Ellyel dos Santos
Encontro realizado no Centro Universitário Uniabeu, no último sábado, 08, contou com a participação de colaboradores e Administradores para definição e exposição da proposta a ser desenvolvida na instituição a partir das experiências de projetos que deram e estão dando certo.
Antes de qualquer informação sobre o tema, vale a pena entender, historicamente, a inserção das Empresas Juniores na Administração. A primeira Empresa Júnior foi criada na França no ano de 1967, precisamente na Escola Superior das Ciências Econômicas e Comércio de Paris.
Por volta de 1968, um total de 100 empresas já estava dentro do mercado acadêmico francês. À época, gerou uma receita de US$ 20 milhões e mobilizava mais de 20 mil estudantes.
No Brasil, a experiência com Empresas Juniores foi introduzida pela Câmara de Comércio França/Brasil em 1987, depois anunciar em um jornal. Com isso, instituições como a Fundação Getúlio Vargas (FGV), a FAAP e a USP ingressaram nesse ramo acadêmico que, atualmente, está em elevado crescimento. Hoje, já somam 400 Empresas Juniores somente no Estado de São Paulo.
Segundo o estatuto de Empresas Juniores, este segmento trata-se de uma associação civil, sem fins lucrativos, constituída e gerida, exclusivamente por alunos de graduação da instituição em que se insere, tendo como principal objetivo proporcionar aos estudantes a oportunidade de aplicar e aprimorar os conhecimentos técnicos adquiridos durante o curso. As principais atividades desenvolvidas por esses modelos “laboratoriais” de empresas são através de consultas e os projetos orientados pelos docentes. Ainda de acordo com o estatuto, o público-alvo são os alunos, micro, pequenas e médias empresas além de, é claro, a própria instituição de ensino.
Às 9h 06min começou o ciclo de palestras apresentando todos os processos para o desenvolvimento das Empresas Juniores (EJ’s).
Diego Lopes, representante da Rio Junior defende que o segmento fomenta o espírito empreendedor que os jovens possuem. 90% das empresas estão vinculadas diretamente à consultoria.
Nesse momento são apresentados dados relativos à distribuição das empresas juniores pelo Brasil. Segundo os dados, 28% das empresas juniores se concentram no estado de São Paulo, enquanto apenas 9,3% são agrupadas no estado do Rio de Janeiro, sinalizando, de fato, que a comunidade acadêmica tem que investir mais nesse segmento. Um detalhe: não chega a 1% em alguns estados do Nordeste.
Em sua primeira apresentação, ele detalha como a Rio Júnior desenvolve suas atividades. Além de as empresas que são federadas (todas de consultoria), como por exemplo: Ayra, Ibmec Jr. Consultoria, Insight. Como parceria, ele ressalta: ABRH, Firjan, CRA-RJ.
Projetos desenvolvidos: Promover o MEJ (Movimento de Empresa Júnior) para o mercado, apresentação do MEJ, portfólio das EJ’s. Finalizando com os depoimentos de alguns empresários que adotaram como prática para o sucesso a partir da EJ. Ainda como projeto, destaca-se o Premio Rio Júnior e o Plano de Desenvolvimento.
A segunda palestra foi presidida pelo Rafael Monteiro, representante do CRA-RJ, divulgando através de um vídeo de duração de 11min, quais atividades são desempenhadas em todas as instituições que disponibilizam os serviços do CRA, principalmente, aqui, no Rio.
Do ponto de vista do Conselho Nacional do CRA, através de uma pesquisa desenvolvida, levantou alguns dados relevantes. Por exemplo, em relação aos Administradores: 41,69% não dominam outro idioma e 58,31% dominam pelo menos um idioma; Houve aumento de mulheres inseridas no mercado, um total de 40%, segundo dados observados até 2009; Empregabilidade: 9% é constituído por empresários, 68% de empregados (colaboradores); Habilidades: 74,04% visão do todo, 71,50% relacionamento interpessoal, 61,79% adaptação à transformação; Competências: 71,19% identificar problemas, formular e implantar soluções; Atitudes: 75,21% comportamento ético.
O segundo momento do ciclo de palestras recomeçou às 12h 01min, com as saudações do profº Alessandro Orofino.
Na segunda sessão de palestras o primeiro foi Marcos André Carvalho, empresário da Estratege Educação, e ex-membro de Empresa Júnior. Com o público através de um bate-papo interativo, enfatizou a importância de ser um bom administrador, qualificando o perfil e as integrações com o projeto Empresa Júnior Uniabeu. Revelou as diversas “pedras” que qualquer administrador, em sua vida, acadêmica e profissional enfrentará. Tratou o tema com dinamismo e coerência.
- O administrador deverá buscar o conhecimento técnico e geral, descobrir o interesse e ser bom naquilo que faz, para evoluir e ser o diferencial, disse ele.
Reiterando sua afirmação, ele acrescenta: - Quando você descobre aquilo que você tem que fazer, essa será a melhor coisa do mundo para você.
Segundo ele, a competitividade aumentou com a globalização, exemplo claro é a Empresa Embelleze. É preciso buscar o melhor conhecimento para integrar em diversos meios.
Ele acrescentou: - Em qualquer lugar que você vai, os problemas não estão gritando, eles devem ser buscados para atender novos desafios. É preciso se qualificar, ou seja, a integração entre a teoria e prática nas atividades empresariais. Essa é a hora certa, esse é o momento certo.
Ainda no ciclo de palestras e compondo a última parte do evento, Letícia Martins e Eduarda Caetano, respectivamente, Coordenadora de Mercado e Diretora de Marketing da ESPMJr (Escola Superior de Propaganda e Marketing) , através de uma exposição em vídeo de todo o programa adotado pela empresa que atua, mostrou seus valores, suas realizações, atuações e projetos desempenhados com excelência pelos membros das ESPMJr.
Segundo Letícia Martins, a ESPMJr é uma consultoria de Marketing formada e gerida por discentes. Atuam nos segmentos de Marketing, Comunicação e Gestão de Negócios, realizando projetos orientados por professores e profissionais consagrados em diversas áreas.
De acordo com as políticas internas desenvolvidas pela empresa, priorizar os clientes de pequenas e médias empresas para realizar as consultorias é primordial. Além de serviços prestados no ramos de consultoria, a empresa também realiza capacitações para atender as demandas das atividades desenvolvidas pelas empresas atendidas.
Relacionamento entre os integrantes das empresas juniores, coletividade, sem competitividade, em busca do aprendizado é de suma importância, reforça Eduarda Caetano.
- O graduando não entra na Empresa Júnior para ficar rico, mas para ficar caro, disse Letícia.
O evento foi uma experiência de existência de projetos que estão dando certo e que atinge, principalmente, os discentes que buscam aliar teoria à prática. Foi proveitoso, conquistou a atenção de muitos graduandos presentes, principalmente aqueles que estão começando agora.
Após as considerações finais dos professores Alberto Alvarães, Alexandra Rocha, Alessandro Orofino e Fernando Monteiro, o evento encerrou-se, porém a proposta ficou no ar. Afinal, é preciso o comprometimento dos discentes interessados.
A meu ver, será de grande valia a inserção do projeto Empresa Júnior no Centro Universitário Uniabeu. Agora, terá o processo seletivo e, espera-se que, brevemente, o próximo evento seja para colher os frutos desta experiência que tem tudo para dar certo.
Até o próximo!
Belford Roxo, 09 de Maio de 2010
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