Os bancários querem reajuste de 10,25%, o que corresponde, segundo os sindicatos, às perdas da inflação acumulada nos últimos 12 meses, mais aumento real de 5%. No entanto, todas as três rodadas de negociação, incluindo a desta terça-feira, foram frustradas. Os maiores bancos – Itaú, Bradesco, Banco do Brasil, Santander, Caixa Econômica Federal e HSBC – também não apresentaram nenhuma oferta que contemple outra reivindicação da categoria: aumentar o piso salarial de R$ 1.400 para R$ 2.516,38 – equivalente ao salário mínimo “ideal” do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).
Segundo o sindicato dos bancários de Brasília, a manutenção da proposta da Fenaban não leva em conta a média de aumentos reais dos acordos coletivos firmados no primeiro semestre, em torno de 2,3%, de acordo com os dados do Dieese. “Mesmo com lucros astronômicos, que bateram a casa dos R$ 25 bilhões no primeiro semestre, eles continuam apresentando uma proposta pela qual os funcionários vão ter menos de 1% de aumento real. É insuficiente”, disse o diretor do sindicato dos bancários de Brasília, Eduardo Araújo.
O Comando Nacional dos Bancários vai tentar reabrir as negociações com a Fenaban antes mesmo da assembleia, “desde que eles apresentem outra proposta”, disse Araújo. Os sindicatos ainda vão encaminhar cartas aos maiores bancos do país para tentar negociar reivindicações específicas de cada banco. Os funcionários do Banco do Brasil, por exemplo, pedem que seja respeitada a jornada de trabalho de seis horas. Segundo Araújo, mais de 30 mil funcionários do banco público trabalham oito horas por dia. Já os servidores da Caixa querem ampliar a participação nos lucros com um adicional de 2% à regra geral de PRL.
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