sábado, 8 de maio de 2010

Eleições 2010 - Rio

De O Globo

Lindberg tem bens bloqueados: ex-prefeito é suspeito de beneficiar empresas ligadas a seu partido, o PT

O ex-prefeito de Nova Iguaçu Lindberg Farias, pré-candidato do PT fluminense ao Senado , está impedido de movimentar as suas contas bancárias ou alienar imóveis e veículos. A pedido do Ministério Público estadual, o juiz Maurício Chaves de Souza Lima, da 3ª Vara Cível de Nova Iguaçu, decretou liminarmente a indisponibilidade de bens de Lindberg e outros envolvidos na contratação, em 2005, de uma fundação encarregada de aperfeiçoar o modelo de gestão da prefeitura de Nova Iguaçu. Os promotores alegam que a fundação serviu de fachada para a contratação, sem licitação, de duas empresas ligadas ao PT.

Na decisão, o juiz entendeu haver "indícios de ocorrência de improbidade administrativa" no contrato, razão pela qual bloqueou os bens "a fim de evitar o sumiço ou perecimento, garantindo assim a futura recomposição".

A Fundação de Empreendimentos Científicos e Tecnológicos (Finatec) foi contratada logo após a posse de Lindberg, em março de 2005, com dispensa de licitação, por R$ 1,246 milhão, pago em nove parcelas. O objetivo era a prestação de serviços de "desenvolvimento institucional da municipalidade, por meio de estudos, pesquisas, diagnósticos e aplicação de metodologias próprias". A concorrência pública foi dispensada sob a justificativa de "notória especialização".

Contratos semelhantes foram feitos pela fundação, no mesmo período, com outras prefeituras e governos petistas. Ligada à UnB, a Finatec foi a mesma entidade que gastou R$ 389 mil para mobiliar com artigos como lixeiras de R$ 1 mil e um saca-rolhas de R$ 856 o apartamento do ex-reitor da UnB Timothy Mulholland, desligado da instituição após a divulgação do caso.

A Finatec também é alvo de ações movidas pelos Ministérios Públicos do Distrito Federal e do Espírito Santo. A 3ª Promotoria da Tutela Coletiva (Nova Iguaçu), ao ajuizar a ação em março deste ano, explicou que as provas produzidas comprovaram que a Finatec "funcionava como fachada" para a contratação direta, sem licitação, de empresas de consultoria - que eram subcontratadas por ela.

A prefeitura, neste caso, aproveitava-se de uma brecha na legislação que permite a contratação de fundações ligadas a entidades de ensino sem a necessidade de licitação. "A Finatec não tinha capacidade técnica para executar o contrato", sustenta a acusação.

Essa brecha foi aproveitada pelas empresas Intercorp Consultoria Empresarial e Camargo & Camargo Consultoria Empresarial, pertencentes ao casal Luís Antônio Lima e Flávia Maria Camarero. De acordo com investigações do MP-DF, dos R$ 50 milhões em contratos com órgãos públicos amealhados pela Finatec entre 2001 e 2005, R$ 22 milhões foram destinados a pagamentos à Intercorp e à Camarero e Camarero.

Além de Vitória e Nova Iguaçu, a Finatec atuou em Recife, em Maringá e no governo do Piauí. Psicólogo gaúcho, Luís Lima participou da equipe que preparou a transição do governo Fernando Henrique para o de Luiz Inácio Lula da Silva.

Os promotores pedem o ressarcimento de danos ao Erário e declaração de nulidade de contrato administrativo. São apontados como responsáveis Lindberg Farias; José Luiz Alves da Fontoura Rodrigues, ex-diretor da Finatec, Intercorp Consultoria Empresarial (Brasília), Camarero & Camarero Consultoria Empresarial Ltda (SP); Luiz Antônio Lima (sócio Intercorp); e Flávia Maria do Carmo Camarero (mulher de Luiz, dona da Camarero).

Testemunha reforça suspeitas do MP
De acordo com os promotores, a "má fé e o dolo" de Luís Antônio Lima são reforçados pelo testemunho de Elisa Weber, ex-companheira de Eduardo Grin, que trabalhou na Intercorp. Em depoimento prestado em setembro do ano passado, ela disse que "tanto Luís quanto Eduardo falavam clara e abertamente que a parceria com a Finatec era para não fazer licitação".

Já no Espírito Santo, a 8ª Promotoria de Justiça Cível de Vitória (Curadoria do Patrimônio Público) propôs ação por atos de improbidade administrativa contra o prefeito João Carlos Coser, quatro ex-secretários municipais, além da Finatec, da Intercorp e de seus gestores. Em Vitória, o contrato firmado entre o município e a Finatec, sem licitação, foi de R$ 2,1 milhões, para a prestação dos mesmos serviços.

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Resumo do Sustentável 2010

SUSTENTÁVEL 2010: CIDADES E MUDANÇAS CLIMÁTICAS

Ellyel dos Santos

Foi um evento fantástico!

Passei o dia todo de hoje, 06, no encontro Sustentável 2010: Cidades e as Mudanças Climáticas, promovido pelo Conselho Empresarial para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS). A proposta do evento era discutir projetos e soluções ambientais para a cidade do Rio de Janeiro e apresentar projetos que já foram implantados em outras.

Antes de começar o evento, ainda durante o percurso até o Centro de Convenções RB1, no Rio, eu ouvia a programação da rádio CBN e fiquei surpreso com a notícia: completando-se um mês da tragédia que assolou os diversos municípios do Rio de Janeiro, até agora nenhum centavo foi liberado aos reparos de danos causados pelas chuvas. Segundo o prefeito do Rio, Eduardo Paes, se esses recursos não forem liberados pelo Governo Federal o mais rápido possível, a situação sairá do estado de atenção (sinal amarelo) para o estado crítico (sinal vermelho).

O evento, propriamente dito, começou às 9h 30min com a cerimônia de abertura. À mesa, Carlos Alberto Vieira Muniz, vice-prefeito da cidade do Rio de Janeiro; Suzana Kahn, pesquisadora da COPPE/UFRJ; Cláudio Neves, pesquisador da COPPE/UFRJ; Sérgio Besserman, assessor especial da Prefeitura do Rio de Janeiro; Maria Muylaert, COPPE/UFRJ; Branca Americano, do Ministério do Meio Ambiente; Marina Grossi, presidente executiva do CEBDS; Bjorn Stigson, presidente do World Business Council for Sustainable Development (WBCSD) e, por fim, Sue Wolter, representante da Petrobras.

Na parte da manhã, um detalhado estudo de vulnerabilidade às mudanças climáticas das maiores cidades brasileiras feito pelo Instituto de Pesquisas Espaciais (Inpe), revelou que o Rio de Janeiro, como era de se esperar, é muito vulnerável aos fenômenos das mudanças climáticas. As áreas de risco da cidade incluem: Jacarepaguá, Baixada Fluminense, terrenos de encostas e entorno da Baía de Guanabara. Nesse primeiro momento foram apresentados os projetos que compunham os estudos voltados para projetos e ações que deverão ser adotados pelas cidades que estão em elevado desenvolvimento. Apesar de serem projetos para implantação de custos elevados, porém de resultados positivos e relevantes para desenvolver as cidades, principalmente aquelas que se localizam em regiões costeiras, terá que passar pela burocracia das três esferas governamentais: municipal, estadual e federal, principalmente desta última.

Bjorn Stigson expôs dados de estudos feitos dentro de um cenário atual e futurista. Assinalou o crescimento populacional, a necessidade do investimento para o desenvolvimento sustentável diante do panorama internacional.

Suzana Kahn, em seu estudo Mobilidade e Adaptação, defendeu a interação entre quatro elementos para adequar a sustentabilidade à realidade: mobilidade, consumo de recursos, impacto e adaptação. Para ela, mobilidade dar-se pela tendência de aumento de renda (pessoas e bens), seja por aumento da população ou ainda novas opções, como turismo, cursos, etc. Resultado disso é o consumo de recursos, seja através do espaço, da infraestrutura, combustíveis, gerenciamento de tráfego ou outros. O impacto causado por todo esse cenário é através da poluição sonora, atmosférica, congestionamento, enfim, tudo o que impede o desenvolvimento sustentável de uma cidade. Por fim, a adaptação, esta vinculada diretamente com a tecnologia, ou seja, a capacidade de se desenvolver dentro dos novos cenários.

Cláudio Neves e Sérgio Besserman, pesquisadores da COPPE/UFRJ, em seu estudo Vulnerabilidade das Megacidades Brasileiras às Mudanças Climáticas, sintetizam que é preciso reavaliar as infraestrutura de algumas cidades, principalmente as que se localizam em regiões costeiras, como Recife, Natal, Rio de Janeiro, porque corre o risco de, dentro do prazo de alguns anos, essas cidades serem penetradas pela água do mar, assim como verifica-se, muitas vezes, na cidade do Rio.

Corroborando a esse estudo, precisa-se investir em propostas de engenharia. Ele ressalta que o Rio, sob o título de Cidade Maravilhosa, foi construída sobre um aterro sanitário. De acordo com os recentes estudos, 70% da população é responsável por 80% do PIB – Produto Interno Bruto. Resumindo: ocorre pressão ainda maior sobre uma população que já é deficitária de recursos assistencialistas. Somado a isso, adverte que as cidades estarão mais vulneráveis ao aumento de temperatura do que às conseqüências das mudanças climáticas. Segundo Besserman, há duas populações submetidas a uma taxa de risco por conta das mudanças climáticas: os pobres e os empresários. Ele afirma:

- Empresas irão nascer e morrer aos borbotões porque vivemos uma transição econômica muito severa. Precisamos que todos cobrem políticas de adaptação, tanto no plano municipal como no estadual e federal.

Foram assinalados quatro pontos relevantes dentro do estudo. São eles: custo/benefício, energia, área sustentável e infraestrutura.

Branca Americano destacou que o papel do governo é criar os incentivos, sinalizar os setores que serão prejudicados ou sairão na frente, caso adiram ao desenvolvimento sustentável. Para ela, existe a oportunidade, a hora é agora.

Na parte da tarde, às 13h 17min, o encontro passou a integrar o painel 2, cujo tema: 1ª Jornada de Construção Sustentável – Sustentabilidade; As oportunidades da Copa e das Olimpíadas. São, de fato, os dois eventos mais pomposos que a cidade do Rio sediará. Até lá, há muito que planejar organizar, dirigir e implantar. São, na verdade, dois paradoxos: de um lado, a construção em alta, empregos em ascensão dará uma aquecida violenta na economia do estado. Do outro, o meio ambiente, as degradações, os investimentos deixados de lado. Este sofrerá. Dessa forma, construções em demasia significa menos áreas verdes, mais degradação, poluição causada pela produção do cimento.

Para tanto, Carlos Eduardo de Almeida, representante do CEBDS, apontou algumas alternativas. Entre elas, destaca-se, determinar como exigência edifícios serem ecoeficientes.

Maria Salette Weber, do Ministério das Cidades, defende a questão da sustentabilidade que antes não era preocupação do Ministério, mas passou a ser. Ou seja, todos os investimentos feitos para esses dois eventos estão focados na perenidade.

Contudo, é sempre bom lembrar, e Branca Americano definiu bem, em vários fóruns quando se chega a questão das mudanças climáticas, estas são vistas como oportunidade, mesmo que na “sala ao lado” haja um apresentador dizendo que elas são restrição. São ou não são paradoxos do desenvolvimento?

Tudo considerado, o Brasil precisa se voltar mais para o tratamento de assuntos com vínculo ambientalista. Não pode apenas ficar no papel, precisa investir. Projetos têm, basta eficiência e eficácia de governos que se comprometam com ações de sustentabilidade. É bom para o Brasil, é bom para o planeta!

O evento encerrou-se às 15h 56min.


Rio de Janeiro, 06 de Maio de 2010

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Sustentável 2010

Ainda hoje farei o resumo de todo o evento, aqui, no blog.

Aguardem!

Sustentável 2010

Coincidência ou não, hoje, completa-se um mês da tragédia natural que atingiu o Rio de Janeiro.

Com as chuvas ocorridas no mês passado, o número de mortos chegou a 400 mortos em todo o Estado.

Até agora, nenhum centavo foi autorizado para atender à população atingida.

E, hoje, discutiremos sobre como cidades como o Rio de Janeiro deverão se preparar para as mudanças climáticas.

Começa o Sustentável 2010, cujo o tema é "Cidades e Mudanças Climáticas". Começa daqui a pouco.

Acompanhe através do site!!!!!

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Sustentável 2010: é amanhã!


O Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS) inicia amanhã, quinta-feira, o Ciclo de Encontros Sustentáveis 2010, pelo Rio de Janeiro, com o tema "Cidades e Mudanças Climáticas", antecipando uma discussão fundamental na preparação do Rio para a Copa do Mundo e as Olimpíadas, segundo Marina Grossi, diretora do CEBDS e coordenadora do Encontro.

O evento, que vai debater as mudanças previstas em adaptação e mitigação nas grandes cidades brasileiras até 2016, contará com a presença de Bjorn Stigson, presidente do WBCS (World Business Council for Sustainable Development), e um dos destaques é o lançamento do Estudo "Vulnerabilidade das Mega-cidades Brasileiras às Mudanças Climáticas" de Sérgio Besserman Viana e Daniel Hogan.

Durante o Encontro será lançada também a 1ª Jornada de Construção Sustentável, que vai abordar a "Sustentabilidade: O Legado da Copa". A Jornada tem como objetivo unir as principais entidades ligadas à construção sustentável, tais como CEBDS, por meio da sua Câmara Temática de Construção Sustentável, o ICLEI (sigla em inglês de Governos Locais pela Sustentabilidade) , o CBCS, o Conselho Brasileiro de Construção Sustentável e o PNUMA, o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, para participar da agenda e debates sobre as obras que serão realizadas em infra estrutura urbana, nas cidades que vão receber os mega eventos nos anos de 2014 e 2016.

Será discutida no evento a possibilidade de mobilizar os recursos públicos e privados para um modelo mais sustentável nas grandes cidades, explorando a oportunidade que mega eventos como estes carream em termos de novos recursos e projetos. Para esta discussão foi chamado o setor privado, representantes do governo, ONGs e os tomadores de decisão. A idéia é começar a trabalhar já, explica Marina Grossi.

Eleições 2010

A CBN entrevistará na segunda-feira, dia 10, o pré-candidato à Presidência da República pelo PSDB, José Serra.

Além do próprio âncora Heródoto Barbeiro, participarão da sabatina Lucia Hippolito, Miriam Leitão e Sergio Abranches, comentaristas do Jornal da CBN, que farão perguntas sobre política, economia e meio ambiente.

Ouvintes e internautas são convidados a enviar suas questões pelo e-mail candidato@cbn.com.br .

Nas semanas seguintes, também serão entrevistadas as pré-candidatas pelo PT, Dilma Rousseff, no dia 17, e pelo PV, Marina Silva, no dia 24.

O blog transmitirá "Ao Vivo".

Sustentável 2010

Acontecerá na próxima quinta-feira, 06, o Sustentável 2010. Trate-se do 1º Encontro sobre Cidades e Mudanças Climáticas.

O evento acontecerá no Centro de Convenções RB1, na Av Rio Branco, nº 01, Salão Mauá, aqui, no Rio de Janeiro.

Agenda Preliminar

08h30 Credenciamento e café de boas vindas

09h00 Abertura

• Carlos Alberto Vieira Muniz, Vice-Prefeito, da Cidade do Rio de Janeiro
• Branca B. Americano, Secretária de Mudanças Climáticas e Qualidade Ambiental – Ministério do Meio Ambiente
• Marina Grossi, Presidente Executiva do CEBDS
• Bjorn Stigson, Presidente do WBCSD (World Business Council for Sustainable
• Development)
• Representante da Petrobras

09h30

Painel 1: Adaptação – Mudanças Climáticas
Mediador: Sidney Rezende

• Bjorn Stigson, Presidente do WBCSD (World Business Council for Sustainable Development - Panorama Internacional sobre adaptação e Negócios.
• Suzana Kahn, Pesquisadora da COPPE – Mobilidade e Adaptação.
• Cláudio Neves, Daniel Hogan e Sergio Besserman Vianna, Assessor especial da Prefeitura do Rio de Janeiro – apresentação dos resultados preliminares do estudo “Vulnerabilidade das Megacidades Brasileiras às Mudanças Climáticas”.
• Branca B. Americano, Secretária de Mudanças Climáticas e Qualidade Ambiental – Ministério do Meio Ambiente.
• Maria Silvia Muylaert, COPPE/UFRJ.

Perguntas

12h00 Almoço livre

13h00

Painel 2: 1ª Jornada de Construção Sustentável - Sustentabilidade: As oportunidades da Copa e das Olimpíadas

Grupo 1: Rápida introdução das ações relacionadas à construção sustentável da organização que representa e uma pergunta/ sugestão/ desafio para o Grupo 2 referente às oportunidades de sustentabilidade na preparação para a Copa do Mundo de 2014 (5 minutos cada).

• Carlos Eduardo G. de Almeida, Presidente da Câmara Temática de Construção Sustentável do CEBDS.
• Laura Valente de Macedo, Diretora Regional do ICLEI Brasil (sigla em inglês de Governos Locais pela Sustentabilidade).
• Cristina Montenegro, Representante Nacional – PNUMA - Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente.
• Marcelo Takaoka e Vanderley John, CBCS - Conselho Brasileiro de Construção Sustentável.
• Roberto Kauffmann, Presidente - Sinduscon-Rio. *

Grupo 2: Rápida introdução das ações de sustentabilidade planejadas pela organização que representa e resposta às perguntas/ sugestões/ desafios lançados pelo Grupo 1 (10 minutos cada)

• Sallete Weber, Gerente da Secretaria Nacional de Habitação do Ministério das Cidades.*
• Ricardo Gonçalves Lyser, Representante do Comitê Olímpico e coordenador das Olimpíadas.
• Márcia Valle Real, Superintendente de Clima e Mercado de Carbono da Secretaria de Estado do Ambiente.
• Solange Nogueira, Gerente da Divisão de Eficiência Energética em Edificações da Eletrobrás (PROCEL).
• Adailton Ferreira Trinadade , Gerente Nacional da Caixa.
• Débora Linhares, Diretora Executiva do Instituto Rio Olímpico.

16h00 Encerramento – Marina Grossi, Presidente Executiva do CEBDS

* a confirmar

terça-feira, 4 de maio de 2010

Eleições 2010: Rio de Janeiro

Os palanques eleitorais, aqui, no Rio de Janeiro já estão praticamente consolidados.

Os principais candidatos já estão definidos, apesar de saber que aparecerão outros candidatos, mas estes só apenas para fazer figuração e participar do processo democrático.

O atual governador Sérgio Cabral (PMDB) é candidato à reeleição (detalhe: permanece no cargo!), uma vaga para o Senado fica com o atual presidente da Assembléia Legislativa, o deputado Jorge Picciane (PMDB), a outra vaga fica para o ex-prefeito de Nova Iguaçu, Lindberg Farias (PT), vencedor das prévias contra a secretária Benedita da Silva.

No círculo de "amizade" do ex-governador Garotinho, candidato ao Governo do Estado, não se sabe ainda quem irá disputar ao Senado. Porém, configura o segundo palanque à ex-ministra Dilma Rousseff (PT), pré-candidata à Presidência da República.

Na oposição, a chapa fecha com o ex-deputado Fernando Gabeira (PV), também candidato ao Governo e o ex-deputado Márcio Fortes (PSDB), compondo a chapa de Gabeira como vice. A estratégia é a seguinte: garantir o palanque no primeiro turno para Marina Silva (PV) e José Serra (PSDB) e para somente José Serra (PSDB), em um eventual segundo turno.

Em relação às vagas para o Senado, as opções são: uma é do ex-prefeito César Maia (DEM) e a outra é do ex-deputado federal Marcelo Siqueira (PPS).

Cogita-se ainda, caso o TSE autorize mais de dois candidatos ao Senado por chapa, dois nomes. São eles: na chapa do governador Sérgio Cabral, a entrada seria do atual senador Marcelo Crivella (PRB); enquanto na chapa de Fernando Gabeira, a cadeira seria disputada pela vereadora Aspásia Camargo (PV).

Agora, vamos continuar acompanhando.

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Entrevista Exclusiva: Profº Alessandro Orofino

Em entrevista ao blog, o Profº Orofino*, Coordenador do Curso de Administração de Empresas do Centro Universitário Uniabeu, destaca a importância da liderança como elemento pedagógico na formação dos novos Administradores

FA - Qual o papel do Administrador no mundo atual?

Orofino – Por incrível que possa parecer, as funções universais da administração estão mais necessárias do que nunca em tempo de grandes mudanças. Planejar, Liderar, Controlar e Organizar.

FA - O que significa ser um Administrador socialmente responsável?

Orofino – Estar atento, profundamente atento, as variáveis sociais e climáticas que cada vez mais irão interferir nas nossas vidas. Não podemos deixar de lado o crescimento da maturidade do consumidor brasileiro em relação a produtos e serviços com a ótica da sustentabilidade.

FA - Atualmente, como está a profissão de Administração no Brasil?

Orofino – Estamos crescendo cada vez mais. Isso ocorre pela profunda necessidade das organizações na melhoria de seus quadros e na geração crescente de resultados, encantando cada vez mais o cliente. Ele, encantando, atrai outros; ele, encantando, ajuda a pagar as contas da empresas. Verdade incrível e, poucas vezes, percebida e trabalhada...

FA - Como reconher o bom Administrador (a)?

Orofino - Reconhecemos pela postura ética e pela visão de futuro. Mas entendo o administrador como um mobilizador de pessoas. Se ele consegue mobilizar os demais em prol do futuro e da geração de resultados, o destaque nada mais é, natural.

FA - O que é Liderença?

Orofino – Fazer acontecer.

FA - Qual é o maior líder da atualidade?

Orofino – A humanidade passa por um momento muito crítico no que tange a liderança. Por sua anteporalidade, Jesus Cristo.

FA - Como uma empresa pode ajudar a formar um líder?

Orofino – Desenvolvendo-o com programas específicos de criatividade, inovação e trabalho em time. Pesqusias já apontam, só em 2010, aumento de 15% dos programas de treinamento e desenvolvimento gerencial.

FA - Para se tornar um líder é preciso que a pessoa esteja "disposta" a isso?

Orofino – O líder não nasce do berço. Ele pode ser desenvolvido. Mas, a atitude...a atitude passa pela responsabilidade dele. Não tem jeito.

FA - Diante de um mundo cada vez mais virtual em que os relacionamentos são mais a distância do que pessoalmente, é possível haver liderança?

Orofino – Novamente, falo que ética, boa comunicação, transparência das relações não só continuam a existir, mas serão sempre bem-vindas, num mundo de descontinuidade. O momento pede essas competências do estudante e do profissional de administração!

FA - O que é e qual a finalidade do projeto Empresa Júnior do Centro Universitário Uniabeu?

Orofino – O projeto Empresa Júnior ainda está nos passos iniciais, mas é considerado uma "menina" dos olhos, dentro na nova metodologia adotada pela nova gestão do curso. O projeto está amparado por diversas pesquisas e iniciativas para tornar o aluno mais empreendedor , como o encontro do dia 08, para sensibilizar os alunos dessa nossa vontade de construir uma empresa júnior em nosso Centro Universitário.

FA - Quais as vantagens para os discentes que estarão participando diretamente desse projeto?

Orofino – Desenvolvimento de habilidades de liderança e forte visão de mercado, destaco. Ser um empreendedor, de fato e de direito.

FA - Quais as tarefas conduzidas durante a elaboração e implementação do projeto?

Orofino – Estudar mercados, desenvolver pesquisas, criar planos de marketing e de recursos humanos para pequenas e médias empresas. É o começo...!

FA - O Centro Universitário Uniabeu capacita seus discentes para o mercado de trabalho. Os discentes utilizam essa metodologia técnica em seus empregos ou falta interesse dos mesmos em aliar o conhecimento teórico à prática?

Orofino – Ocorre as duas situações. Vejo vários alunos que conseguem aplicar o que aprendem – com muito sucesso – nas organizações em que trabalham. Mas, como tudo, existe o outro lado. Um certo desinteresse de alguns....mas a boa – ou ótima notícia – é que está diminuindo cada vez mais o número de desinteressados. Isso se chama lucidez.

FA - Quanto Coordenador de Curso de Graduação de Administração, qual o seu "conselho" para os discentes do Centro Universitário Uniabeu?

Orofino – Não esperem o tempo passar para crescer como pessoa e profissional. O mundo não espera acomodados. A velocidade das mudanças é enorme, mas os gestores de sucesso conseguem antecipar tendências e ser uma referência na área.


*Alessandro Orofino de Araújo é administrador de empresas com MBA em Marketing pela ESPM-SP, mestre em administração e desenvolvimento empresarial pela UNESA-RJ, é coordenador do curso de graduação em Administração de Empresas pela UNIABEU e atua como professor de pós-graduação e consultor empresarial. Desenvolveu trabalhos em grandes empresas nos principais estados brasileiros e é sócio-diretor da Futuros Consultoria que atua na Gestão Estratégica de Recursos Humanos e Gestão de Novos Negócios, no Rio de Janeiro e no Rio Grande do Sul. É autor dos livros “Cenários XXI – Novas Empresas, Novos Negócios na Organização do Futuro” pela Editora Qualitymark e “Gestão Universitária e Mudança Organizacional” pela Editora Papel & Virtual.