginação, recorram a bons exemplos aplicados em outras paragens, procurem parceiros.

O Rio carece de atenção e cuidado à altura de sua beleza e relevância.
Eduardo Paes (PMDB)

Ex-secretário estadual de Turismo, Esporte e Lazer, Eduardo Paes entrou na corrida eleitoral depois que o PMDB rompeu a aliança que apoiaria Alessandro Molon (PT). Paes disputará sua quinta eleição, a segunda para um cargo majoritário. Há dois anos, ele tentou se eleger governador, mas não conseguiu ir para o segundo turno. Formado em direito, Eduardo Paes disputou sua primeira eleição pelo PFL (hoje DEM). Passou por PSDB, onde atuou ativamente contra o PT na CPI dos Correios, até se ingressar no PMDB, partido da base do governo. Em 1996, foi eleito vereador pelo PFL. Dois anos depois se candidatou e foi eleito deputado federal, sendo reeleito em 2002. Em 2006, tentou o governo do estado, mas não conseguiu disputar o segundo turno. De fiel escudeiro do prefeito Cesar Maia (DEM) e pupilo do ex-governador Marcello Alencar (PSDB), ele passou a candidato favorito do governador Sérgio Cabral, que sempre lutou pela sua indicação.

"O Rio tem sido o local em que fiz minha trajetória política. Conheço cada ponto da cidade. Acho que posso mudar a vida das pessoas"

quarta-feira, 9 de julho de 2008

Eleições: Rio

Chico Alencar (PSOL)

O ex-petista, decepcionado com o partido depois do escândalo do mensalão em 2005, foi um dos fundadores do PSOL. Historiador, Chico Alencar é autor de 26 livros, alguns deles sobre fé. Ligado aos movimentos de esquerda, desde que era petista, o deputado federal é católico atuante. Em sua atuação parlamentar, como vereador e deputado estadual e federal, Chico defende prioridade dos governos para a educação. Aos 58 anos, é pai de quatro filhos (um homem e três mulheres). Nunca exerceu cargo majoritário, apesar da longa experiência no Legislativo. Em 1988, foi eleito vereador; em 1992, se reelegeu; em 1996, ficou em terceiro lugar na disputa pela Prefeitura do Rio; em 1998, se elegeu pela primeira vez deputado estadual; em 2002, foi eleito deputado federal; em 2006, foi reeleito.

“Sou candidato de um causa que não é absolutamente um projeto pessoal. É uma candidatura a serviço da esperança”

terça-feira, 8 de julho de 2008

Eleições: Rio

Alessandro Molon (PT)

Aos 36 anos, Molon não tem experiência administrativa. Advogado, entrou para o PT quando ainda estudava direito na PUC. É católico carismático e iniciou sua atuação parlamentar como forte opositor ao governo Garotinho e depois ao governo Rosinha. Também batia de frente com o presidente da Assembléia Legislativa, Jorge Picciani, que virou seu aliado, mas acabou abandonando a aliança junto com o PMDB para apoiar Eduardo Paes.

Em 2000 foi candidato a vereador no Rio e perdeu; em 2002, foi eleito deputado estadual e reeleito em 2006. Assim como seu tutor no início da vida política – o deputado Chico Alencar (PSOL) – Molon é professor de História e teve seus mandatos voltados para a defesa da educação. Chegou a cogitar sair do PT, na crise do mensalão.

“Porque amo minha cidade e porque estou certo de que é possível recuperá-la. Porque represento a verdadeira parceria entre os governos e isso vai ser fundamental para resgatar a cidade”

segunda-feira, 7 de julho de 2008

Para onde vão os preços?

Enviado por Míriam Leitão
Os riscos são de petróleo continuar em alta

A previsão do presidente da Opep de que o petróleo vai continuar subindo nas próximas semanas tem grande chance de se cumprir. Não pelo poder da Opep. Hoje o cartel controla apenas 40% da produção, mas pelos problemas que se somam no momento atual para criar a disparada de preços. Abaixo alguns motivos que podem manter os preços do produto em alta.

1)Há até petróleo excedente. Só que esse petróleo a mais que já foi cinco milhões de barris hoje é de 1,4 milhão de barris apenas. Isso é considerado pouco no mercado de petróleo.

2)O dólar continua caindo e os produtores querem manter suas receitas estáveis e por isso tem que subir seus preços em dólar.

3)As novas áreas de produção estão atrasadas: 27 plataformas que deveriam estar entrando em operação em 2008 vão ficar para os próximos anos.

4) A China não era importadora anos atrás e hoje é a segunda maior importadora do mundo. E justamente a China tem números pouco confiáveis de produção e reservas.

5) Os custos de produção aumentaram muito. O aluguel de uma sonda quadruplicou de preços em poucos anos.

6)Por fim e não menos importante: a especulação com os ativos indexados pelo preço do petróleo e negociação com papéis no mercado futuro de petróleo aumentaram espantosamente nos últimos anos tornando o mercado muito volátil.

Por tudo isso e muito mais a tendência é de preços de petróleo em alta. Mas como grande parte da valorização é proveniente dos negócios financeiros com petróleo, há chances de a médio prazo os preços voltarem a cair. Médio prazo é daqui a um ou dois anos.