Em Brasília, não se fala em outra coisa: eleições para a Mesa da Câmara e do Senado.
Desde ontem, os deputados e os senadores candidatos, além de seus respectivos assessores não param de telefonar para os seus 'eleitores'.
A causa de todo esse rebuliço é a forma como é feita a votação. Como é uma eleição como outra qualquer, o voto é secreto. E como nessas horas a chance de trair torna-se muito grande, garantir o voto nem que seja apenas 'de boca' vale a pena.
As eleições das Mesas acontecerão nesta segunda-feira.
sábado, 31 de janeiro de 2009
Eleições no Congresso
Nesta segunda-feira, 02, a Câmara e o Senado passarão por eleições presidenciais.
Existem dois ingredientes que merecem destaque sobre essas eleições.
Primeiro, refere-se ao fato de que ambas as Casas presidirão as Eleições de 2010, imprescindível para o candidato apoiado pelo governo. Em segundo lugar, mostrará o comportamento entre aliados do governo e oposição.
Como é uma eleição como outra qualquer, o voto será eletrônico e não será revelado. Nessas horas, a chance de trair é enorme.
São vantagens para o eleito: poder de decisão, projeção e visibilidade na mídia.
Na Câmara, os candidatos são Michel Temer (PMDB-SP), Aldo Rebelo (PCdoB-SP), Ciro Nogueira (PP-PI) e Osmar Serraglio (PMDB-PR), que lançou candidatura avulso.
No Senado, são apenas dois candidatos: José Sarney (PMDB-AP) “o favorito” e Tião Viana (PT-AC).
Sabe-se que o presidente da Câmara é o segundo no caso de uma eventual sucessão do presidente e do vice-presidente da República.
É um cargo de grande influência, principalmente, nos projetos que serão analisados e votados.
Aparece com frequência na mídia, logo ganha projeção política, facilitando garantir votos para futuras eleições. Ah, pode, inclusive, abrir processo de impeachment contra o presidente da República.
Suas regalias se alastram, pois passam a ter casa oficial, carro oficial com motorista particular e tudo mais, além de um jato, isso mesmo, da Foca Aérea Brasileira à sua inteira disposição. Bom seria se eles sofressem com o caos nos aeroportos brasileiros!
No caso do presidente do Senado, as regalias são as mesmas, a diferença está na linha de sucessão. Este é o quarto numa possível sucessão e pode instalar e arquivar pedidos de CPIs, shows que ano passado, muitos deles, não deram em nada.
A votação obedeceria ao critério da proporcionalidade, isto é, os partidos com a maior bancada são os que presidem as Casas. Neste caso, o PMDB. Mas quando há mais de um candidato, como é o caso de agora, quem ganhar é o presidente.
No Senado, como são apenas dois candidatos, é preciso que o candidato leve maioria, ou seja, 41 votos.
Agora, na Câmara, para que o deputado chegue à presidência são necessários 257 votos, o que equivale à metade mais um dos 513 deputados.
É onde mora o problema, pois se nenhum dos candidatos obtiver esse número haverá segundo turno com os dois mais votados. Em caso de um possível segundo turno, ganha quem conseguir metade de um quorum mínimo de 257 parlamentares, isto é, 129 votos.
A polêmica, agora, gira em torno das alianças.
No Senado, Tião Viana conta com o apoio formal do PT, PDT, PR, PSB, PSOL, PRB e, agora, o PSDB: um total de 38 votos. José Sarney tem o PMDB, o DEM e o PTB, que somam 41 votos. O PC do B e o PP ainda não formalizaram apoio
É preciso costurar bem os pontos de apoio, pois um passo em falso hoje poderá custar o desempenho dos candidatos às eleições de 2010.
Existem dois ingredientes que merecem destaque sobre essas eleições.
Primeiro, refere-se ao fato de que ambas as Casas presidirão as Eleições de 2010, imprescindível para o candidato apoiado pelo governo. Em segundo lugar, mostrará o comportamento entre aliados do governo e oposição.
Como é uma eleição como outra qualquer, o voto será eletrônico e não será revelado. Nessas horas, a chance de trair é enorme.
São vantagens para o eleito: poder de decisão, projeção e visibilidade na mídia.
Na Câmara, os candidatos são Michel Temer (PMDB-SP), Aldo Rebelo (PCdoB-SP), Ciro Nogueira (PP-PI) e Osmar Serraglio (PMDB-PR), que lançou candidatura avulso.
No Senado, são apenas dois candidatos: José Sarney (PMDB-AP) “o favorito” e Tião Viana (PT-AC).
Sabe-se que o presidente da Câmara é o segundo no caso de uma eventual sucessão do presidente e do vice-presidente da República.
É um cargo de grande influência, principalmente, nos projetos que serão analisados e votados.
Aparece com frequência na mídia, logo ganha projeção política, facilitando garantir votos para futuras eleições. Ah, pode, inclusive, abrir processo de impeachment contra o presidente da República.
Suas regalias se alastram, pois passam a ter casa oficial, carro oficial com motorista particular e tudo mais, além de um jato, isso mesmo, da Foca Aérea Brasileira à sua inteira disposição. Bom seria se eles sofressem com o caos nos aeroportos brasileiros!
No caso do presidente do Senado, as regalias são as mesmas, a diferença está na linha de sucessão. Este é o quarto numa possível sucessão e pode instalar e arquivar pedidos de CPIs, shows que ano passado, muitos deles, não deram em nada.
A votação obedeceria ao critério da proporcionalidade, isto é, os partidos com a maior bancada são os que presidem as Casas. Neste caso, o PMDB. Mas quando há mais de um candidato, como é o caso de agora, quem ganhar é o presidente.
No Senado, como são apenas dois candidatos, é preciso que o candidato leve maioria, ou seja, 41 votos.
Agora, na Câmara, para que o deputado chegue à presidência são necessários 257 votos, o que equivale à metade mais um dos 513 deputados.
É onde mora o problema, pois se nenhum dos candidatos obtiver esse número haverá segundo turno com os dois mais votados. Em caso de um possível segundo turno, ganha quem conseguir metade de um quorum mínimo de 257 parlamentares, isto é, 129 votos.
A polêmica, agora, gira em torno das alianças.
No Senado, Tião Viana conta com o apoio formal do PT, PDT, PR, PSB, PSOL, PRB e, agora, o PSDB: um total de 38 votos. José Sarney tem o PMDB, o DEM e o PTB, que somam 41 votos. O PC do B e o PP ainda não formalizaram apoio
É preciso costurar bem os pontos de apoio, pois um passo em falso hoje poderá custar o desempenho dos candidatos às eleições de 2010.
sexta-feira, 30 de janeiro de 2009
Haverá traições dos dois lados
Quem vê os corredores do Senado vazios, nem imagina: é tensa a disputa pela presidência da casa. A três dias da eleição, uma reviravolta: os tucanos, que pareciam voar na direção do PMDB, desistiram da candidatura de José Sarney. A decisão foi na noite de quinta, em Pernambuco.
O PSDB apostou alto no peso de seus votos para eleger Sarney. Queria mais cargos na mesa e o comando de duas comissões estratégicas: a de economia e de relações exteriores. O PMDB não atendeu o pedido. Então, o PSDB se aliou a Tião Viana e praticamente embolou o jogo.
Tião Viana conta com o apoio formal do PT, PDT, PR, PSB, PSOL, PRB e, agora, o PSDB: um total de 38 votos. José Sarney tem o PMDB, o DEM e o PTB, que somam 41 votos. O PC do B e o PP ainda não formalizaram apoio.
A decisão é secreta e ninguém duvida: haverá traições dos dois lados.
Na Câmara, que também escolhe seus dirigentes na segunda-feira, a campanha não é só pela presidência. Os deputados disputam votos para os outros cargos de comando.
O PSDB apostou alto no peso de seus votos para eleger Sarney. Queria mais cargos na mesa e o comando de duas comissões estratégicas: a de economia e de relações exteriores. O PMDB não atendeu o pedido. Então, o PSDB se aliou a Tião Viana e praticamente embolou o jogo.
Tião Viana conta com o apoio formal do PT, PDT, PR, PSB, PSOL, PRB e, agora, o PSDB: um total de 38 votos. José Sarney tem o PMDB, o DEM e o PTB, que somam 41 votos. O PC do B e o PP ainda não formalizaram apoio.
A decisão é secreta e ninguém duvida: haverá traições dos dois lados.
Na Câmara, que também escolhe seus dirigentes na segunda-feira, a campanha não é só pela presidência. Os deputados disputam votos para os outros cargos de comando.
CBN - Eleição no Senado
Esquema das sessões desta segunda-feira (02/02)
Eleição no Senado
10h - Abertura da sessão para eleição do presidente
Os líderes podem fazer intervenções para abordar algum assunto referente aos procedimentos da eleição. Como a votação é secreta, os senadores são proibidos de indicar o voto.
Caberá a Garibaldi decidir na hora se dará espaço para o pronunciamento dos candidatos.
É praxe o discurso do presidente que está deixando o cargo. Pode ser antes da votação ou depois da proclamação do resultado.
A vitória se dá por maioria simples.
Obs.: Havendo um candidato, a eleição será feita no painel. Se houver mais de um, a votação é feita em cédulas de papel.
Após a apuração, o presidente da mesa proclama o resultado e chama o vencedor para se pronunciar.
Em seguida, se inicia o processo de eleição dos outros cargos da mesa.
Eleição na Câmara
10h - Sessão preparatória - líderes de partidos têm prazo de duas horas para fazer discursos. É provável que o atual presidente, Arlindo Chinaglia, também aproveite o tempo para se despedir do cargo.
12h - Abertura da ordem do dia
Os candidatos fazem discurso (o tempo é definido na hora pelo presidente da sessão. Geralmente, a média é de vinte minutos. A ordem é decidida por sorteio).
Em seguida, a votação é iniciada. É secreta. Os deputados entram em cabines fechadas e registram o voto eletrônico. Eles tem de votar nos onze cargos da mesa diretora. A expectativa é de que cada voto leve cerca de três minutos.
Encerrada a votação, se inicia o processo de apuração - a contagem começa pelo cargo do presidente. Depois, é feita a apuração dos outros cargos da mesa (vice-presidentes....).
Após a proclamação do resultado, Arlindo Chinaglia passa o cargo para o eleito, que deve fazer discurso e comandar a apuração dos outros cargos.
A vitória se dará por maioria absoluta.
A expectativa é de que a sessão dure cerca de três horas. Até 15h30, já devemos saber quem será o novo presidente.
No caso de segundo turno, o atual presidente define o horário da nova sessão. Os candidatos têm direito a fazer discurso antes da votação e o processo se repete.
Neste caso, a vitória se dará por maioria simples.
16h - Sessão de abertura dos trabalhos do Legislativo
Presidida pelo presidente eleito do senado
Abertura com hino nacional
Dilma Rousseff representará Lula, mas não terá direito a fazer discurso.
Gilmar Mendes leva a mensagem do Juridiário e deve fazer discurso.
A mensagem de Lula é lida pelo primeiro secretário da mesa do Congresso.
Eleição no Senado
10h - Abertura da sessão para eleição do presidente
Os líderes podem fazer intervenções para abordar algum assunto referente aos procedimentos da eleição. Como a votação é secreta, os senadores são proibidos de indicar o voto.
Caberá a Garibaldi decidir na hora se dará espaço para o pronunciamento dos candidatos.
É praxe o discurso do presidente que está deixando o cargo. Pode ser antes da votação ou depois da proclamação do resultado.
A vitória se dá por maioria simples.
Obs.: Havendo um candidato, a eleição será feita no painel. Se houver mais de um, a votação é feita em cédulas de papel.
Após a apuração, o presidente da mesa proclama o resultado e chama o vencedor para se pronunciar.
Em seguida, se inicia o processo de eleição dos outros cargos da mesa.
Eleição na Câmara
10h - Sessão preparatória - líderes de partidos têm prazo de duas horas para fazer discursos. É provável que o atual presidente, Arlindo Chinaglia, também aproveite o tempo para se despedir do cargo.
12h - Abertura da ordem do dia
Os candidatos fazem discurso (o tempo é definido na hora pelo presidente da sessão. Geralmente, a média é de vinte minutos. A ordem é decidida por sorteio).
Em seguida, a votação é iniciada. É secreta. Os deputados entram em cabines fechadas e registram o voto eletrônico. Eles tem de votar nos onze cargos da mesa diretora. A expectativa é de que cada voto leve cerca de três minutos.
Encerrada a votação, se inicia o processo de apuração - a contagem começa pelo cargo do presidente. Depois, é feita a apuração dos outros cargos da mesa (vice-presidentes....).
Após a proclamação do resultado, Arlindo Chinaglia passa o cargo para o eleito, que deve fazer discurso e comandar a apuração dos outros cargos.
A vitória se dará por maioria absoluta.
A expectativa é de que a sessão dure cerca de três horas. Até 15h30, já devemos saber quem será o novo presidente.
No caso de segundo turno, o atual presidente define o horário da nova sessão. Os candidatos têm direito a fazer discurso antes da votação e o processo se repete.
Neste caso, a vitória se dará por maioria simples.
16h - Sessão de abertura dos trabalhos do Legislativo
Presidida pelo presidente eleito do senado
Abertura com hino nacional
Dilma Rousseff representará Lula, mas não terá direito a fazer discurso.
Gilmar Mendes leva a mensagem do Juridiário e deve fazer discurso.
A mensagem de Lula é lida pelo primeiro secretário da mesa do Congresso.
PSDB do lado de lá
Agência Estado
Em uma reviravolta surpreendente no Senado, o PSDB decidiu ontem à noite dar o apoio e o voto de seus 13 senadores ao candidato do PT a presidente da Casa, Tião Viana (AC). A despeito da preferência da maioria da bancada pela candidatura do PMDB do senador José Sarney (AP), a cúpula tucana reuniu-se em Recife e, com o aval do governador de São Paulo, José Serra (PSDB), decidiu optar pelo petista.
A nova opção do partido ocorreu depois que a negociação com o PMDB empacou, por conta de cargos. Quem definiu a mudança de rumo foi o presidente nacional do partido, senador Sérgio Guerra (PE), em reunião com o líder no Senado, Arthur Virgílio (AM), e o senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), que desembarcou ontem em Recife, de volta de uma viagem de férias ao exterior. O presidente e o líder tinham a delegação dos senadores para definir o apoio em bloco da bancada a um dos candidatos, qualquer que fosse.
Os tucanos reivindicam duas posições na Mesa Diretora - a primeira vice-presidência e a quarta secretaria, além das presidências das comissões de Assuntos Econômicos e Relações Exteriores. Segundo peemedebistas, o pleito ultrapassa a quota de poder que as regras regimentais reservam ao PSDB, definida de acordo com o tamanho de cada bancada no Senado.
Aproveitando-se da dificuldade dos tucanos de acertar com Sarney os pleitos de cargos, Tião Viana respondeu com uma "carta compromisso" às 12 exigências listadas pela bancada para garantir o apoio dos senadores. "Reafirmo publicamente minha posição contrária à PEC (proposta de emenda constitucional ) do terceiro mandato (para o presidente Lula)", escreveu o candidato petista.
Só por volta das 22h Viana foi informado da novidade. Embora resistisse às pressões para se retirar da disputa, diante do favoritismo de Sarney, àquela altura o petista já estava descrente de um fato novo que lhe trouxesse a perspectiva de vitória.
Apesar da vantagem de Sarney, alardeada pelo PMDB, tucanos e petistas acreditam que a definição do PSDB terá efeito sobre as demais bancadas, estimulando dissidências.
Os tucanos não falaram em cargos com Viana ontem à noite. Repetiram, apenas, que a carta compromisso assinada por ele "criou um elo muito forte de confiança".
Em uma reviravolta surpreendente no Senado, o PSDB decidiu ontem à noite dar o apoio e o voto de seus 13 senadores ao candidato do PT a presidente da Casa, Tião Viana (AC). A despeito da preferência da maioria da bancada pela candidatura do PMDB do senador José Sarney (AP), a cúpula tucana reuniu-se em Recife e, com o aval do governador de São Paulo, José Serra (PSDB), decidiu optar pelo petista.
A nova opção do partido ocorreu depois que a negociação com o PMDB empacou, por conta de cargos. Quem definiu a mudança de rumo foi o presidente nacional do partido, senador Sérgio Guerra (PE), em reunião com o líder no Senado, Arthur Virgílio (AM), e o senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), que desembarcou ontem em Recife, de volta de uma viagem de férias ao exterior. O presidente e o líder tinham a delegação dos senadores para definir o apoio em bloco da bancada a um dos candidatos, qualquer que fosse.
Os tucanos reivindicam duas posições na Mesa Diretora - a primeira vice-presidência e a quarta secretaria, além das presidências das comissões de Assuntos Econômicos e Relações Exteriores. Segundo peemedebistas, o pleito ultrapassa a quota de poder que as regras regimentais reservam ao PSDB, definida de acordo com o tamanho de cada bancada no Senado.
Aproveitando-se da dificuldade dos tucanos de acertar com Sarney os pleitos de cargos, Tião Viana respondeu com uma "carta compromisso" às 12 exigências listadas pela bancada para garantir o apoio dos senadores. "Reafirmo publicamente minha posição contrária à PEC (proposta de emenda constitucional ) do terceiro mandato (para o presidente Lula)", escreveu o candidato petista.
Só por volta das 22h Viana foi informado da novidade. Embora resistisse às pressões para se retirar da disputa, diante do favoritismo de Sarney, àquela altura o petista já estava descrente de um fato novo que lhe trouxesse a perspectiva de vitória.
Apesar da vantagem de Sarney, alardeada pelo PMDB, tucanos e petistas acreditam que a definição do PSDB terá efeito sobre as demais bancadas, estimulando dissidências.
Os tucanos não falaram em cargos com Viana ontem à noite. Repetiram, apenas, que a carta compromisso assinada por ele "criou um elo muito forte de confiança".
quinta-feira, 29 de janeiro de 2009
Pacote tentará salvar a economia americana
A Câmara controlada pelos Democratas aprovou US$ 819 bilhões para um pacote de estímulo econômico crítico para o plano do presidente Barack Obama de revitalizar a economia. Obama disse que espera que o plano de estímulo possa ser fortalecido ao ir para o Senado.
Com 244 votos a favor e 188 contra, os deputados aprovaram medidas como cortes nos impostos para as famílias e as pequenas empresas, além de investimentos em infraestruturas e programas sociais.
O custo estimado do pacote foi reduzido para US$ 816 bilhões, da quantia original de US$ 825 bilhões.
Outros US$ 3 bilhões foram acrescentados no plenário por congressistas democratas para financiar melhoras e obras no transporte público.
O pacote inclui US$ 544 bilhões em novos gastos do governo, com investimentos em infraestrutura; significativos recursos para estados, que ajudarão os governos a lidarem com uma situação cada vez mais deteriorada na economia; e assistência financeira à população de baixa renda mais afetada pela recessão.
O pacote inclui US$ 275 bilhões em medidas de cortes de impostos para indivíduos e empresas, com destaque em um corte de impostos de US$ 500 para cada trabalhador americano.
O presidente Barack Obama, que esperava um apoio bipartidário ao plano, insistiu hoje em que a economia passa por um momento "perigoso" e que "não há tempo a perder".
Na terça-feira, sete dias após sua posse, Obama foi ao Capitólio para persuadir seus detratores republicanos.
Apesar das tentativas de Obama, os republicanos apresentaram uma alternativa com mais cortes tributários e que, em sua opinião, custaria menos e dobraria a criação de empregos.
Assim, a votação de ontem refletiu a discórdia entre os partidos sobre o alcance e conteúdo do plano.
(Com Dow Jones e Reuters)
Com 244 votos a favor e 188 contra, os deputados aprovaram medidas como cortes nos impostos para as famílias e as pequenas empresas, além de investimentos em infraestruturas e programas sociais.
O custo estimado do pacote foi reduzido para US$ 816 bilhões, da quantia original de US$ 825 bilhões.
Outros US$ 3 bilhões foram acrescentados no plenário por congressistas democratas para financiar melhoras e obras no transporte público.
O pacote inclui US$ 544 bilhões em novos gastos do governo, com investimentos em infraestrutura; significativos recursos para estados, que ajudarão os governos a lidarem com uma situação cada vez mais deteriorada na economia; e assistência financeira à população de baixa renda mais afetada pela recessão.
O pacote inclui US$ 275 bilhões em medidas de cortes de impostos para indivíduos e empresas, com destaque em um corte de impostos de US$ 500 para cada trabalhador americano.
O presidente Barack Obama, que esperava um apoio bipartidário ao plano, insistiu hoje em que a economia passa por um momento "perigoso" e que "não há tempo a perder".
Na terça-feira, sete dias após sua posse, Obama foi ao Capitólio para persuadir seus detratores republicanos.
Apesar das tentativas de Obama, os republicanos apresentaram uma alternativa com mais cortes tributários e que, em sua opinião, custaria menos e dobraria a criação de empregos.
Assim, a votação de ontem refletiu a discórdia entre os partidos sobre o alcance e conteúdo do plano.
(Com Dow Jones e Reuters)
quarta-feira, 28 de janeiro de 2009
O Brasil recua no tempo
Durante todo o dia de ontem o governo teve várias chances para recuar da decisão de recriar barreira à importação.
Muitos empresários foram a Brasília reclamar. O ministro estava fora do país. A Fazenda poderia ter dito não.
Mas ao final do dia o balanço foi o seguinte. O ministro Miguel Jorge mandou dizer que a licença prévia não é um retrocesso. O ministro interino Ivan Ramalho disse que não é licença prévia, mas licença automática. Ramalho disse que vai demorar dez dias no máximo. Alguém precisa informar ao interino o que a palavra "automática" quer dizer e ao titular que o interino disse que não é licença prévia. Eles tem que se entender sobre o que estão justificando, afinal.
A Fazenda ouviu as reclamações dos empresários e confirmou a medida. Os empresários voltaram com a promessa de que a nova barreira à importação terá curta duração.
Foi um dia confuso que em tudo lembrou aqueles velhos tempos em que empresarios iam a Brasília pedir o direito de importar produtos. O governo teve tempo de recuar, mas não o fez e o Brasil recuou no tempo.
Muitos empresários foram a Brasília reclamar. O ministro estava fora do país. A Fazenda poderia ter dito não.
Mas ao final do dia o balanço foi o seguinte. O ministro Miguel Jorge mandou dizer que a licença prévia não é um retrocesso. O ministro interino Ivan Ramalho disse que não é licença prévia, mas licença automática. Ramalho disse que vai demorar dez dias no máximo. Alguém precisa informar ao interino o que a palavra "automática" quer dizer e ao titular que o interino disse que não é licença prévia. Eles tem que se entender sobre o que estão justificando, afinal.
A Fazenda ouviu as reclamações dos empresários e confirmou a medida. Os empresários voltaram com a promessa de que a nova barreira à importação terá curta duração.
Foi um dia confuso que em tudo lembrou aqueles velhos tempos em que empresarios iam a Brasília pedir o direito de importar produtos. O governo teve tempo de recuar, mas não o fez e o Brasil recuou no tempo.
terça-feira, 27 de janeiro de 2009
Para não esquecer
Nesses últimos dias, nenhuma notícia, por mais importante que seja, supera em grandeza e em miséria as lembranças dos 64 anos da libertação do campo de Auschwitz, na Polônia, ocorrida em 27 de janeiro de 1945, pelas armas do Exército soviético.
Em Auschwitz morreram, por ordem dos nazistas, aproximadamente um milhão de prisioneiros.
Primeiro, prisioneiros políticos poloneses, depois prisioneiros de guerra soviéticos, ciganos e deportados de várias nacionalidades.
A partir de junho de 1942, no entanto, o campo de Auschwitz foi destinado ao programa de extermínio de toda a população de judeus da Europa.
As câmaras de gás de Birkenau, anexas a Auschwitz, exterminaram mais de 75% dos judeus encaminhados ao campo.
Quando os nazistas perceberam que o fim da guerra estava próximo, tentaram apagar todas as evidências das atrocidades cometidas em Auschwitz-Birkenau.
Desmantelaram as câmaras de gás e os crematórios, queimaram documentos e evacuaram todos os prisioneiros que podiam andar.
A chegada do Exército Vermelho permitiu salvar algumas centenas de sobreviventes.
Auschwitz é e deve permanecer um símbolo da estupidez de que é capaz a espécie humana. É daqueles momentos em que a sociedade humana emprega toda a sua inteligência, toda a sua sofisticação e criatividade, toda a sua tecnologia a serviço do Mal.
Auschwitz não é produto de uma nação de botocudos, de indivíduos mal saídos da pré-história.
Ao contrário, Auschwitz foi produzido por um dos povos mais adiantados e sofisticados do mundo, um país que legou à Humanidade Beethoven, Wagner, Goethe, Schiller, Weber, entre tantos outros gênios.
Mas a Alemanha também produziu Hitler, Goering, Himmler, e produziu as atrocidades cometidas nos campos de concentração e de extermínio de Bergen-Belsen, Buchenwald, Dachau, Ravensbruck, Sobibor, Treblinka...
E é melhor parar por aqui, porque a lista é muito mais extensa.
Em tempo histórico, isto tudo aconteceu ontem. Sessenta e três anos não são nada.
É importante lembrar sempre, porque, a qualquer momento, mesmo as nações mais civilizadas do planeta podem contribuir decisivamente para mergulhar o mundo no horror, na estupidez e na bárbarie.
Nessas horas em que a loucura se apodera do planeta, ninguém pode pretender ser inteiramente inocente, quando pequenos conflitos localizados se transformam num incêndio de proporções mundiais.
Por isso, relembrar o Holocausto é esperar que ele nunca mais aconteça novamente.
Mas relembrar o Holocausto é também reconhecer que a espécie humana é capaz, sim, de mergulhar na estupidez e de produzir outros Auschwitz.
Em Auschwitz morreram, por ordem dos nazistas, aproximadamente um milhão de prisioneiros.
Primeiro, prisioneiros políticos poloneses, depois prisioneiros de guerra soviéticos, ciganos e deportados de várias nacionalidades.
A partir de junho de 1942, no entanto, o campo de Auschwitz foi destinado ao programa de extermínio de toda a população de judeus da Europa.
As câmaras de gás de Birkenau, anexas a Auschwitz, exterminaram mais de 75% dos judeus encaminhados ao campo.
Quando os nazistas perceberam que o fim da guerra estava próximo, tentaram apagar todas as evidências das atrocidades cometidas em Auschwitz-Birkenau.
Desmantelaram as câmaras de gás e os crematórios, queimaram documentos e evacuaram todos os prisioneiros que podiam andar.
A chegada do Exército Vermelho permitiu salvar algumas centenas de sobreviventes.
Auschwitz é e deve permanecer um símbolo da estupidez de que é capaz a espécie humana. É daqueles momentos em que a sociedade humana emprega toda a sua inteligência, toda a sua sofisticação e criatividade, toda a sua tecnologia a serviço do Mal.
Auschwitz não é produto de uma nação de botocudos, de indivíduos mal saídos da pré-história.
Ao contrário, Auschwitz foi produzido por um dos povos mais adiantados e sofisticados do mundo, um país que legou à Humanidade Beethoven, Wagner, Goethe, Schiller, Weber, entre tantos outros gênios.
Mas a Alemanha também produziu Hitler, Goering, Himmler, e produziu as atrocidades cometidas nos campos de concentração e de extermínio de Bergen-Belsen, Buchenwald, Dachau, Ravensbruck, Sobibor, Treblinka...
E é melhor parar por aqui, porque a lista é muito mais extensa.
Em tempo histórico, isto tudo aconteceu ontem. Sessenta e três anos não são nada.
É importante lembrar sempre, porque, a qualquer momento, mesmo as nações mais civilizadas do planeta podem contribuir decisivamente para mergulhar o mundo no horror, na estupidez e na bárbarie.
Nessas horas em que a loucura se apodera do planeta, ninguém pode pretender ser inteiramente inocente, quando pequenos conflitos localizados se transformam num incêndio de proporções mundiais.
Por isso, relembrar o Holocausto é esperar que ele nunca mais aconteça novamente.
Mas relembrar o Holocausto é também reconhecer que a espécie humana é capaz, sim, de mergulhar na estupidez e de produzir outros Auschwitz.
segunda-feira, 26 de janeiro de 2009
Administração em Foco
A área de Recursos Humanos é uma área multidisciplinar onde, sua aspiração maior é a de integrar percepções, sonhos e desejos.
Quando nos referimos a integrar, estamos querendo esclarecer ao leigo que a área de Recursos Humanos não é uma área que treina pessoas, que recruta, que avalia, que remunera, que contrata, etc. Isto é o produto míope que ela oferece à organização. A área de Recursos Humanos é muito mais que isto.
Cabe a área de Recursos Humanos integrar os desejos e as crenças dos executivos das empresas (e/ou dos donos), com também os desejos e vontades dos trabalhadores daquela empresa.
Para quê?
Para tornar a empresa mais flexível, feliz, saudável e competitiva, entre outras.
As organizações do terceiro milênio se distinguirão através dos recursos humanos. E para tal eles deverão estar felizes, comprometidos e altamente preparados para as frequentes mudanças que com certeza acontecerão.
Uma das grandes áreas que recebe a incumbência de administrar este desafio é a área de Treinamento e Desenvolvimento.
Sem nos alongarmos muito e acabarmos sendo muito técnicos, que não nos interessa neste artigo, treinamento significa “o preparo da pessoa para o cargo”. (Chiavenato, 2002)
Já a área de Desenvolvimento se aproxima mais da educação que é “o preparo da pessoa para a vida e pela vida”. (Chiavenato, 2002)
Nos valendo do que conceitua o professor Chiavenato, podemos afirmar que treinamento é uma ação de Recursos Humanos pontual e que desenvolvimento é uma ação mais voltada para o futuro do trabalhador, do trabalho e da organização.
Se é verdade o que eu afirmei acima, esta área é estratégica. Pois lida com o alcance dos objetivos, treina os trabalhadores da organização nos requisitos básicos necessários a fim de competir no mercado altamente competitivo, desenvolve competências, dissemina a cultura, os valores, a missão, a visão, os objetivos, as metas da organização; discute questões de clima organizacional, entre outros; bem como tem como tem como principais objetivos:
Preparar as pessoas para a execução de tarefas peculiares à sua organização;
Mudar a atitudes das pessoas.
Neste ponto esta mudança de atitude tem várias finalidades;
Desenvolver novas habilidades, conceitos, etc;
Transmissão de informações;
Desenvolvimento de conceitos;
Aumento da produtividade;
Melhorar a comunicação;
Diminuir o retrabalho;
Melhorar o relacionamento interpessoal;
Preparar as pessoas e a organização no que diz respeito à substituição e a movimentação de pessoas; etc.
Assim, no limite, a área de Treinamento e Desenvolvimento é a responsável pelo “processo pelo qual a pessoa é prepara para desempenhar de maneira excelente as tarefas específicas do cargo que deve ocupar.” (Chiavenato, 1999)
Para finalizar, sabemos que o universo é composto de dados e que estes dados agrupados por classes ou famílias, transformam-se em informação.
No mundo dos negócios, conhecimento é poder.
Porém, o conhecimento deve ser compartilhado e disseminado. Quanto mais informação você compartilha maior é o seu retorno. Tanto para você, quanto para sua organização.
Seguindo esta lógica, cabe a área de Treinamento e Desenvolvimento facilitar que a empresa inteira possa produzir este bem que é o bem mais valioso na nova economia.
Quando nos referimos a integrar, estamos querendo esclarecer ao leigo que a área de Recursos Humanos não é uma área que treina pessoas, que recruta, que avalia, que remunera, que contrata, etc. Isto é o produto míope que ela oferece à organização. A área de Recursos Humanos é muito mais que isto.
Cabe a área de Recursos Humanos integrar os desejos e as crenças dos executivos das empresas (e/ou dos donos), com também os desejos e vontades dos trabalhadores daquela empresa.
Para quê?
Para tornar a empresa mais flexível, feliz, saudável e competitiva, entre outras.
As organizações do terceiro milênio se distinguirão através dos recursos humanos. E para tal eles deverão estar felizes, comprometidos e altamente preparados para as frequentes mudanças que com certeza acontecerão.
Uma das grandes áreas que recebe a incumbência de administrar este desafio é a área de Treinamento e Desenvolvimento.
Sem nos alongarmos muito e acabarmos sendo muito técnicos, que não nos interessa neste artigo, treinamento significa “o preparo da pessoa para o cargo”. (Chiavenato, 2002)
Já a área de Desenvolvimento se aproxima mais da educação que é “o preparo da pessoa para a vida e pela vida”. (Chiavenato, 2002)
Nos valendo do que conceitua o professor Chiavenato, podemos afirmar que treinamento é uma ação de Recursos Humanos pontual e que desenvolvimento é uma ação mais voltada para o futuro do trabalhador, do trabalho e da organização.
Se é verdade o que eu afirmei acima, esta área é estratégica. Pois lida com o alcance dos objetivos, treina os trabalhadores da organização nos requisitos básicos necessários a fim de competir no mercado altamente competitivo, desenvolve competências, dissemina a cultura, os valores, a missão, a visão, os objetivos, as metas da organização; discute questões de clima organizacional, entre outros; bem como tem como tem como principais objetivos:
Preparar as pessoas para a execução de tarefas peculiares à sua organização;
Mudar a atitudes das pessoas.
Neste ponto esta mudança de atitude tem várias finalidades;
Desenvolver novas habilidades, conceitos, etc;
Transmissão de informações;
Desenvolvimento de conceitos;
Aumento da produtividade;
Melhorar a comunicação;
Diminuir o retrabalho;
Melhorar o relacionamento interpessoal;
Preparar as pessoas e a organização no que diz respeito à substituição e a movimentação de pessoas; etc.
Assim, no limite, a área de Treinamento e Desenvolvimento é a responsável pelo “processo pelo qual a pessoa é prepara para desempenhar de maneira excelente as tarefas específicas do cargo que deve ocupar.” (Chiavenato, 1999)
Para finalizar, sabemos que o universo é composto de dados e que estes dados agrupados por classes ou famílias, transformam-se em informação.
No mundo dos negócios, conhecimento é poder.
Porém, o conhecimento deve ser compartilhado e disseminado. Quanto mais informação você compartilha maior é o seu retorno. Tanto para você, quanto para sua organização.
Seguindo esta lógica, cabe a área de Treinamento e Desenvolvimento facilitar que a empresa inteira possa produzir este bem que é o bem mais valioso na nova economia.
CBN Rio
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