sexta-feira, 14 de maio de 2010
Programa confuso
Vamos aos pontos:
1º Lula e Dilma falam olhando sei lá para quem. As respostas dão ideia de um "corta" e "cola" claro.
2º Imagens de outros programas confirmam o "corta" e "cola".
3º Comparam o governo petista com o governo tucano. Até aí, tudo bem. Mas não entendi porque colocaram o governo de José Serra no meio da conversa. Haja vista que Serra não era vice de FHC, tampouco ela, Dilma, era vice de Lula ou governadora do Rio Grande do Sul.
4º A comparação esdrúxula com Nelso Mandela.
Em suma, o programa pareceu mais uma colcha de retalhos que não se soube formar um entendimento da principal estrela do programa: Dilma Rousseff. O interessante seria fazer apenas um programa da história de Dilma e só. Não adianta querer fazer com ela um protótipo de Lula.
São pessoas completamente diferentes, com temperamentos diferentes.
Para quem não viu, veja-o no post abaixo.
quinta-feira, 13 de maio de 2010
Eleições 2010: Entrevistas
Ouvintes e internautas são convidados a enviar suas questões pelo e-mail candidato@cbn.com.br.
Na semana seguinte, dia 24, será a vez da pré-candidata pelo PV, Marina Silva. O pré-candidato pelo PSDB, José Serra, foi o primeiro a ser entrevistado.
domingo, 9 de maio de 2010
Empresa Júnior Uniabeu: Aprendendo a partir de experiências de sucesso
Encontro realizado no Centro Universitário Uniabeu, no último sábado, 08, contou com a participação de colaboradores e Administradores para definição e exposição da proposta a ser desenvolvida na instituição a partir das experiências de projetos que deram e estão dando certo.
Antes de qualquer informação sobre o tema, vale a pena entender, historicamente, a inserção das Empresas Juniores na Administração. A primeira Empresa Júnior foi criada na França no ano de 1967, precisamente na Escola Superior das Ciências Econômicas e Comércio de Paris.
Por volta de 1968, um total de 100 empresas já estava dentro do mercado acadêmico francês. À época, gerou uma receita de US$ 20 milhões e mobilizava mais de 20 mil estudantes.
No Brasil, a experiência com Empresas Juniores foi introduzida pela Câmara de Comércio França/Brasil em 1987, depois anunciar em um jornal. Com isso, instituições como a Fundação Getúlio Vargas (FGV), a FAAP e a USP ingressaram nesse ramo acadêmico que, atualmente, está em elevado crescimento. Hoje, já somam 400 Empresas Juniores somente no Estado de São Paulo.
Segundo o estatuto de Empresas Juniores, este segmento trata-se de uma associação civil, sem fins lucrativos, constituída e gerida, exclusivamente por alunos de graduação da instituição em que se insere, tendo como principal objetivo proporcionar aos estudantes a oportunidade de aplicar e aprimorar os conhecimentos técnicos adquiridos durante o curso. As principais atividades desenvolvidas por esses modelos “laboratoriais” de empresas são através de consultas e os projetos orientados pelos docentes. Ainda de acordo com o estatuto, o público-alvo são os alunos, micro, pequenas e médias empresas além de, é claro, a própria instituição de ensino.
Às 9h 06min começou o ciclo de palestras apresentando todos os processos para o desenvolvimento das Empresas Juniores (EJ’s).
Diego Lopes, representante da Rio Junior defende que o segmento fomenta o espírito empreendedor que os jovens possuem. 90% das empresas estão vinculadas diretamente à consultoria.
Nesse momento são apresentados dados relativos à distribuição das empresas juniores pelo Brasil. Segundo os dados, 28% das empresas juniores se concentram no estado de São Paulo, enquanto apenas 9,3% são agrupadas no estado do Rio de Janeiro, sinalizando, de fato, que a comunidade acadêmica tem que investir mais nesse segmento. Um detalhe: não chega a 1% em alguns estados do Nordeste.
Em sua primeira apresentação, ele detalha como a Rio Júnior desenvolve suas atividades. Além de as empresas que são federadas (todas de consultoria), como por exemplo: Ayra, Ibmec Jr. Consultoria, Insight. Como parceria, ele ressalta: ABRH, Firjan, CRA-RJ.
Projetos desenvolvidos: Promover o MEJ (Movimento de Empresa Júnior) para o mercado, apresentação do MEJ, portfólio das EJ’s. Finalizando com os depoimentos de alguns empresários que adotaram como prática para o sucesso a partir da EJ. Ainda como projeto, destaca-se o Premio Rio Júnior e o Plano de Desenvolvimento.
A segunda palestra foi presidida pelo Rafael Monteiro, representante do CRA-RJ, divulgando através de um vídeo de duração de 11min, quais atividades são desempenhadas em todas as instituições que disponibilizam os serviços do CRA, principalmente, aqui, no Rio.
Do ponto de vista do Conselho Nacional do CRA, através de uma pesquisa desenvolvida, levantou alguns dados relevantes. Por exemplo, em relação aos Administradores: 41,69% não dominam outro idioma e 58,31% dominam pelo menos um idioma; Houve aumento de mulheres inseridas no mercado, um total de 40%, segundo dados observados até 2009; Empregabilidade: 9% é constituído por empresários, 68% de empregados (colaboradores); Habilidades: 74,04% visão do todo, 71,50% relacionamento interpessoal, 61,79% adaptação à transformação; Competências: 71,19% identificar problemas, formular e implantar soluções; Atitudes: 75,21% comportamento ético.
O segundo momento do ciclo de palestras recomeçou às 12h 01min, com as saudações do profº Alessandro Orofino.
Na segunda sessão de palestras o primeiro foi Marcos André Carvalho, empresário da Estratege Educação, e ex-membro de Empresa Júnior. Com o público através de um bate-papo interativo, enfatizou a importância de ser um bom administrador, qualificando o perfil e as integrações com o projeto Empresa Júnior Uniabeu. Revelou as diversas “pedras” que qualquer administrador, em sua vida, acadêmica e profissional enfrentará. Tratou o tema com dinamismo e coerência.
- O administrador deverá buscar o conhecimento técnico e geral, descobrir o interesse e ser bom naquilo que faz, para evoluir e ser o diferencial, disse ele.
Reiterando sua afirmação, ele acrescenta: - Quando você descobre aquilo que você tem que fazer, essa será a melhor coisa do mundo para você.
Segundo ele, a competitividade aumentou com a globalização, exemplo claro é a Empresa Embelleze. É preciso buscar o melhor conhecimento para integrar em diversos meios.
Ele acrescentou: - Em qualquer lugar que você vai, os problemas não estão gritando, eles devem ser buscados para atender novos desafios. É preciso se qualificar, ou seja, a integração entre a teoria e prática nas atividades empresariais. Essa é a hora certa, esse é o momento certo.
Ainda no ciclo de palestras e compondo a última parte do evento, Letícia Martins e Eduarda Caetano, respectivamente, Coordenadora de Mercado e Diretora de Marketing da ESPMJr (Escola Superior de Propaganda e Marketing) , através de uma exposição em vídeo de todo o programa adotado pela empresa que atua, mostrou seus valores, suas realizações, atuações e projetos desempenhados com excelência pelos membros das ESPMJr.
Segundo Letícia Martins, a ESPMJr é uma consultoria de Marketing formada e gerida por discentes. Atuam nos segmentos de Marketing, Comunicação e Gestão de Negócios, realizando projetos orientados por professores e profissionais consagrados em diversas áreas.
De acordo com as políticas internas desenvolvidas pela empresa, priorizar os clientes de pequenas e médias empresas para realizar as consultorias é primordial. Além de serviços prestados no ramos de consultoria, a empresa também realiza capacitações para atender as demandas das atividades desenvolvidas pelas empresas atendidas.
Relacionamento entre os integrantes das empresas juniores, coletividade, sem competitividade, em busca do aprendizado é de suma importância, reforça Eduarda Caetano.
- O graduando não entra na Empresa Júnior para ficar rico, mas para ficar caro, disse Letícia.
O evento foi uma experiência de existência de projetos que estão dando certo e que atinge, principalmente, os discentes que buscam aliar teoria à prática. Foi proveitoso, conquistou a atenção de muitos graduandos presentes, principalmente aqueles que estão começando agora.
Após as considerações finais dos professores Alberto Alvarães, Alexandra Rocha, Alessandro Orofino e Fernando Monteiro, o evento encerrou-se, porém a proposta ficou no ar. Afinal, é preciso o comprometimento dos discentes interessados.
A meu ver, será de grande valia a inserção do projeto Empresa Júnior no Centro Universitário Uniabeu. Agora, terá o processo seletivo e, espera-se que, brevemente, o próximo evento seja para colher os frutos desta experiência que tem tudo para dar certo.
Até o próximo!
Belford Roxo, 09 de Maio de 2010
Empresa Júnior é opção para pequenos empresários
A empresa júnior, consultoria formada por universitários, é uma opção para pequenas empresas que querem se organizar e crescer. A grande vantagem para os empresários é o preço acessível. E, além disso, eles contam com a visão inovadora dos estudantes.
Camila Velzi e Lara Shin estão no último ano da Escola Superior de Propaganda e Marketing de São Paulo. As duas estudantes são consultoras da empresa júnior da ESPM e ajudam os empresários a lucrar mais. Elas montam estratégias de negócios na área de marketing.
“Nós conhecemos melhor a empresa, pegamos os problemas dela, fazemos um estudo exploratório dela e a partir disso nós conhecemos o mercado em que ela esta inserida e a gente consegue analisar onde que ela pode melhorar”, explica Lara Shin.
Além de treinar estudantes para o mercado de trabalho, a empresa júnior é uma oportunidade para pequenos empresários. Os alunos são orientados por professores da faculdade e o preço da consultoria júnior é menor do que o de mercado.
“A empresa júnior se transforma em uma alternativa muito atraente para que ele contrate esse serviço, contrate essa consultoria e consiga realmente vencer esses obstáculos, esses desafios cotidianos, esses problemas que ele enfrenta no seu dia a dia”, diz Vinicius Cararro, da Confederação Brasileira de Empresas Juniores.
O dono de um spa, Gustavo Albanesi, contratou a consultoria da empresa júnior da ESPM. O empresário precisava de informações sobre concorrência do mercado.
“Conhecer como esse mercado atua em relação ao cliente, em termos de exposição dos aspectos físicos, de infraestrutura, os tipos de serviços oferecidos, o tipo de atendimento que é fornecido pra cada cliente que vai ao spa e os preços que acontecem e são praticados nesse mercado também”, afirma o empresário.
Para fazer o relatório, as duas estudantes visitaram 36 spas. Pesquisaram detalhes do mercado, como preço, serviço e decoração. “Nós fomos como clientes ocultos, então, nós visitávamos como clientes, nós perguntávamos todas as informações que a gente podia coletar, quantos clientes mais ou menos vinham, quais eram os serviços que eles mais vendiam, qual era o tipo de profissional que eles utilizavam, como eram as macas”, lembra Camila Velzi.
O trabalho resultou em um relatório de quase 300 páginas e a consultoria da empresa júnior concluiu que o spa de Gustavo Albanesi precisava criar novidades para crescer. E foi o que fez o empresário. Ele redecorou a fachada e lançou massagens terapêuticas promocionais, por R$ 89.
“Se você tem um preço mais acessível, o cliente tem a oportunidade de vir ao seu espaço, conhecer os seus serviços e estabelecimento e consequentemente virar um cliente fiel após esse conhecimento prévio que ele teve do lugar”, sabe Gustavo.
Com a consultoria, o empresário reestruturou a empresa. Mais clientes vieram e o faturamento aumentou. Agora, a meta é abrir franquia e crescer.
“O investimento todo que a gente fez nesse trabalho valeu bastante a pena. Foi um trabalho de primeira linha e todas as informações que gente obteve, a gente usou naquela época e continuou analisando constantemente, porque elas são válidas aí por um período bastante longo”, conta Gustavo.
E o empresário Fernando Rodrigues, dono de uma locadora de vans, ônibus e carros executivos, também contratou a consultoria de uma empresa júnior. Sem dinheiro, ele pagou um quarto do preço de mercado e apostou nos estudantes.
“Eu senti muita segurança na apresentação do que eles podiam fazer pela gente e não tive esse medo, não. Eu acho que o entusiasmo e a vontade de fazer bem feito podiam superar muitas empresas do ramo por aí que não teriam a mesma vontade deles de fazer um trabalho com a gente”, explica o empresário.
A consultoria júnior da ESPM custou R$ 7.500. O objetivo era melhorar o atendimento e fidelizar os clientes. Os estudantes pesquisaram o mercado, conversaram com os funcionários e até foram além.
“A gente não avisa, contrata como se fosse um cliente normal e aí a gente avalia. Pode avaliar bem as fraquezas da empresa no dia a dia, as fraquezas como elas se apresentam para os clientes deles”, diz André Gonçalves, consultor.
A consultoria levou nove semanas para ficar pronta e o relatório apresentou algumas surpresas. Primeira constatação da consultoria: crescer rápido demais pode ser um problema. A empresa tinha tantos pedidos que contratava motoristas e veículos de outras locadoras só para não perder cliente. Mas, nesse caso, o atendimento nem sempre era o mesmo e comprometia a imagem da empresa.
Veículo sujo, motorista sem uniforme e serviço fora de padrão não seguram clientes. A busca desesperada por mais mercado era um tiro no pé da empresa.
“O cliente que estava contratando não sabia dessa terceirização, achava que fosse um funcionário normal da empresa e isso acabava comprometendo a imagem que eles tanto primavam, desde o primeiro contato. Tudo acabava sendo prejudicado por causa desse contato final do motorista”, observa André.
A resposta do empresário Fernando foi imediata. Ele cortou metade dos fornecedores. “A gente fez uma seleção daqueles que a gente sentiu que têm comprometimento, sentiu que a gente é um cliente importante para eles e que nosso cliente é importante para eles também”, diz Fernando.
Os consultores fizeram um projeto prático, que ensina o que fazer e como fazer. Para o empresário Fernando, é a grande chance de melhorar o negócio sem ter que investir muito: “A gente se sente em uma empresa mais consolidada, porque a gente sabe se comunicar. Já sabe aonde quer chegar e tem as ferramentas que precisa”.