Quatro meses depois da extinção da CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira), a recriação do tributo do cheque volta à tona no Congresso Nacional. Após diversos parlamentares da situação apresentarem posição parecida, foi a vez do deputado Henrique Fontana (PT-RS) afirmar que pretende fazer a proposta.
A arrecadação seria revertida completamente para Saúde.
Fontana ainda não sabe como ou quando apresentará a matéria. Mas a perspectiva é que isso ocorra em paralelo à discussão da PEC (proposta de emenda à Constituição) 233, que institui a reforma tributária. O tema deve vir com a regulamentação da Emenda 29.
Apesar de ser o líder do Governo na Câmara, o petista garantiu que a idéia não possui qualquer ligação com o Executivo.
Alíquota
Em uma proposta inicial - que é preliminar e, portanto, pode sofrer alterações, conforme frisou a assessoria de imprensa do parlamentar - a alíquota da CPMF seria reduzida praticamente à metade: de 0,38%, proporção de quando estava extinta, para 0,20%.A CPMF tinha a fatia de 0,20% de sua arrecadação destinada à Saúde, enquanto que o 0,18% restante era direcionado a programas sociais.
Portanto, sobraria apenas a fatia correspondente à Saúde.
Arrecadação
A perspectiva do Governo era que neste ano o tributo do cheque rendesse R$ 40 bilhões aos cofres públicos.
Contudo, em dezembro do ano passado, o Senado derrubou a PEC (proposta de emenda à Constituição) que prorrogava a contribuição até 2011.
Vale lembrar que em 3 de janeiro, o Decreto 6.339/08 reajustou o IOF em 0,38 ponto percentual para todas as operações nas quais o tributo incidia, como forma de compensar parte da arrecadação por conta da não-prorrogação da CPMF.
sábado, 26 de abril de 2008
Porque hoje é sábado
AS RAÍZES DA CRISE DE ALIMENTO
( Publicado em O Globo por Carlos Alberto Sardenberg, 24 de Abril de 2008)
O fim do mundo
Os preços de comodities, incluindo alimentos, começaram a subir a partir de 2003 e aceleraram a alta de 2005 para cá. Esse movimento coincidiu com o formidável crescimento da economia mundial, com forte participação dos países emergentes, a China em primeiro lugar. Portanto, não há dúvidas aqui: no essencial, os preços responderam à demanda crescente. A produção, mesmo com acidentes aqui e ali, como as quebras de safra na Austrália, também seguiu aumentando, com alguns países ocupando cada vez mais espaço no comércio mundial, entre os quais o Brasil.
Mas, como no caso do petróleo, o crescimento da produção não alcançou a alta do consumo. Com o mercado muito justo, isso deu margem à especulação de fundos de investimento, o que acrescentou alguns, às vezes, muitos dólares no preço das comodities, isso do segundo semestre do ano passado para cá. Com a crise financeira global, comprar trigo, soja ou petróleo tornou-se um negócio mais seguro do que, digamos, ações de bancos norte-americanos.
Mas na base de tudo, há um forte crescimento da economia global. E nisso, a atual alta no preço de alimentos se parece com o que houve em 1973/74. O início dos anos 70 também foi um momento auspicioso da economia capitalista, então bem menor do que hoje, já que quase metade do mundo ainda era socialista.
Mesmo assim, os preços de alimentos decolaram. Na verdade, descontada a inflação, os alimentos custavam em, 1974, o dobro do que custam hoje. E como hoje, também naquela ocasião apareceram as profecias do fim do mundo. Simplesmente, ia faltar comida no mundo todo, pelos dois motivos: escassez física, com a produção insuficiente para atender uma população cada vez maior e com maior poder de consumo e preços proibitivos para grande parte das pessoas.
Em resumo, os mais pobres morreriam por falta de dinheiro as classes médias, por falta dos produtos.
Aconteceu bem diferente. Já a partir de 1975 os preços começaram a cair, inicialmente por um mau motivo. O período de crescimento foi abortado pela súbita alta do petróleo, inflação, alta de juros, recessão. O desastre derrubou a demanda.
Mas quando o mundo começou a se equilibrar, já nos anos 80, com preços ainda atraentes, a produção de alimentos cresceu extraordinariamente, graças especialmente aos formidáveis ganhos de tecnologia. A ciência chegou às fazendas pela genética, pelos fertilizantes, inseticidas e herbicidas. Assim, mesmo com o aumento do consumo, os preços de alimentos caíram sem parar, até o início dos anos 2000, quando, em termos reais, equivaliam a um terço das cotações de 1974.
Esses preços baixos, bons para os consumidores, claro, incomodaram os produtores por muito tempo, sobretudo dos países agrícolas mais pobres. Explica-se: EUA, União Européia e Japão subsidiaram seus fazendeiros com bilhões de dólares, provocando excessos de produção e preços baixos, tornando não competitiva a produção de muitas nações pobres e mesmo em desenvolvimento.
Já nestes anos 2000, a alta de alimentos e das comodities fez a festa de muitos países emergentes, inclusive do Brasil. Ocorre que as populações desses emergentes, com mais riqueza, aumentaram seu consumo e os preços subiram mais ainda. Em cima disso, vieram a especulação e a decisão dos EUAS de subsidiar o etanol de milho. A produção de milho subiu fortemente, deu para álcool e alimentos, mas levou a uma redução na produção de trigo e terminou empurrando para cima todos os preços.
E agora?
Agora, voltaram as profecias de fim do mundo. Como em outros momentos, entretanto, é mais provável que a humanidade, embora fazendo muita besteira, consiga dar um jeito quando a coisa aperta. Nas circunstâncias normais do mercado, o preço alto atrai mais produtores e, ao final, o mercado se equilibra.
Aumentar a produção de alimentos, em tese, não é muito complicado, nem muito caro. (É mais barato, por exemplo, do que produzir mais petróleo).
Mesmo com a limitação de terras boas, a tecnologia (sobretudo dos transgênicos) tem condições de elevar a produtividade dos recursos atuais.
Vai daí que a atual crise de alimentos exige dois tipos de medidas: na primeira, imediata, de fornecer comida aos países mais pobres a segunda, garantir o aumento da produção, com mais tecnologia e mais mercado aberto.
O Brasil, beneficiário dos preços altos, tem enorme responsabilidade.
( Publicado em O Globo por Carlos Alberto Sardenberg, 24 de Abril de 2008)
O fim do mundo
Os preços de comodities, incluindo alimentos, começaram a subir a partir de 2003 e aceleraram a alta de 2005 para cá. Esse movimento coincidiu com o formidável crescimento da economia mundial, com forte participação dos países emergentes, a China em primeiro lugar. Portanto, não há dúvidas aqui: no essencial, os preços responderam à demanda crescente. A produção, mesmo com acidentes aqui e ali, como as quebras de safra na Austrália, também seguiu aumentando, com alguns países ocupando cada vez mais espaço no comércio mundial, entre os quais o Brasil.
Mas, como no caso do petróleo, o crescimento da produção não alcançou a alta do consumo. Com o mercado muito justo, isso deu margem à especulação de fundos de investimento, o que acrescentou alguns, às vezes, muitos dólares no preço das comodities, isso do segundo semestre do ano passado para cá. Com a crise financeira global, comprar trigo, soja ou petróleo tornou-se um negócio mais seguro do que, digamos, ações de bancos norte-americanos.
Mas na base de tudo, há um forte crescimento da economia global. E nisso, a atual alta no preço de alimentos se parece com o que houve em 1973/74. O início dos anos 70 também foi um momento auspicioso da economia capitalista, então bem menor do que hoje, já que quase metade do mundo ainda era socialista.
Mesmo assim, os preços de alimentos decolaram. Na verdade, descontada a inflação, os alimentos custavam em, 1974, o dobro do que custam hoje. E como hoje, também naquela ocasião apareceram as profecias do fim do mundo. Simplesmente, ia faltar comida no mundo todo, pelos dois motivos: escassez física, com a produção insuficiente para atender uma população cada vez maior e com maior poder de consumo e preços proibitivos para grande parte das pessoas.
Em resumo, os mais pobres morreriam por falta de dinheiro as classes médias, por falta dos produtos.
Aconteceu bem diferente. Já a partir de 1975 os preços começaram a cair, inicialmente por um mau motivo. O período de crescimento foi abortado pela súbita alta do petróleo, inflação, alta de juros, recessão. O desastre derrubou a demanda.
Mas quando o mundo começou a se equilibrar, já nos anos 80, com preços ainda atraentes, a produção de alimentos cresceu extraordinariamente, graças especialmente aos formidáveis ganhos de tecnologia. A ciência chegou às fazendas pela genética, pelos fertilizantes, inseticidas e herbicidas. Assim, mesmo com o aumento do consumo, os preços de alimentos caíram sem parar, até o início dos anos 2000, quando, em termos reais, equivaliam a um terço das cotações de 1974.
Esses preços baixos, bons para os consumidores, claro, incomodaram os produtores por muito tempo, sobretudo dos países agrícolas mais pobres. Explica-se: EUA, União Européia e Japão subsidiaram seus fazendeiros com bilhões de dólares, provocando excessos de produção e preços baixos, tornando não competitiva a produção de muitas nações pobres e mesmo em desenvolvimento.
Já nestes anos 2000, a alta de alimentos e das comodities fez a festa de muitos países emergentes, inclusive do Brasil. Ocorre que as populações desses emergentes, com mais riqueza, aumentaram seu consumo e os preços subiram mais ainda. Em cima disso, vieram a especulação e a decisão dos EUAS de subsidiar o etanol de milho. A produção de milho subiu fortemente, deu para álcool e alimentos, mas levou a uma redução na produção de trigo e terminou empurrando para cima todos os preços.
E agora?
Agora, voltaram as profecias de fim do mundo. Como em outros momentos, entretanto, é mais provável que a humanidade, embora fazendo muita besteira, consiga dar um jeito quando a coisa aperta. Nas circunstâncias normais do mercado, o preço alto atrai mais produtores e, ao final, o mercado se equilibra.
Aumentar a produção de alimentos, em tese, não é muito complicado, nem muito caro. (É mais barato, por exemplo, do que produzir mais petróleo).
Mesmo com a limitação de terras boas, a tecnologia (sobretudo dos transgênicos) tem condições de elevar a produtividade dos recursos atuais.
Vai daí que a atual crise de alimentos exige dois tipos de medidas: na primeira, imediata, de fornecer comida aos países mais pobres a segunda, garantir o aumento da produção, com mais tecnologia e mais mercado aberto.
O Brasil, beneficiário dos preços altos, tem enorme responsabilidade.
Análise da Semana
A semana foi cheia e teve de tudo um pouco. Já no domingo houve a eleição do novo presidente do Paraguai, Fernando Lugo, e na segunda-feira começou a discussão em torno de uma mudança no Tratado de Itaipu.
No governo foi uma confusão. Lula disse que não mudaria nada, o ministro Celso Amorim alegou que era preciso fazer concessões, e o ministro Edison Lobão afirmou que o preço da energia já estava justo. No final das contas, deu para entender que o tratado não muda, mas que o governo está disposto a fazer outras concessões.
Outro assunto quente foi a ata do Copom, que saiu ontem, e que era aguardada com ansiedade pelos economistas. O BC está muito preocupado com a alta da inflação, pressionada em grande parte pela crise dos alimentos pelo mundo. Novas altas de juros são esperadas nas próximas reuniões.
A crise dos alimentos virou pauta em todo o mundo e foi discutida em diversas reuniões de líderes.
Uma das soluções para a crise pode passar pelo Brasil. Temos muitas terras abandonadas e não precisamos desmatar para produzir alimentos.
Sobre os alimentos, é importante frisar que, com excessão do trigo, nós estamos bem abastecidos. Não há risco de faltar produtos, o que pode acontecer é uma alta nos preços. Mas o nosso problema é muito menor do que outros países do mundo estão passando.
Ontem também houve a compra da Esso pela Cosan, que surpreendeu todo mundo porque a Petrobras tinha interesse no negócio, e a operação da PF que descobriu dinheiro de empréstimos do BNDES sendo desviados para financiar uma rede de prostituição. Uma coisa espantosa.
No governo foi uma confusão. Lula disse que não mudaria nada, o ministro Celso Amorim alegou que era preciso fazer concessões, e o ministro Edison Lobão afirmou que o preço da energia já estava justo. No final das contas, deu para entender que o tratado não muda, mas que o governo está disposto a fazer outras concessões.
Outro assunto quente foi a ata do Copom, que saiu ontem, e que era aguardada com ansiedade pelos economistas. O BC está muito preocupado com a alta da inflação, pressionada em grande parte pela crise dos alimentos pelo mundo. Novas altas de juros são esperadas nas próximas reuniões.
A crise dos alimentos virou pauta em todo o mundo e foi discutida em diversas reuniões de líderes.
Uma das soluções para a crise pode passar pelo Brasil. Temos muitas terras abandonadas e não precisamos desmatar para produzir alimentos.
Sobre os alimentos, é importante frisar que, com excessão do trigo, nós estamos bem abastecidos. Não há risco de faltar produtos, o que pode acontecer é uma alta nos preços. Mas o nosso problema é muito menor do que outros países do mundo estão passando.
Ontem também houve a compra da Esso pela Cosan, que surpreendeu todo mundo porque a Petrobras tinha interesse no negócio, e a operação da PF que descobriu dinheiro de empréstimos do BNDES sendo desviados para financiar uma rede de prostituição. Uma coisa espantosa.
sexta-feira, 25 de abril de 2008
Aula de Economia - UNESA
Estruturas de Mercado
As estruturas de mercado são modelos que captam aspectos inerentes de como os mercados são organizados. Cada estrutura de mercado destaca alguns aspectos essenciais da interação da oferta e da demanda, e se baseia em algumas hipóteses e no realce de características observadas em mercados existentes, tais como; o tamanho das empresas, a diferenciação dos produtos, a transparência do mercado, os objetivos dos empresários, o acesso de novas empresas, entre outras.
As estruturas básicas são divididas em três:
@ estruturas clássicas básicas;
@ estruturas clássicas;
@ modelos marginalistas de oligopólio
A primeira, contêm duas estruturas:
@ monopólio – um único vendedor que fixa o preço de seu produto.
@ concorrência perfeita – muitos vendedores e muitos compradores num mercado em que nenhum deles tem uma influência significativa no preço.
A segunda estrutura, compete ao oligopólio, concorrência monopolista, monopsônio,e monopólio bilateral.
Por fim, a terceira trata dos modelos marginalistas de oligopólio, onde destacam-se o modelo de Cournot, Sweezy, o cartel perfeito, e os modelos de liderança-preço.
Em suma, cada estrutura acima mencionada ressalta algumas características do funcionamento dos mercados, facilitando a compreensão do funcionamento de diversos mercados como o mercado de hortifrutigranjeiros capixaba, o mercado de cobre chileno ou o mercado monetário brasileiro, entre outros.
As estruturas de mercado são modelos que captam aspectos inerentes de como os mercados são organizados. Cada estrutura de mercado destaca alguns aspectos essenciais da interação da oferta e da demanda, e se baseia em algumas hipóteses e no realce de características observadas em mercados existentes, tais como; o tamanho das empresas, a diferenciação dos produtos, a transparência do mercado, os objetivos dos empresários, o acesso de novas empresas, entre outras.
As estruturas básicas são divididas em três:
@ estruturas clássicas básicas;
@ estruturas clássicas;
@ modelos marginalistas de oligopólio
A primeira, contêm duas estruturas:
@ monopólio – um único vendedor que fixa o preço de seu produto.
@ concorrência perfeita – muitos vendedores e muitos compradores num mercado em que nenhum deles tem uma influência significativa no preço.
A segunda estrutura, compete ao oligopólio, concorrência monopolista, monopsônio,e monopólio bilateral.
Por fim, a terceira trata dos modelos marginalistas de oligopólio, onde destacam-se o modelo de Cournot, Sweezy, o cartel perfeito, e os modelos de liderança-preço.
Em suma, cada estrutura acima mencionada ressalta algumas características do funcionamento dos mercados, facilitando a compreensão do funcionamento de diversos mercados como o mercado de hortifrutigranjeiros capixaba, o mercado de cobre chileno ou o mercado monetário brasileiro, entre outros.
A crise dos alimentos
Você já percebeu: comer está mais caro.
Os preços subiram, e o mundo sofre com a escassez de alimentos. De quem é a culpa? Quais são os efeitos? E os riscos? Entenda todo esse mal que afeta o bolso de nós, consumidores.
A crise impõe também mudanças de hábitos, como trocar um alimento por outro, por exemplo. Os preços sobem aqui por causa de vários fatores: o mundo está consumindo mais; a produção não acompanhou o ritmo; e até o petróleo em alta está atrapalhando o brasileiro na hora de fazer as compras do mês.
O consumidor sente a cada semana os preços subindo. São centavos que aos poucos se transformam em reais até na padaria.
As causas para tantos aumentos começam na mesa. Com uma renda melhor, ela está mais farta. Trata-se de um comportamento que acontece não só no Brasil como em outros países emergentes, como a China.
São altas que passam pelo mundo dos investimentos, com a valorização das matérias-primas negociadas em Bolsa, entre elas a soja, que é a base da ração de animais.
Esbarram na produção de etanol nos EUA, que usa o milho e na crise de produção de trigo na Argentina. Analistas de mercado dizem que outro fator que influencia o preço dos alimentos é a alta do petróleo. Ficou mais caro usar máquinas e equipamentos nas lavouras, além do transporte, que também eleva o custo da produção. O grande vilão para os produtores são os fertilizantes.
Onde isso vai parar? De novo, na mesa dos consumidores, que ultimamente sentem mais o peso do arroz na dieta do dia-a-dia.
Para encher o carrinho, o exercício fica mais demorado. É preciso procurar pelas prateleiras as soluções possíveis.
É preciso, portanto, o consumidor ser mais racional na hora de comprar e, analisar a forma mais econômica, mesmo tendo que substituir os alimentos mais importantes para um grande almoço de domingo com a família reunida.
É hora de apertar os cintos, pois a crise é de alimentos.
Os preços subiram, e o mundo sofre com a escassez de alimentos. De quem é a culpa? Quais são os efeitos? E os riscos? Entenda todo esse mal que afeta o bolso de nós, consumidores.
A crise impõe também mudanças de hábitos, como trocar um alimento por outro, por exemplo. Os preços sobem aqui por causa de vários fatores: o mundo está consumindo mais; a produção não acompanhou o ritmo; e até o petróleo em alta está atrapalhando o brasileiro na hora de fazer as compras do mês.
O consumidor sente a cada semana os preços subindo. São centavos que aos poucos se transformam em reais até na padaria.
As causas para tantos aumentos começam na mesa. Com uma renda melhor, ela está mais farta. Trata-se de um comportamento que acontece não só no Brasil como em outros países emergentes, como a China.
São altas que passam pelo mundo dos investimentos, com a valorização das matérias-primas negociadas em Bolsa, entre elas a soja, que é a base da ração de animais.
Esbarram na produção de etanol nos EUA, que usa o milho e na crise de produção de trigo na Argentina. Analistas de mercado dizem que outro fator que influencia o preço dos alimentos é a alta do petróleo. Ficou mais caro usar máquinas e equipamentos nas lavouras, além do transporte, que também eleva o custo da produção. O grande vilão para os produtores são os fertilizantes.
Onde isso vai parar? De novo, na mesa dos consumidores, que ultimamente sentem mais o peso do arroz na dieta do dia-a-dia.
Para encher o carrinho, o exercício fica mais demorado. É preciso procurar pelas prateleiras as soluções possíveis.
É preciso, portanto, o consumidor ser mais racional na hora de comprar e, analisar a forma mais econômica, mesmo tendo que substituir os alimentos mais importantes para um grande almoço de domingo com a família reunida.
É hora de apertar os cintos, pois a crise é de alimentos.
"Pela Ordem" e "Questão de ordem"
"Questão de ordem" é solicitada quando um parlamentar tem dúvidas quanto à aplicação do Regimento Interno, então ele pede a Questão de Ordem para que sua dúvida seja esclarecida.
É diferente do "Pela Ordem", que é para registrar uma reclamação.
É diferente do "Pela Ordem", que é para registrar uma reclamação.
quinta-feira, 24 de abril de 2008
O que todo candidato precisa saber
Enviado por Duda Mendonça
Marketing político não é mágica, não é jogada de efeito, nem factóide. Nenhum bom profissional pode garantir a vitória de um candidato.
Para não se dar mal, todo candidato tem que saber que seu marketing tem que ser lastreado na verdade, em argumentos e propostas verdadeiras, e que a mentira não se sustenta, em um país com uma democracia sólida como a nossa e, sobretudo, com uma imprensa investigativa como a que temos no Brasil.
Todo candidato tem que saber, também, que não é o marketing que irá definir tudo em sua candidatura, mas ele próprio. Ao longo da minha vida, alguns candidatos, logo na primeira reunião, me perguntavam: “Qual vai ser meu marketing? O que é que eu vou ter que dizer pra ganhar as eleições?” Se eu soubesse eu não era marketeiro, era um mágico.
E sugiro logo um exercício: Primeiro você me convence dos motivos que o eleitor deve ter para votar em você. Se você conseguir me convencer, quem sabe eu consiga também convencer os outros.
O Marketing vem depois e não antes. Ele é uma consequência do seu jeito, da sua história, dos seus projetos e não a causa. E por isso, insisto em repetir, não se iluda senhor candidato.
O máximo que um marketeiro pode lhe prometer é aumentar as suas chances de vitória e fazer com que você saia da campanha melhor do que entrou. E para isso você tem que fazer a sua parte.
(Texto extraído do Blog do publicitário e marqueteiro Duda Mendonça, que foi ao ar, hoje, pela primeira vez. Acesse aqui o Blog do Duda)
8,6%
Por dentro do Caso Isabella
Com certeza, mexeram no local do crime.
A polícia de São Paulo está convencida de que foi limpo o local do crime.
Ou seja: o quarto de onde Isabella, de cinco anos, filha de Alexandre Nardoni e enteada de Anna Carolina Jatobá, foi esganada e lançada do sexto andar do prédio London, em São Paulo.
É por isso que ela chamou para depor Antonio Nardoni, pai de Alexandre e avô de Isabella, e sua filha Cristiane.Os dois estão neste momento no nono distrito de polícia.
A própria Cristiane já contou que a pedido do pai esteve no quarto de Isabella depois do crime. Foi até lá, segundo ela, apagar a luz da cabeceira da casa de Isabella e pegar alguns pertences de Alexandre e de Anna.
Quanto a Antônio, a polícia tem informações de que no dia seguinte ele esteve no apartamento durante uma hora. A polícia ainda não havia interditado o apartamento.
O promotor Francisco Cembranelli, que acompanha o caso, admitiu esta tarde em entrevista à Rede Record de Televisão que um dos filhos de Alexandre com Ana, também de cinco anos de idade, poderá ser ouvido por uma psicóloga.
A polícia desconfia que partiu dele o grito de "Pára, pai, pára, pai", ouvido por algums testemunhas pouco antes de Isabella ser lançada da janela.
quarta-feira, 23 de abril de 2008
Fome, "tsunami silenciosa"
O mundo está com fome. A ONU lançou o alerta: a crise de alimentos - cada vez mais caros e escassos - vai deixar, em pouco meses, milhões de pessoas na miséria. O problema foi chamado de "tsunami silenciosa."
Pela primeira vez, o tema vai estar na pauta do encontro do G8, reunião dos sete países mais ricos do mundo e da Rússia, marcada para julho. A União Européia e a Inglaterra já anunciaram uma ajuda milionária para os países mais pobres da África e da Ásia.
É uma crise globalizada, a pior crise de alimentos em 30 anos. Assusta o FMI, Banco Mundial, FAO, ONU. Provocou explosões de violência nas ruas de Haiti, Costa do Marfim, Camarões, Egito e Indonésia. Só este ano os preços do arroz subiram 140% no mundo. Num dia o preço do trigo subiu 25%.
É um nó de três pontas.
Primeiro: a mudança climática provocou secas e enchentes pelo mundo afora. Isto reduziu produção e estoques de alimentos.
Segundo: por causa da mudança climática, o mundo pensou no biocombustível. O Brasil tem a cana-de-açúcar, que compete pouco com alimento, mas os Estados Unidos usam o milho para fazer óleo. Isso subiu o preço do milho, do trigo e de todos os produtos que competem.
Terceiro: o mundo cresceu, a renda subiu, mais pessoas passaram a comer melhor na China, Índia, África, América Latina.
O Brasil pode ser parte da solução. Tem muita terra sendo desprezada. Não precisa desmatar.
Basta usar terra já desmatada. É preciso também acabar com barreiras e subsídios no comércio de alimentos para o mundo rico. Isto pode incentivar a produção em países mais pobres. Há muito a fazer, mas tem que ser feito já.
Pela primeira vez, o tema vai estar na pauta do encontro do G8, reunião dos sete países mais ricos do mundo e da Rússia, marcada para julho. A União Européia e a Inglaterra já anunciaram uma ajuda milionária para os países mais pobres da África e da Ásia.
É uma crise globalizada, a pior crise de alimentos em 30 anos. Assusta o FMI, Banco Mundial, FAO, ONU. Provocou explosões de violência nas ruas de Haiti, Costa do Marfim, Camarões, Egito e Indonésia. Só este ano os preços do arroz subiram 140% no mundo. Num dia o preço do trigo subiu 25%.
É um nó de três pontas.
Primeiro: a mudança climática provocou secas e enchentes pelo mundo afora. Isto reduziu produção e estoques de alimentos.
Segundo: por causa da mudança climática, o mundo pensou no biocombustível. O Brasil tem a cana-de-açúcar, que compete pouco com alimento, mas os Estados Unidos usam o milho para fazer óleo. Isso subiu o preço do milho, do trigo e de todos os produtos que competem.
Terceiro: o mundo cresceu, a renda subiu, mais pessoas passaram a comer melhor na China, Índia, África, América Latina.
O Brasil pode ser parte da solução. Tem muita terra sendo desprezada. Não precisa desmatar.
Basta usar terra já desmatada. É preciso também acabar com barreiras e subsídios no comércio de alimentos para o mundo rico. Isto pode incentivar a produção em países mais pobres. Há muito a fazer, mas tem que ser feito já.
Risco - país é o melhor dos últimos meses
O desempenho de risco do Brasil tem sido melhor que o de outros países emergentes nos últimos doze meses. O indicador EMBI (Emerging Market Bond Index), criado pelo banco americano JP Morgan para medir a aversão ao risco entre os investidores, mostra que a diferença de valorização entre o EMBI Brasil e o EMBI+ (que calcula a média entre os emergentes) é de 35 pontos a favor do índice brasileiro.
De acordo com a RC Consultoria, o Brasil sempre teve uma média superior a de outros países emergentes, e isso se inverteu a partir de abril de 2007. Com isso, o Brasil se distancia cada vez mais da lanterna do risco, posto que ocupou por muitos anos na década de 90.
Em 2001, a Argentina ocupou o lugar após decretar a moratória, e o Brasil se manteve na penúltima posição até 2006. Depois disso, veio numa escalda, superando Venezuela, Turquia e Filipinas.
Agora, o país se aproxima da Colômbia e também do Peru, que foi o último país a conseguir obter o grau de investimento. Os dois primeiros foram Chile e México.
Vejam nos gráficos acima, elaborados pela RC, como o Brasil está melhorando na escalada do risco.
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