sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009
Castelo do Edmar Moreira
Comentário do Alexandre Garcia ao Bom Dia Brasil
Edmar Moreira assumiu o cargo dizendo não querer julgar parlamentares, pode acabar enfrentando processo por falta de decoro.
O corregedor, por ser a pessoa que fiscaliza a moral dos demais deputados, é alguém acima de qualquer suspeita. Ele foi eleito com o voto de 238 deputados, que o julgaram o mais honesto entre os honestos. Ele já integrava o Conselho de Ética.
Ele construiu um castelo. Fez uma cópia distante do castelo do Rei Ludwig II, também chamado o Rei Louco, da Baviera, que construiu o Neuschwanstein. O corregedor, que é um homem acima de qualquer suspeita, não fez mais que realizar o sonho da maioria: ter um castelo.
Alguns conseguem fazer castelos de areia, outros de cartas, outros apenas castelos no ar. O corregedor construiu um castelo real - vale o trocadilho. E o construiu antes de ser deputado federal, com o seu trabalho.
Filho de um carteiro e de uma professora primária, fundou uma empresa de segurança. Como se sabe, empresas de segurança conseguem bons contratos com governos, principalmente se o dono é político. Mas o corregedor está acima de qualquer suspeita, quem cuida da empresa não é ele. É a mulher dele.
O castelo está vazio, desabitado. Desperdício, podem pensar os maledicentes, certamente a sugerir que, como o castelo da Cinderela, de Disney, ele tivesse que abrir o castelo para as crianças, seria simpático. Mas cheio de crianças, como vender?
A dificuldade para a venda, nesses anos todos, é que o deputado não encontrou alguém com o perfil dele, que queira um castelo assim. Dizem que ele não declarou o castelo à Justiça Eleitoral. Como poderia? Ele realizou o sonho de todo pai: deu o castelo para seus filhos, um deles é deputado estadual.
A Justiça diz que ele não recolheu a Previdência recolhida de seus empregados. Mas foi a empresa e, como sabemos, quem cuida da empresa é a mulher dele. Logo que foi eleito corregedor, ele defendeu que deputados não sejam julgados por falta de decoro no Conselho de Ética, mas pela Justiça.
O presidente do partido dele lembra que ele não condenou mensaleiros. É que o deputado, acima de qualquer suspeita, e previdente, conhece o conselho: “Não julgueis, se não quiseres ser julgado”.
Edmar Moreira assumiu o cargo dizendo não querer julgar parlamentares, pode acabar enfrentando processo por falta de decoro.
O corregedor, por ser a pessoa que fiscaliza a moral dos demais deputados, é alguém acima de qualquer suspeita. Ele foi eleito com o voto de 238 deputados, que o julgaram o mais honesto entre os honestos. Ele já integrava o Conselho de Ética.
Ele construiu um castelo. Fez uma cópia distante do castelo do Rei Ludwig II, também chamado o Rei Louco, da Baviera, que construiu o Neuschwanstein. O corregedor, que é um homem acima de qualquer suspeita, não fez mais que realizar o sonho da maioria: ter um castelo.
Alguns conseguem fazer castelos de areia, outros de cartas, outros apenas castelos no ar. O corregedor construiu um castelo real - vale o trocadilho. E o construiu antes de ser deputado federal, com o seu trabalho.
Filho de um carteiro e de uma professora primária, fundou uma empresa de segurança. Como se sabe, empresas de segurança conseguem bons contratos com governos, principalmente se o dono é político. Mas o corregedor está acima de qualquer suspeita, quem cuida da empresa não é ele. É a mulher dele.
O castelo está vazio, desabitado. Desperdício, podem pensar os maledicentes, certamente a sugerir que, como o castelo da Cinderela, de Disney, ele tivesse que abrir o castelo para as crianças, seria simpático. Mas cheio de crianças, como vender?
A dificuldade para a venda, nesses anos todos, é que o deputado não encontrou alguém com o perfil dele, que queira um castelo assim. Dizem que ele não declarou o castelo à Justiça Eleitoral. Como poderia? Ele realizou o sonho de todo pai: deu o castelo para seus filhos, um deles é deputado estadual.
A Justiça diz que ele não recolheu a Previdência recolhida de seus empregados. Mas foi a empresa e, como sabemos, quem cuida da empresa é a mulher dele. Logo que foi eleito corregedor, ele defendeu que deputados não sejam julgados por falta de decoro no Conselho de Ética, mas pela Justiça.
O presidente do partido dele lembra que ele não condenou mensaleiros. É que o deputado, acima de qualquer suspeita, e previdente, conhece o conselho: “Não julgueis, se não quiseres ser julgado”.
No TSE, a fila volta a andar
Oito governadores estão com contas a pagar na Justiça Eleitoral. São eles:
1. Cassio Cunha Lima (PSDB), da Paraíba, cassado duas vezes pelo TRE, por distribuição de dinheiro a cabos eleitorais, por meio de uma fundação social do estado. Cassado pelo TSE, segura-se no cargo, comete barbaridades com o orçamento estadual, e é protegido pelo presidente nacional do PSDB, senador Sérgio Guerra. Inadmissível.
2. Jackson Lago (PDT), do Maranhão, é a bola da vez. Acusado de se beneficiar da distribuição de cestas básicas e kits salva-vidas pelo então governador José Reinaldo Tavares.
3. Luiz Henrique da Silveira (PMDB), de Santa Catarina, acusado de uso indevido dos meios de comunicação, propaganda eleitoral antecipada, abuso de poder político e abuso de poder econômico.
4 e 5. Marcelo Miranda (PMDB), de Tocantins, e Marcelo Déda, (PT), de Sergipe, também são acusados de uso indevido dos meios de comunicação, propaganda eleitoral antecipada, abuso de poder político e abuso de poder econômico.
6. Ivo Cassol (PPS), de Rondônia, é acusado de compra de votos por meio de cabos eleitorais chamados de “formiguinhas”.
7. Teotônio Vilela Filho (PSDB), de Alagoas, teve seu mandato contestado pelo adversário derrotado, João Lyra (PDT). Acusado de abuso de poder político e econômico.
8. Waldez de Góes (PDT), do Acre, acusado de uso indevido dos meios de comunicação, propaganda eleitoral antecipada, abuso de poder político e abuso de poder econômico.
Portanto, como parece que a fila está andando devagar, seria interessante que se eles são culpados, devem perder o mandato. Se são inocentes, que se arquive o processo. Simples assim.
Agora, se tudo correr como o previsto, o TSE vai começar o ano julgando a ação movida contra o governador do Maranhão, Jackson Lago (PDT).
Depois do papelão no caso do governador da Paraíba, Cassio Cunha Lima (PSDB), em que todos os embargos foram recusados, todos os recursos foram julgados e derrubados, mas o governador insiste em se manter no cargo, desafiando a tudo e a todos – e apoiado pela cúpula do PSDB!! –, o TSE tem nova chance hoje de recolocar o carro nos trilhos.
O governador Jackson Lago é acusado de se beneficiar da distribuição de cestas básicas e kits salva-vidas pelo então governador José Reinaldo Tavares. Além de convênios esquisitos feitos com as Prefeituras.
Ou seja, compra de votos, benefício de uso da máquina pública a favor de sua eleição.
Quem move a ação contra Jackson Lago é a coligação da candidata derrotada, Roseana Sarney (PMDB).
O clã Sarney moveu mundos e fundos para condenar Jackson Lago. É oligarquia poderosa, com influência conhecida no Legislativo, no Executivo e no Judiciário.
José Sarney manda uma barbaridade! Manda mais do que durante seu mandato como presidente da República (o dr. Ulysses não deixava).
Para enfrentar o poderio dos Sarney, a defesa de Jackson Lago está sendo sustentada no TSE por... um ex-presidente do TSE! Isso mesmo. Francisco Resek, ex-ministro do STF, ex-ministro de Fernando Collor, é quem defende o governador.
Os aliados de Jackson Lago argumentam que a derrota do governador devolverá o governo aos Sarney, uma oligarquia que vem mantendo há exatos 43 anos o Maranhão amarrado com bola de ferro ao atraso, à pobreza e à ignorância.
O Maranhão exibe os piores índices de desenvolvimento humano (IDH) do Brasil – ao lado de Alagoas, naturalmente, terra do senador Renan Calheiros (PMDB) e do governador Teotônio Villela (PSDB), outro governador pendurado no TSE.
Tudo isto é verdade. Mas também é verdade que não se pode manter o governador Jackson Lago no cargo, se ficar comprovado que ele se utilizou dos mesmos métodos da família Sarney para conquistar o governo do estado.
Afinal, o ex-governador José Reinaldo é cria da família Sarney e, como a maior parte das criaturas, brigou com o criador para seguir uma carreira solo.
Jackson Lago já foi prefeito de São Luís, derrotando candidatos da oligarquia Sarney.
Em 2006 chegou ao governo. Mas sua eleição foi imediatamente contestada pela senadora derrotada e encampada pelo Ministério Público.
Espera-se que o TSE decida esses casos antes mesmo de começarem a se programar para as próximas eleições e continuarem no poder amparados por liminares. Não dá mais para adiar. Afinal, é para isso que existe o Tribual Superior Eleitoral.
1. Cassio Cunha Lima (PSDB), da Paraíba, cassado duas vezes pelo TRE, por distribuição de dinheiro a cabos eleitorais, por meio de uma fundação social do estado. Cassado pelo TSE, segura-se no cargo, comete barbaridades com o orçamento estadual, e é protegido pelo presidente nacional do PSDB, senador Sérgio Guerra. Inadmissível.
2. Jackson Lago (PDT), do Maranhão, é a bola da vez. Acusado de se beneficiar da distribuição de cestas básicas e kits salva-vidas pelo então governador José Reinaldo Tavares.
3. Luiz Henrique da Silveira (PMDB), de Santa Catarina, acusado de uso indevido dos meios de comunicação, propaganda eleitoral antecipada, abuso de poder político e abuso de poder econômico.
4 e 5. Marcelo Miranda (PMDB), de Tocantins, e Marcelo Déda, (PT), de Sergipe, também são acusados de uso indevido dos meios de comunicação, propaganda eleitoral antecipada, abuso de poder político e abuso de poder econômico.
6. Ivo Cassol (PPS), de Rondônia, é acusado de compra de votos por meio de cabos eleitorais chamados de “formiguinhas”.
7. Teotônio Vilela Filho (PSDB), de Alagoas, teve seu mandato contestado pelo adversário derrotado, João Lyra (PDT). Acusado de abuso de poder político e econômico.
8. Waldez de Góes (PDT), do Acre, acusado de uso indevido dos meios de comunicação, propaganda eleitoral antecipada, abuso de poder político e abuso de poder econômico.
Portanto, como parece que a fila está andando devagar, seria interessante que se eles são culpados, devem perder o mandato. Se são inocentes, que se arquive o processo. Simples assim.
Agora, se tudo correr como o previsto, o TSE vai começar o ano julgando a ação movida contra o governador do Maranhão, Jackson Lago (PDT).
Depois do papelão no caso do governador da Paraíba, Cassio Cunha Lima (PSDB), em que todos os embargos foram recusados, todos os recursos foram julgados e derrubados, mas o governador insiste em se manter no cargo, desafiando a tudo e a todos – e apoiado pela cúpula do PSDB!! –, o TSE tem nova chance hoje de recolocar o carro nos trilhos.
O governador Jackson Lago é acusado de se beneficiar da distribuição de cestas básicas e kits salva-vidas pelo então governador José Reinaldo Tavares. Além de convênios esquisitos feitos com as Prefeituras.
Ou seja, compra de votos, benefício de uso da máquina pública a favor de sua eleição.
Quem move a ação contra Jackson Lago é a coligação da candidata derrotada, Roseana Sarney (PMDB).
O clã Sarney moveu mundos e fundos para condenar Jackson Lago. É oligarquia poderosa, com influência conhecida no Legislativo, no Executivo e no Judiciário.
José Sarney manda uma barbaridade! Manda mais do que durante seu mandato como presidente da República (o dr. Ulysses não deixava).
Para enfrentar o poderio dos Sarney, a defesa de Jackson Lago está sendo sustentada no TSE por... um ex-presidente do TSE! Isso mesmo. Francisco Resek, ex-ministro do STF, ex-ministro de Fernando Collor, é quem defende o governador.
Os aliados de Jackson Lago argumentam que a derrota do governador devolverá o governo aos Sarney, uma oligarquia que vem mantendo há exatos 43 anos o Maranhão amarrado com bola de ferro ao atraso, à pobreza e à ignorância.
O Maranhão exibe os piores índices de desenvolvimento humano (IDH) do Brasil – ao lado de Alagoas, naturalmente, terra do senador Renan Calheiros (PMDB) e do governador Teotônio Villela (PSDB), outro governador pendurado no TSE.
Tudo isto é verdade. Mas também é verdade que não se pode manter o governador Jackson Lago no cargo, se ficar comprovado que ele se utilizou dos mesmos métodos da família Sarney para conquistar o governo do estado.
Afinal, o ex-governador José Reinaldo é cria da família Sarney e, como a maior parte das criaturas, brigou com o criador para seguir uma carreira solo.
Jackson Lago já foi prefeito de São Luís, derrotando candidatos da oligarquia Sarney.
Em 2006 chegou ao governo. Mas sua eleição foi imediatamente contestada pela senadora derrotada e encampada pelo Ministério Público.
Espera-se que o TSE decida esses casos antes mesmo de começarem a se programar para as próximas eleições e continuarem no poder amparados por liminares. Não dá mais para adiar. Afinal, é para isso que existe o Tribual Superior Eleitoral.
quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009
Contra-ataque
Coluna Panorama Econômico - Jornal O Globo dessa quarta-feira
A munição para atenuar a crise virá das reservas cambiais. Elas serão usadas para financiar exportação e empresas com dívida externa. Não é função do Banco Central, mas o governo diz que são “tempos emergenciais”. O Brasil não teve uma queda de produção industrial tão grande em outras crises. Detalhe: o BC ganhou US$ 10 bilhões apostando nos títulos do Tesouro americano.
Ontem apareceu o tamanho da devastação. Os números divulgados pelo IBGE foram todos horrorosos: quedas generalizadas e muito acentuadas. O tombo na produção de veículos em dezembro foi de 39,7% e na produção de equipamentos de comunicação foi de 48,8%. Numa nota divulgada aos clientes, a MB Associados afirma que o país está em recessão e que foi revista, com base nos dados da produção industrial, a previsão da consultoria para o PIB do último trimestre do ano passado. Agora é de 2,5% de queda em relação ao terceiro trimestre de 2008. A CNI também divulgou seus dados ontem e afirmou que o país terá recessão técnica; ou seja, dois trimestres de queda do PIB.
O gráfico abaixo, enviado pelo economista Marcelo Sperb, da Nobel Asset Management, mostra que essa crise é pior que as outras. Ele comparou outros períodos de retração, como o de agosto de 91, na recessão do Collor; o do fim de 94, na crise do México; o de outubro de 97, na crise cambial da Ásia; em dezembro de 2000, no começo do apagão; e no fim de 2002. O início de todas as curvas é nas datas mostradas abaixo de cada uma e o gráfico vai até 10 meses depois da crise se iniciar. A queda acumulada da produção é contada a partir do momento em que começou cada um desses períodos.
O governo está montando a resposta em várias frentes, mas uma delas se passa dentro do Banco Central, que está assumindo funções que não são as clássicas de um banco central. Esta semana, ou no máximo no começo da próxima, o BC vai divulgar as regras pelas quais ele vai emprestar para as empresas que têm dívidas no exterior.
Pela lei, o Banco Central só pode fornecer dinheiro para instituições financeiras. Então, ele emprestará parte das reservas para que bancos emprestem para empresas. Eles terão que provar que estão fazendo isso. Uma fonte do governo explica que o BC poderia ter simplesmente vendido mais dólar no mercado à vista.
O risco é que esses dólares acabassem indo atender à demanda por dólar no exterior. Por isso, o Banco Central fará uma operação direcionada.
A origem da queda tão forte da produção industrial de dezembro está no colapso do crédito em dólar. Quando as linhas foram interrompidas, os exportadores não puderam financiar sua produção para exportar. Reduziram a produção. Como a taxa de renovação das linhas externas está baixa, as empresas estão tendo que quitar essas dívidas. Mesmo empresas brasileiras que atuam no exterior enfrentam um outro fenômeno desses tempos: “o protecionismo financeiro”. Os pacotes de cada país são para ajudar as empresas daqueles países.
Diante disso, o BC está usando as reservas para financiar exportação. Hoje, 90% dos adiantamentos de contratos de câmbio, os ACCs, são com dólares fornecidos pelas linhas do Banco Central. Agora, a instituição prepara uma nova modalidade de crédito que será anunciada em breve, destinada a empresas endividadas. O risco disso quem conhece a história econômica do Brasil sabe qual é: a estatização da dívida, como aconteceu nos anos 80. No governo, as autoridades alegam que estão todos atentos a esses riscos, mas que em outros países o intervencionismo estatal e o ativismo dos bancos centrais são muito maiores.
O BC brasileiro teve um ganho de US$ 10 bilhões com a valorização dos títulos do Tesouro americano. No auge da crise, os investidores correram para estes papéis e eles se valorizaram, mas o Brasil já estava aplicado nestes papéis por razões prudenciais, e ganhou com a crise.
Só que a pressão sobre o Banco Central depois da hecatombe da produção industrial será maior. Vai recomeçar a pressão para a queda dos juros. A ideia que está embutida na ata do Copom, de que a maior parte da queda já ocorreu, dificilmente faz sentido diante desses números de produção. Outros e mais fortes cortes terão que ocorrer, não por pressão política, mas porque a conjuntura econômica permite e exige. Os juros reais estão no nível mais baixo da história recente. Estão em 6% ex-ante, ou seja, comparado com a previsão de inflação. Mesmo assim, é alto para um momento em que se contabiliza um retrocesso de quatro anos na produção industrial e uma queda mensal só comparável a números que se atingiram no governo Collor.
A munição para atenuar a crise virá das reservas cambiais. Elas serão usadas para financiar exportação e empresas com dívida externa. Não é função do Banco Central, mas o governo diz que são “tempos emergenciais”. O Brasil não teve uma queda de produção industrial tão grande em outras crises. Detalhe: o BC ganhou US$ 10 bilhões apostando nos títulos do Tesouro americano.
Ontem apareceu o tamanho da devastação. Os números divulgados pelo IBGE foram todos horrorosos: quedas generalizadas e muito acentuadas. O tombo na produção de veículos em dezembro foi de 39,7% e na produção de equipamentos de comunicação foi de 48,8%. Numa nota divulgada aos clientes, a MB Associados afirma que o país está em recessão e que foi revista, com base nos dados da produção industrial, a previsão da consultoria para o PIB do último trimestre do ano passado. Agora é de 2,5% de queda em relação ao terceiro trimestre de 2008. A CNI também divulgou seus dados ontem e afirmou que o país terá recessão técnica; ou seja, dois trimestres de queda do PIB.
O gráfico abaixo, enviado pelo economista Marcelo Sperb, da Nobel Asset Management, mostra que essa crise é pior que as outras. Ele comparou outros períodos de retração, como o de agosto de 91, na recessão do Collor; o do fim de 94, na crise do México; o de outubro de 97, na crise cambial da Ásia; em dezembro de 2000, no começo do apagão; e no fim de 2002. O início de todas as curvas é nas datas mostradas abaixo de cada uma e o gráfico vai até 10 meses depois da crise se iniciar. A queda acumulada da produção é contada a partir do momento em que começou cada um desses períodos.
O governo está montando a resposta em várias frentes, mas uma delas se passa dentro do Banco Central, que está assumindo funções que não são as clássicas de um banco central. Esta semana, ou no máximo no começo da próxima, o BC vai divulgar as regras pelas quais ele vai emprestar para as empresas que têm dívidas no exterior.
Pela lei, o Banco Central só pode fornecer dinheiro para instituições financeiras. Então, ele emprestará parte das reservas para que bancos emprestem para empresas. Eles terão que provar que estão fazendo isso. Uma fonte do governo explica que o BC poderia ter simplesmente vendido mais dólar no mercado à vista.
O risco é que esses dólares acabassem indo atender à demanda por dólar no exterior. Por isso, o Banco Central fará uma operação direcionada.
A origem da queda tão forte da produção industrial de dezembro está no colapso do crédito em dólar. Quando as linhas foram interrompidas, os exportadores não puderam financiar sua produção para exportar. Reduziram a produção. Como a taxa de renovação das linhas externas está baixa, as empresas estão tendo que quitar essas dívidas. Mesmo empresas brasileiras que atuam no exterior enfrentam um outro fenômeno desses tempos: “o protecionismo financeiro”. Os pacotes de cada país são para ajudar as empresas daqueles países.
Diante disso, o BC está usando as reservas para financiar exportação. Hoje, 90% dos adiantamentos de contratos de câmbio, os ACCs, são com dólares fornecidos pelas linhas do Banco Central. Agora, a instituição prepara uma nova modalidade de crédito que será anunciada em breve, destinada a empresas endividadas. O risco disso quem conhece a história econômica do Brasil sabe qual é: a estatização da dívida, como aconteceu nos anos 80. No governo, as autoridades alegam que estão todos atentos a esses riscos, mas que em outros países o intervencionismo estatal e o ativismo dos bancos centrais são muito maiores.
O BC brasileiro teve um ganho de US$ 10 bilhões com a valorização dos títulos do Tesouro americano. No auge da crise, os investidores correram para estes papéis e eles se valorizaram, mas o Brasil já estava aplicado nestes papéis por razões prudenciais, e ganhou com a crise.
Só que a pressão sobre o Banco Central depois da hecatombe da produção industrial será maior. Vai recomeçar a pressão para a queda dos juros. A ideia que está embutida na ata do Copom, de que a maior parte da queda já ocorreu, dificilmente faz sentido diante desses números de produção. Outros e mais fortes cortes terão que ocorrer, não por pressão política, mas porque a conjuntura econômica permite e exige. Os juros reais estão no nível mais baixo da história recente. Estão em 6% ex-ante, ou seja, comparado com a previsão de inflação. Mesmo assim, é alto para um momento em que se contabiliza um retrocesso de quatro anos na produção industrial e uma queda mensal só comparável a números que se atingiram no governo Collor.
quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009
Tombar para levantar
Destaco o comentário da Míriam Leitão, hoje, pela manhã no jornal Bom Dia Brasil.
O tombo foi enorme e generalizado. Só dois setores ficaram na linha. O setor de bens de capital chegou a cair 24% em dezembro, na comparação com novembro. Mas o olho do furacão foi mesmo no setor de bens de consumo duráveis (carros, eletrodomésticos), que chegou a cair 35% em relação a novembro.
O mês de dezembro foi o pior, mas o Brasil está atravessando ainda a parte mais difícil dessa crise: esses seis meses entre setembro e março. Estamos num ambiente recessivo. Essa queda tão forte da produção industrial fez os economistas revisarem seus cálculos para o PIB, tudo o que o Brasil produz num período. O PIB pode ter caído mais de 2% no quarto trimestre de 2008, e pode ter nova queda este trimestre. Se isso ocorrer, é recessão.
O Banco Central, nos próximos dias, vai anunciar uma parte do contra-ataque. Vai usar reservas cambiais para financiar as empresas com dívida no exterior. Hoje, 90% de todo o financiamento à exportação é de dinheiro do Banco Central. Normalmente isto não é função do Banco Central. Mas o tempo é de emergência.
Para quem está desempregado, o importante é saber que a economia vai ter um crescimento, não forte, mas com números mais positivos depois de março. O segundo semestre tende a ser melhor que o primeiro. Hoje, as empresas estão assustadas porque a parada foi muito brusca. Com a produção retomando, os estoques de matérias-primas vão se reduzir e as empresas terão que comprar dos seus fornecedores. Isso fará religar o motor da economia, ainda que andando mais devagar.
O tombo foi enorme e generalizado. Só dois setores ficaram na linha. O setor de bens de capital chegou a cair 24% em dezembro, na comparação com novembro. Mas o olho do furacão foi mesmo no setor de bens de consumo duráveis (carros, eletrodomésticos), que chegou a cair 35% em relação a novembro.
O mês de dezembro foi o pior, mas o Brasil está atravessando ainda a parte mais difícil dessa crise: esses seis meses entre setembro e março. Estamos num ambiente recessivo. Essa queda tão forte da produção industrial fez os economistas revisarem seus cálculos para o PIB, tudo o que o Brasil produz num período. O PIB pode ter caído mais de 2% no quarto trimestre de 2008, e pode ter nova queda este trimestre. Se isso ocorrer, é recessão.
O Banco Central, nos próximos dias, vai anunciar uma parte do contra-ataque. Vai usar reservas cambiais para financiar as empresas com dívida no exterior. Hoje, 90% de todo o financiamento à exportação é de dinheiro do Banco Central. Normalmente isto não é função do Banco Central. Mas o tempo é de emergência.
Para quem está desempregado, o importante é saber que a economia vai ter um crescimento, não forte, mas com números mais positivos depois de março. O segundo semestre tende a ser melhor que o primeiro. Hoje, as empresas estão assustadas porque a parada foi muito brusca. Com a produção retomando, os estoques de matérias-primas vão se reduzir e as empresas terão que comprar dos seus fornecedores. Isso fará religar o motor da economia, ainda que andando mais devagar.
Resumo de notícias
* O faturamento industrial brasileiro recuou 4,3% em dezembro na comparação com o mês anterior. É a maior queda mensal desde fevereiro de 2003, de acordo com a Confederação Nacional da Indústria...
....O IBGE apontou retração de 12,4% na produção da indústria em dezembro, na comparação com novembro. Segundo o instituto, é o pior resultado mensal desde 1991, quando teve início a pesquisa...
*... Ao comentar os dados do IBGE, o presidente Lula afirmou acreditar que a indústria vai recuperar ao longo de 2009 o prejuízo registrado em dezembro. Mais cedo, Lula anunciou que o governo prepara um pacote que prevê a construção de quinhentas mil casas como forma de gerar empregos.
* A Central Única dos Trabalhadores e a Associação Nacional dos Sindicatos da Micro e Pequena Indústria fecharam uma proposta de acordo para manutenção de empregos. As empresas se comprometem a manter o número de empregos registrado no dia 30 de janeiro por quatro meses...
*...Para isso, os governos federal, estadual e municipal teriam de concordar com a redução do PIS/Cofins, ICMS e ISS. As duas entidades também querem um plano de renegociação das dívidas bancárias das micro e pequenas empresas para evitar a inadimplência.
* As vendas das grandes montadoras de veículos nos Estados Unidos continuaram a apresentar forte queda no primeiro mês do ano. A General Motors anunciou que suas vendas caíram 48,8% em janeiro, em comparação com o mesmo mês de 2008. A Ford informou que registrou queda maior que o esperado, de 40,3%, nas vendas de veículos leves no período. A Toyota, maior montadora do mundo, anunciou um recuo de 31,7% nas vendas de carros de passeio em território norte-americano no mês de janeiro.
....O IBGE apontou retração de 12,4% na produção da indústria em dezembro, na comparação com novembro. Segundo o instituto, é o pior resultado mensal desde 1991, quando teve início a pesquisa...
*... Ao comentar os dados do IBGE, o presidente Lula afirmou acreditar que a indústria vai recuperar ao longo de 2009 o prejuízo registrado em dezembro. Mais cedo, Lula anunciou que o governo prepara um pacote que prevê a construção de quinhentas mil casas como forma de gerar empregos.
* A Central Única dos Trabalhadores e a Associação Nacional dos Sindicatos da Micro e Pequena Indústria fecharam uma proposta de acordo para manutenção de empregos. As empresas se comprometem a manter o número de empregos registrado no dia 30 de janeiro por quatro meses...
*...Para isso, os governos federal, estadual e municipal teriam de concordar com a redução do PIS/Cofins, ICMS e ISS. As duas entidades também querem um plano de renegociação das dívidas bancárias das micro e pequenas empresas para evitar a inadimplência.
* As vendas das grandes montadoras de veículos nos Estados Unidos continuaram a apresentar forte queda no primeiro mês do ano. A General Motors anunciou que suas vendas caíram 48,8% em janeiro, em comparação com o mesmo mês de 2008. A Ford informou que registrou queda maior que o esperado, de 40,3%, nas vendas de veículos leves no período. A Toyota, maior montadora do mundo, anunciou um recuo de 31,7% nas vendas de carros de passeio em território norte-americano no mês de janeiro.
terça-feira, 3 de fevereiro de 2009
Despedida no Congresso
O Congresso, ontem, se despediu da presidência de dois grandes parlamentares: Arlindo Chinaglia, presidente da Câmara e Garibaldi Alves Filho, presidente do Senado.
Foi um período em que enredaram-se em CPIs que não deram em nada, disputas entre governo e oposição por conta de dossiês produzidos na Casa Civil e tentativa frustrada (até agora) de recriação da CPMF.
Mas é justo considerar positiva a atuação dos presidentes das duas casas.
Na Câmara, Arlindo Chinaglia é muito superior aos dois presidentes que o antecederam.
Arlindo Chinaglia foi cuidadoso, moveu-se com cautela, prestou atenção à própria biografia. Tentou se equilibrar entre as ordens do Planalto e a necessária independência da Câmara.
Jogou um pouco para a platéia, ameaçando cortar o ponto de deputado faltoso. Quis porque quis contrariar a maioria no segundo semestre do ano passado, fingindo ignorar que era um ano eleitoral e que o recesso branco era uma realidade.
Percebeu que a Medida Provisória estava matando o Legislativo brasileiro e tentou encontrar um ponto de equilíbrio entre as demandas do Planalto e a autonomia do Legislativo.
Chinaglia tem pretensões a voos mais altos.
Enquanto isso, no Senado, Garibaldi Alves foi eleito para completar o mandato de Renan Calheiros, que renunciou depois de ter mergulhado o Senado na mais completa desmoralização.
Garibaldi não parece ter amantes, nem filhos fora do casamento, nem bois voadores. Cara de bonachão, tem oratória antiquada. Mas de bobo não tem nadinha de nada.
Com muito mais independência do que Chinaglia, Garibaldi vem alertando seguidamente o governo sobre o excesso de Medidas Provisórias. Avisou que a CPMF não passaria no Senado. Avisou que a recriação da CPMF também não passará. Conhece a casa que presidiu.
Mas Garibaldi foi crítico também em relação aos senadores. Considerou medíocre a CPI dos cartões corporativos (e seus pífios resultados), alertou para o risco de banalização das CPIs.
Realmente, foram dois presidentes muito diferentes.
Diferentes para melhor.
Ontem, em discurso de despedida de ambas as Casas, se emocionaram.
Em suma, Chinaglia e Garibaldi formaram uma dupla dinâmica.
Foi um período em que enredaram-se em CPIs que não deram em nada, disputas entre governo e oposição por conta de dossiês produzidos na Casa Civil e tentativa frustrada (até agora) de recriação da CPMF.
Mas é justo considerar positiva a atuação dos presidentes das duas casas.
Na Câmara, Arlindo Chinaglia é muito superior aos dois presidentes que o antecederam.
Arlindo Chinaglia foi cuidadoso, moveu-se com cautela, prestou atenção à própria biografia. Tentou se equilibrar entre as ordens do Planalto e a necessária independência da Câmara.
Jogou um pouco para a platéia, ameaçando cortar o ponto de deputado faltoso. Quis porque quis contrariar a maioria no segundo semestre do ano passado, fingindo ignorar que era um ano eleitoral e que o recesso branco era uma realidade.
Percebeu que a Medida Provisória estava matando o Legislativo brasileiro e tentou encontrar um ponto de equilíbrio entre as demandas do Planalto e a autonomia do Legislativo.
Chinaglia tem pretensões a voos mais altos.
Enquanto isso, no Senado, Garibaldi Alves foi eleito para completar o mandato de Renan Calheiros, que renunciou depois de ter mergulhado o Senado na mais completa desmoralização.
Garibaldi não parece ter amantes, nem filhos fora do casamento, nem bois voadores. Cara de bonachão, tem oratória antiquada. Mas de bobo não tem nadinha de nada.
Com muito mais independência do que Chinaglia, Garibaldi vem alertando seguidamente o governo sobre o excesso de Medidas Provisórias. Avisou que a CPMF não passaria no Senado. Avisou que a recriação da CPMF também não passará. Conhece a casa que presidiu.
Mas Garibaldi foi crítico também em relação aos senadores. Considerou medíocre a CPI dos cartões corporativos (e seus pífios resultados), alertou para o risco de banalização das CPIs.
Realmente, foram dois presidentes muito diferentes.
Diferentes para melhor.
Ontem, em discurso de despedida de ambas as Casas, se emocionaram.
Em suma, Chinaglia e Garibaldi formaram uma dupla dinâmica.
segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009
Blog - Últimas Notícias
* O ministro da Fazenda disse que o governo vai aumentar os investimentos e o número de obras do Programa de Aceleração do Crescimento. Segundo Guido Mantega, a ministra da Casa Civil, Dilma Roussef, vai anunciar as mudanças na quarta-feira. Mantega também disse que durante reunião ministerial, o presidente Lula pediu que a área econômica do governo encontre uma forma de reduzir o custo dos empréstimos e o "spread" bancário. Spread é a diferença entre o juro do crédito e o custo de captação dos recursos pelos bancos.
* O PMDB assumiu hoje a presidência das duas casas legislativas federais. No Senado, José Sarney derrotou o petista Tião Viana por 49 votos a 32. Em discurso, Sarney prometeu esforço para votar as reformas política e tributária e para combater o excesso de medidas provisórias. Ele ainda anunciou um corte de 10% no orçamento do Senado diante da crise financeira...
* ...Na Câmara dos deputados, Michel Temer venceu a disputa contra Ciro Nogueira, do PP, e Aldo Rebelo, do PCdoB. O peemedebista obteve apoio de 304 dos 513 parlamentares. Ao tomar posse, Temer fez um discurso pedindo a união dos partidos. Ele disse também que é preciso elaborar propostas para combater os efeitos da crise global.
* O vice-presidente da República, José Alencar, deixou a Unidade de Terapia Intensiva do Hospital Sírio Libanês, em São Paulo. Segundo boletim médico, Alencar já se alimenta e conversa normalmente. O vice-presidente se recupera de uma cirurgia realizada na semana passada para retirada de tumores do abdome.
* Mais de 20 milhões de imigrantes rurais que trabalhavam nas indústrias chinesas deixaram as cidades e voltaram para o campo após perderem seus empregos. Segundo o Ministério da Agricultura da China, as demissões foram provocadas pela crise financeira.
* O PMDB assumiu hoje a presidência das duas casas legislativas federais. No Senado, José Sarney derrotou o petista Tião Viana por 49 votos a 32. Em discurso, Sarney prometeu esforço para votar as reformas política e tributária e para combater o excesso de medidas provisórias. Ele ainda anunciou um corte de 10% no orçamento do Senado diante da crise financeira...
* ...Na Câmara dos deputados, Michel Temer venceu a disputa contra Ciro Nogueira, do PP, e Aldo Rebelo, do PCdoB. O peemedebista obteve apoio de 304 dos 513 parlamentares. Ao tomar posse, Temer fez um discurso pedindo a união dos partidos. Ele disse também que é preciso elaborar propostas para combater os efeitos da crise global.
* O vice-presidente da República, José Alencar, deixou a Unidade de Terapia Intensiva do Hospital Sírio Libanês, em São Paulo. Segundo boletim médico, Alencar já se alimenta e conversa normalmente. O vice-presidente se recupera de uma cirurgia realizada na semana passada para retirada de tumores do abdome.
* Mais de 20 milhões de imigrantes rurais que trabalhavam nas indústrias chinesas deixaram as cidades e voltaram para o campo após perderem seus empregos. Segundo o Ministério da Agricultura da China, as demissões foram provocadas pela crise financeira.
Eleitos na Câmara
Veja abaixo o resultado final das eleições na Câmara nesta segunda-feira:
Presidente da Câmara dos Deputados
Michel Temer (PMDB-SP): 304 (eleito)
Ciro Nogueira (PP-PI): 129
Aldo Rebelo (PCdoB-AL): 76
1º vice-presidente
Marco Maia (PT-RS): 416 (eleito)
2º vice-presidente
Edmar Moreira (DEM-MG): 283 (eleito)
Vic Pires Franco (DEM-PA): 218
1º secretário
Rafael Guerra (PSDB-MG): 261 (eleito)
Rômulo Gouveia (PSDB-PB): 144
Bruno Rodrigues (PSDB-PE): 97
2º secretário (2º turno)
Inocêncio Oliveira (PR-PE): 265 (eleito)
José Carlos Araújo (PR-BA): 217
3º secretário
Odair Cunha (PT-MG): 287 (eleito)
Manato (PDT-ES): 198
4º secretário
Nelson Marquezelli (PTB-SP): 393 (eleito)
Augusto Farias (PTB-AL): 94
Suplentes
Marcelo Ortiz (PV-SP): 373 (eleito)
Giovanni Queiroz (PDT-PA): 298 (eleito)
Leandro Sampaio (PPS-RJ): 269 (eleito)
Ilderlei Cordeiro (PPS-AC): 264 (eleito)
Manoel Junior (PSB-PB): 256
Givaldo Carimbão (PSB-AL): 192
Sérgio Brito (PDT-BA): 166
Presidente da Câmara dos Deputados
Michel Temer (PMDB-SP): 304 (eleito)
Ciro Nogueira (PP-PI): 129
Aldo Rebelo (PCdoB-AL): 76
1º vice-presidente
Marco Maia (PT-RS): 416 (eleito)
2º vice-presidente
Edmar Moreira (DEM-MG): 283 (eleito)
Vic Pires Franco (DEM-PA): 218
1º secretário
Rafael Guerra (PSDB-MG): 261 (eleito)
Rômulo Gouveia (PSDB-PB): 144
Bruno Rodrigues (PSDB-PE): 97
2º secretário (2º turno)
Inocêncio Oliveira (PR-PE): 265 (eleito)
José Carlos Araújo (PR-BA): 217
3º secretário
Odair Cunha (PT-MG): 287 (eleito)
Manato (PDT-ES): 198
4º secretário
Nelson Marquezelli (PTB-SP): 393 (eleito)
Augusto Farias (PTB-AL): 94
Suplentes
Marcelo Ortiz (PV-SP): 373 (eleito)
Giovanni Queiroz (PDT-PA): 298 (eleito)
Leandro Sampaio (PPS-RJ): 269 (eleito)
Ilderlei Cordeiro (PPS-AC): 264 (eleito)
Manoel Junior (PSB-PB): 256
Givaldo Carimbão (PSB-AL): 192
Sérgio Brito (PDT-BA): 166
Resumo do Dia
* O PMDB assumiu hoje a presidência das duas casas legislativas federais. No Senado, José Sarney derrotou o petista Tião Viana por 49 votos a 32. Em discurso, Sarney prometeu esforço para votar as reformas política e tributária e para combater o excesso de medidas provisórias. Ele ainda anunciou um corte de 10% no orçamento do Senado diante da crise financeira.
Na Câmara dos deputados, Michel Temer venceu a disputa contra Ciro Nogueira, do PP, e Aldo Rebelo, do PCdoB. O peemedebista obteve apoio de 304 dos 513 parlamentares. Ao tomar posse, Temer fez um discurso pedindo a união dos partidos. Ele disse também que é preciso elaborar propostas para combater os efeitos da crise global.
* A balança comercial brasileira registrou em janeiro o primeiro déficit mensal negativo desde março de 2001. Segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, as importações superaram as exportações em 518 milhões de dólares no primeiro mês do ano. Nos últimos 12 meses, o saldo continua positivo, em 23 bilhões de dólares.
* A rede norte-americana de lojas de departamento Macy's anunciou que vai fechar 7 mil postos de trabalho para enfrentar a recessão econômica. Com o corte, que equivale a 4% do número de funcionários, a companhia pretende reduzir os custos em 400 milhões de dólares por ano.
* O Bradesco anunciou queda de 26,8% no lucro líquido no quarto trimestre de 2008, em relação ao mesmo período do ano anterior. O banco encerrou o período com lucro líquido de 1 bilhão e 800 milhões de reais. No ano, os ganhos da instituição ficaram em 7 bilhões e 620 milhões de reais.
* A Bolsa de Valores de São Paulo opera em queda de 1,43%, com 38 mil 738 pontos.
* O dólar comercial fechou cotado a 2 reais 325, alta de 0,43%.
* O euro vale 2 reais 987, baixa de 1,48%.
Na Câmara dos deputados, Michel Temer venceu a disputa contra Ciro Nogueira, do PP, e Aldo Rebelo, do PCdoB. O peemedebista obteve apoio de 304 dos 513 parlamentares. Ao tomar posse, Temer fez um discurso pedindo a união dos partidos. Ele disse também que é preciso elaborar propostas para combater os efeitos da crise global.
* A balança comercial brasileira registrou em janeiro o primeiro déficit mensal negativo desde março de 2001. Segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, as importações superaram as exportações em 518 milhões de dólares no primeiro mês do ano. Nos últimos 12 meses, o saldo continua positivo, em 23 bilhões de dólares.
* A rede norte-americana de lojas de departamento Macy's anunciou que vai fechar 7 mil postos de trabalho para enfrentar a recessão econômica. Com o corte, que equivale a 4% do número de funcionários, a companhia pretende reduzir os custos em 400 milhões de dólares por ano.
* O Bradesco anunciou queda de 26,8% no lucro líquido no quarto trimestre de 2008, em relação ao mesmo período do ano anterior. O banco encerrou o período com lucro líquido de 1 bilhão e 800 milhões de reais. No ano, os ganhos da instituição ficaram em 7 bilhões e 620 milhões de reais.
* A Bolsa de Valores de São Paulo opera em queda de 1,43%, com 38 mil 738 pontos.
* O dólar comercial fechou cotado a 2 reais 325, alta de 0,43%.
* O euro vale 2 reais 987, baixa de 1,48%.
Blog - Repórter
* O peemedebista José Sarney foi eleito, pela terceira vez, presidente do Senado Federal. Ele venceu a disputa com o petista Tião Viana, por 49 votos a 32. Ao assumir o cargo, Sarney agradeceu os votos e disse que vai defender a autonomia e a independência do Senado.
A Câmara dos deputados já iniciou a sessão de votação para compor a nova Mesa Diretora da Casa. Os candidatos são Michel Temer, do PMDB, Ciro Nogueira, do PP, e Aldo Rebelo, do PCdoB.
* A balança comercial brasileira registrou déficit de 518 milhões de dólares em janeiro deste ano, o primeiro saldo mensal negativo desde março de 2001, segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Em janeiro de 2008, a balança comercial teve superávit de 922 milhões de dólares.
* O vice-presidente da República, José Alencar, deixou a Unidade de Terapia Intensiva do Hospital Sírio Libanês, em São Paulo. Segundo boletim médico, Alencar já se alimenta e conversa normalmente. O vice-presidente se recupera de uma cirurgia realizada na semana passada para retirada de tumores do abdome.
* Uma forte nevasca que atingiu a Grã-Bretanha hoje provocou a paralisação de transportes e o fechamento de milhares de escolas em todo o país. Segundo a Federação das Pequenas Empresas britânica, mais de 6 milhões de pessoas não conseguiram chegar ao trabalho.
Um avião da Cyprus Airlines com 104 passageiros a bordo derrapou na pista no aeroporto de Heatrow, em Londres, por causa da neve. Ninguém ficou ferido.
* A Bolsa de Valores de São Paulo opera em queda de 0,96%, com 38 mil e 924 pontos.
* O dólar comercial está cotado a 2 reais 341, alta de 0,79%.
* O euro vale 3 reais e um milésimo, baixa de 1%.
A Câmara dos deputados já iniciou a sessão de votação para compor a nova Mesa Diretora da Casa. Os candidatos são Michel Temer, do PMDB, Ciro Nogueira, do PP, e Aldo Rebelo, do PCdoB.
* A balança comercial brasileira registrou déficit de 518 milhões de dólares em janeiro deste ano, o primeiro saldo mensal negativo desde março de 2001, segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Em janeiro de 2008, a balança comercial teve superávit de 922 milhões de dólares.
* O vice-presidente da República, José Alencar, deixou a Unidade de Terapia Intensiva do Hospital Sírio Libanês, em São Paulo. Segundo boletim médico, Alencar já se alimenta e conversa normalmente. O vice-presidente se recupera de uma cirurgia realizada na semana passada para retirada de tumores do abdome.
* Uma forte nevasca que atingiu a Grã-Bretanha hoje provocou a paralisação de transportes e o fechamento de milhares de escolas em todo o país. Segundo a Federação das Pequenas Empresas britânica, mais de 6 milhões de pessoas não conseguiram chegar ao trabalho.
Um avião da Cyprus Airlines com 104 passageiros a bordo derrapou na pista no aeroporto de Heatrow, em Londres, por causa da neve. Ninguém ficou ferido.
* A Bolsa de Valores de São Paulo opera em queda de 0,96%, com 38 mil e 924 pontos.
* O dólar comercial está cotado a 2 reais 341, alta de 0,79%.
* O euro vale 3 reais e um milésimo, baixa de 1%.
Mudanças às vésperas das eleições
Um dia antes da eleição para a presidência da Câmara, a Mesa Diretora decidiu, em uma interpretação do regimento interno da Casa, reduzir o total de votos necessários para uma vitória no primeiro turno. O novo presidente será eleito caso consiga reunir mais da metade dos votos dos deputados presentes no plenário. Pelo entendimento anterior, seria necessário obter a maioria de todas as quinhentas e treze cadeiras da Câmara...
Outra mudança acertada foi a de antecipar o horário de votação na Câmara para que ele coincida com o da sessão que vai eleger o presidente do Senado. A ideia é evitar que uma vitória do PMDB entre os senadores influencie o processo eleitoral dos deputados.
Outra mudança acertada foi a de antecipar o horário de votação na Câmara para que ele coincida com o da sessão que vai eleger o presidente do Senado. A ideia é evitar que uma vitória do PMDB entre os senadores influencie o processo eleitoral dos deputados.
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