sábado, 1 de novembro de 2008
A crise econômica é que vai mandar em 2010
O calendário político brasileiro virou mais uma página com a eleição dos novos prefeitos. No dia seguinte, os principais atores políticos já olhavam para o futuro, mirando principalmente a disputa presidencial. A imprensa também seguiu essa linha, fazendo as contas de quem tinha vencido – ou perdido – e do impacto disso na corrida pelo Palácio do Planalto. Passado o período mais apaixonado dos primeiros comentários, cabe pontuar com mais cuidado os efeitos do pleito municipal.
Em primeiro lugar, nem tudo o que apareceu nas urnas em 2008 terá conseqüências para 2010. O eleitor moveu-se agora por duas forças. A primeira foi a sensação de bem-estar que contaminou a maior parte da população. O resultado foi um forte sentimento continuísta, gerador de um altíssimo índice de reeleição. A incógnita é saber se a crise econômica poderá mudar essa percepção social daqui a dois anos.
A segunda força que moveu a cabeça do eleitor foi a avaliação dos prefeitos no cargo. É claro que o quadro de prosperidade dos últimos anos ajudou a maioria a se reeleger ou fazer seu sucessor. Mas isso não se repetiu em todo o país. O exemplo do Rio de Janeiro, com a fragorosa derrota de Cesar Maia, revela que não se podia contar apenas com a bonança econômica. Venceu quem mostrou serviço.
Tem-se discutido bastante a influência dos outros níveis de governo na eleição local. A verdade é que a autonomia política e administrativa dos municípios varia muito. Os que têm maior independência são os menos afetados diretamente pelos governadores e pela ação do governo federal. Fazia pouco sentido discutir a transferência de votos do presidente Lula e dos governadores na maioria das cidades que tinham segundo turno. Elas são as que mais podem andar com as próprias pernas. Se olharmos bem os mapas eleitorais das pequenas e das médias municipalidades mais pobres, ali perceberemos com mais nitidez o impacto eleitoral das políticas estaduais e federais.
Mesmo nos lugares onde presidente ou governador tiveram pouco impacto, raramente os vitoriosos fizeram campanha explícita contra eles. A eleição teve uma característica percebida pelo analista Antonio Lavareda. Foi o “pleito da parceria”. Os candidatos mais competitivos procuravam dizer que seriam aliados do presidente e dos governadores. Não houve uma “nacionalização negativa” do processo eleitoral, como em 1988 ou, em menor medida, em 2000. É por isso que o resultado final da campanha de 2008, mesmo onde a oposição venceu, não foi um sentimento contrário ao governo Lula. Se isso vier a ocorrer, só veremos em 2010, caso a crise econômica recrudesça muito. De imediato, o pleito municipal não inverteu a posição nacional dos partidos. Houve mudanças incrementais, que afetam mais o ponto de partida que o ponto de chegada da eleição presidencial. A eleição de 2008 deve afetar a montagem das alianças entre os partidos mais do que a capacidade de obter votos em 2010.
A vitória de Gilberto Kassab (DEM) em São Paulo deve levar seu partido não só ao colo do PSDB, como deve tornar o governador Serra o único capaz de fazer essa coligação, essencial para os planos tucanos. O crescimento do PMDB fortalece o poder de barganha do partido, que se transformou no cobiçado para a eleição de 2010. As lideranças petistas e pessedebistas farão de tudo para tê-lo ou, no mínimo, para que o adversário não conquiste os peemedebistas. O PT, embora tenha aumentado sua capilaridade nacional, teve um resultado aquém do esperado. Com isso, precisará tornar seu projeto de poder mais inclusivo e dar mais destaque àqueles com que se aliar.
É cedo para prever a capacidade de partidos e candidatos obterem votos em 2010. Em grande medida, esse processo dependerá do desenrolar da crise econômica. Essa é uma razão importante para, no dia seguinte das eleições municipais, a cobertura da mídia se voltar menos para o plano nacional e mais para a gestão dos novos prefeitos. A vida dos brasileiros depende bastante da qualidade da gestão municipal – algo que o eleitor sabiamente mostrou em 2008.
Eleições Americanas
Em 03 de Janeiro desse ano, começaram as primárias. Nelas, os partidos definiram qual dos pré-candidatos seria o seu representante na eleição que acontecerá no próximo dia 04 de Novembro.
A eleição americana acontece assim: Cada estado tem um número de representantes no colégio eleitoral. Este, é proporcional à sua população, ou seja, quanto mais habitantes, mais peso o estado tem na contagem dos votos.
Portanto, quem dá o voto decisivo é o colégio eleitoral.
No total, o colégio eleitoral, aquele que realmente define o presidente, é formado por 538 representantes. Um candidato precisa de no mínimo 270 votos para ser eleito.
Nessas eleições, tanto o voto popular quanto o voto do colégio eleitoral, estão de acordo com o candidato que será eleito.
Todas as pesquisas convergem para que a partir de janeiro de 2009, Barack Obama assuma as rédeas dos poder norte-americano.
__________________________________________
sexta-feira, 31 de outubro de 2008
Eleições Americanas
Isso mesmo. Basta o candidato vencer por um voto para ter direito a todos os delegados do Estado.
Na grande maioria dos casos aplica-se o sistema ‘winner takes all’ (todos se tornam vencedores), ou seja, basta o candidato ganhar por um voto para ter direito a todos os delegados do Estado.
Por exemplo, Barack Obama deverá vencer na Califórnia. Logo, assegura os votos dos 55 delegados desse estado. McCain deverá vencer no Texas, estado mais conservador e duras regras. Garantindo, assim, os 34 delegados do Estado.
Aí, podemos verificar a distorção que houve em 2000, entre o voto popular e o voto do colégio eleitoral.
Basta lembrar de 2000, quando Al Gore teve mais votos que Bush, mas quem foi eleito foi o ‘Homem-problema’.
Naquela eleição, ele (Bush) conseguiu eleger mais delegados porque venceu nos Estados mais populosos e, por conseqüência, com mais delegados.
E, transformou o Bush no presidente dos EUA durante oito anos.
_____________________________________________
Amanhã, 'Resumo das Eleições nos EUA'
quinta-feira, 30 de outubro de 2008
Eleições Americanas
Ontem, relatei como um candidato, mesmo tendo a maior votação, pode não ser eleito. O que define a eleição são os votos dos delegados dos estados americanos.
Hoje, vamos tratar do compromisso que os delegados têm com os candidatos à presidência.
Os delegados que votam no colégio eleitoral são comprometidos com um dos dois candidatos.
Os eleitores quando vão às urnas votam no candidato presidencial.
As caras que aparecem no ‘boletim’ de voto ou máquina eletrônica serão, neste caso, as de Obama e McCain. No entanto, em termos reais, os eleitores estão votando nos delegados dos Estados que vão representar o seu candidato no colégio eleitoral.
Ao todo são 538 os votos do colégio eleitoral, mas o candidato que arrecadar, pelo menos, 270 garante a eleição.
_______________________________________
Amanhã, ‘Por um voto, o candidato tem direito a todos os delegados’
Desafios para o próximo presidente dos EUA
Os norte-americanos tentam se tornar independentes do petróleo importado, mas o caminho para a auto-suficiência energética esbarra em uma questão de interesse mundial: a preservação do meio ambiente.
Nesta semana, o Jornal Nacional está apresentando uma série de reportagens sobre os maiores problemas que o próximo presidente dos Estados Unidos terá que enfrentar. Nessa quarta-feira, os correspondentes Lília Teles e Luís Cláudio Azevedo mostram o desafio da energia.
O milharal, no estado de Iowa, vai até onde a vista alcança. A região, conhecida como o "cinturão do milho", inclui 11 estados do Meio Oeste americano.
A disseminação das lavouras é o resultado do incentivo do governo americano para a produção de biocombustível. Os subsídios chegam a US$ 4 bilhões por ano.
Os Estados Unidos tentam se tornar independentes do petróleo importado do Oriente Médio e da Venezuela, mas o caminho para a auto-suficiência energética esbarra em uma questão de interesse mundial: a preservação do meio ambiente.
Considerado um país muito mais preocupado em manter suas riquezas do que em combater o aquecimento global, os Estados Unidos agora estão no centro de uma discussão sobre as vantagens e desvantagens da produção do etanol de milho. Já são, pelo menos, 200 usinas abastecendo o país, enquanto são criticadas pelos ambientalistas.
É uma lista de críticas: contaminação dos rios pelo nitrogênio usado nas lavouras; uso de combustíveis fósseis como gás natural e carvão; emissão de gases tóxicos na fumaça das usinas.
O candidato democrata, Barack Obama, defende a ampliação da produção de etanol. Ele diz que a abertura do mercado ao álcool brasileiro mantém a dependência americana do combustível estrangeiro.
Já o candidato republicano, John McCain, é a favor do fim das barreiras tarifárias, cobradas pela importação do biocombustível, o que seria vantajoso para o etanol brasileiro.
Quando o assunto é perfuração de poços de petróleo e gás na costa americana e no Alasca, também há divergências. McCain apóia e Obama acha que não resolveria o problema.
Os Estados Unidos consomem um quarto do petróleo produzido no mundo e têm apenas 3% das reservas. Sarah Palin, parceira de McCain, apóia a exploração até na Reserva Natural de Vida Selvagem, habitat de ursos polares ameaçados de extinção.
A seis dias das eleições presidenciais, cerca de 15 milhões dos 213 milhões de eleitores registrados já votaram. Ao todo, 32 estados americanos permitem a votação antecipada.
quarta-feira, 29 de outubro de 2008
A batalha no Congresso
Partido de (e para) profissionais
Vitaminado pela expressiva vitória nas eleições municipais, tendo feito a maioria das prefeituras (cerca de 1.200), tendo aumentado de dois para seis seus prefeitos de capital, o PMDB vai à luta.
O campo de batalha, desta vez, é o Congresso Nacional, onde se travará a eleição para a presidência da Câmara e do Senado.
Não se trata de eleições rotineiras.
O Congresso inicia a segunda metade da legislatura, e presidentes de Câmara e Senado que forem eleitos em 2009 poderão ficar quatro anos no cargo.
A regra diz que o mandato é por dois anos, sem direito a reeleição dentro da mesma legislatura. Mas na segunda metade da legislatura é possível haver reeleição porque depois de dois anos começa uma nova legislatura.
Mais importante: os presidentes da Câmara e do Senado vão presidir a eleição do sucessor de Lula.
Para quem já declarou que faz questão de eleger o sucessor, o presidente precisa ter no comando das duas casas do Congresso aliados fiéis, que não lhe causem problemas.
Por quê? Muito simples. Tanto na Câmara quanto no Senado, o presidente é o responsável por colocar em votação todos os projetos que chegam ao plenário. Desde MPs até propostas de emenda constitucional.
Diz a lei que qualquer alteração no processo eleitoral deve ser votada até um ano antes da eleição. Portanto, alterações nas regras para as eleições de 2010 devem ser aprovadas até 30 de setembro de 2009.
Já imaginaram se alguém propõe redução do mandato do presidente, ou eleição indireta, ou terceiro mandato, ou mesmo a instalação da monarquia?!
Como sabemos muito bem, tem maluco para tudo.
Por isso, é importante ter no comando do Congresso gente afinada com o Planalto.
Quando se elegeram Arlindo Chinaglia (PT) para a Câmara e Renan Calheiros (PMDB) para o Senado, a combinação foi de inverter os partidos na eleição de 2009: PMDB na Câmara, provavelmente com Michel Temer, e PT no Senado, provavelmente com o vice-presidente Tião Viana.
Mas os lamentáveis episódios de 2007, quando o senador Renan Calheiros invadiu a privacidade dos brasileiros com suas estripulias sexuais, extraconjugais, pecuárias e radiofônicas, além de financeiras, é claro, arrastando a reputação do Senado na lama, Tião Viana assumiu interinamente a presidência da casa, com a licença de Renan.
E se comportou dignamente, tentando resgatar a dignidade do Senado. Sentiu-se confortável na cadeira e gostou da presidência.
Foi o suficiente para despertar a ira de Renan Calheiros.
Depois de escapar duas vezes da cassação, Renan conheceu um período de relativa discrição. Mas sentiu-se purificado pelo abraço redentor do presidente Lula, que declarou que Renan foi vítima de injustiça e deve ser reabilitado.
Foi o que bastou. Renan estufou o peito, engrossou a voz, retirou do cofre os segredos cabeludos que diz possuir a respeito dos colegas. E vetou o nome de Tião Viana.
Mais ainda: estimulou a rebelião do PMDB no Senado.
Afinal, o PMDB não é o maior partido? Não acabou de dar uma demonstração de força nas eleições municipais? Não possui a maior bancada na Câmara e a maior bancada no Senado?
Então, deve ser do PMDB a presidência do Senado.
Os deputados concordam e pensam a mesma coisa: não abrem mão de ter Michel Temer na presidência da Câmara.
Está criado o impasse.
O PT esperneou e exige que o acordo seja cumprido. Ameaça não votar em Michel Temer na Câmara, se não fizer o presidente do Senado.
Nos bastidores, a dupla Renan-Sarney, que manda uma barbaridade no governo federal desde o primeiro dia do primeiro mandato do presidente Lula, em 2003, articula a candidatura de Sarney, que não tem empecilhos dentro da bancada do PMDB e mesmo na oposição.
Mas no PT, Delcídio Amaral se assanhou e está pronto para apresentar seu nome, já que a justificativa oficial para a confusão é apenas um veto pessoal de Renan Calheiros a Tião Viana.
No final, tudo se acerta. O que se discute é o preço. O que vai custar ao Planalto a eleição de dois aliados do presidente? Mais ministérios para o PMDB? Liberação de emendas? A garantia da vaga de vice-presidente na chapa da ministra Dilma?
Tudo pode acontecer, inclusive não acontecer nada.
Uma única certeza pemanece: o PMDB não é para amadores.
Eleições Americanas
Quem não se lembra em 2000 da disputa entre George W. Bush e Al Gore?
Respectivamente, eles tinham 47,87% e 48,83%.
Pelo processo eleitoral brasileiro, o vencedor seria o mais votado, nesse caso o Al Gore.
Mas não foi bem isso que aconteceu, não.
O vitorioso foi o George W. Bush, que se reelegeu em 2004.
Agora, como entender esse fenômeno?
Bem, o sistema eleitoral americano parece, à primeira vista, muito complexo. Mas prometo que tentarei ser o mais claro possível.
A eleição do presidente americano dos Estados Unidos depende de um colégio eleitoral. Não é como o nosso, aqui no Brasil, por exemplo, em que o candidato presidencial com mais votos nas urnas vence automaticamente o sufrágio.
O que acontece lá é diferente.
Os eleitores votam nos 50 estados e elegem os delegados que no colégio eleitoral vão eleger o presidente.
O número de delegados de cada estado é proporcional ao número de habitantes. Ou seja, quanto mais populoso o estado, mais delegados serão eleitos nesse estado para o colégio eleitoral.
Com isso, considerando em termos eleitorais e estratégicos, os candidatos passam a dedicar mais atenção aos grandes Estados, pois o peso no colégio eleitoral é superior.
Por exemplo, enquanto a Califórnia tem direito a levar 55 delegados para votarem no colégio eleitoral, Montana só pode designar três.
Em suma, quem dá o voto decisivo é o colégio eleitoral.
_______________________________________
Amanhã, 'O compromisso dos delegados com os candidatos'
Desafios do próximo presidente americano
Roupas abandonadas às pressas. A garrafa d´água que faz milagre. O telefone de emergência anotado na meia do filho.
Um espinho atravessado no sonho americano. Imigração ilegal é questão econômica, humanitária e prioritária na disputa entre Barack Obama e John McCain.
No deserto do Arizona, fronteira sul dos Estados Unidos, Shawna sai como gato à procura do rato. "Esse país pertence aos americanos. Se o governo não faz a parte dele, nós vamos nos proteger", ela alega.
Shawna é comandante dos “Minute Men”, cidadãos americanos que defendem a fronteira com as próprias pistolas. São caçadores de imigrantes ilegais.
Os candidatos à presidência concordam que é preciso fechar as portas. Votaram a favor do muro de mais de mil quilômetros para isolar o México e revoltar o mexicano.
"O povo acaba dando um jeito de entrar, mas eles querem trabalho. Não somos criminosos", conta um membro do grupo.
O governo Bush constrói o muro de ferro, mas o maior obstáculo à imigração ilegal tem sido a crise econômica. A falta de empregos do lado norte-americano faz com que muitas pessoas desistam da aventura pela fronteira. Ainda assim, são mais de 12 milhões de imigrantes sem documento nos Estados Unidos. Entre eles, milhares de brasileiros. É uma bomba-relógio nas mãos do próximo presidente.
O democrata Barack Obama quer integração. Desde que os ilegais entrem na fila, paguem multas, aprendam inglês. O republicano John McCain pensava parecido.
Mas agora, para agradar aos conservadores, só discute o assunto com a fronteira 100% protegida.
A câmera noturna procura os imigrantes. A missão de encontrar a luz na fronteira será de McCain ou de Obama?
terça-feira, 28 de outubro de 2008
Eleições Americanas
Blog no minuto
Caro Ellyel,
todos os profissionais da CBN compartilham os mesmos valores e trabalham para, diariamente, levar a seus ouvintes e internautas um noticiário isento e de credibilidade. Não tenha dúvidas de que Fabíola Cidral, que substituirá Roxane Ré, e o próximo responsável pela ancoragem do CBN Rio não se distanciarão minimamente deste código que pauta nossa conduta.
Mariza Tavares
Desafios do próximo presidente dos EUA
Na maior cidade de Michigan, o capitalismo americano se fortaleceu e está mostrando suas feridas mais profundas. Onde surgiram poderosas montadoras, hoje há o maior índice de desemprego do país.
A partir dessa segunda-feira, o Jornal Nacional apresenta uma série sobre os desafios que o próximo presidente dos Estados Unidos terá de enfrentar.
Na reportagem dessa segunda-feira, Roberto Kovalick e Sherman Costa mostram os efeitos devastadores que a crise econômica teve sobre uma região que já foi símbolo da prosperidade americana.
Em Detroit, o capitalismo americano se fortaleceu e está mostrando suas feridas mais profundas. Uma fábrica de peças de automóveis já empregou 15 mil funcionários. Ela fica na cidade de Flint, subúrbio de Detroit, no estado de Michigan, onde, no início do século passado, surgiram as poderosas montadoras americanas.
Richard e Roger viram o auge delas. Agora, tiram fotos para mostrar aos netos o lugar onde passaram parte da vida.
Com uma lágrima no canto do olho, Richard diz: “As lembranças vão ser para sempre. Esse foi o único lugar em que trabalhei por 40 anos".
Michigan tem, hoje, o maior índice de desemprego do país: quase 9%. "É muito difícil. É deprimente. Eu procuro trabalho dia após dia e não acho nada. Seria tão bom conseguir um emprego", lamenta uma moradora de Detroit.
Na região de Detroit, a pobreza atinge um em cada três moradores. A crise imobiliária aumentou o estrago: é a região do país com o maior número de casas retomadas por bancos por falta de pagamento.
Parece que um furacão atingiu parte de Detroit. A cidade está praticamente abandonada. A gente anda por algumas ruas e não encontra ninguém. As casas estão vazias. Muitas delas são centenárias e não podem ser derrubadas. Elas fazem parte do patrimônio histórico de Flint e são símbolo de uma época de riqueza da cidade. Agora, elas são a imagem de sua decadência.
Encontramos uma família que só não foi embora porque não consegue vender a casa. "A gente está tentando sair dessa região por causa dos crimes. Pessoas assaltando caminhões e tentando assaltar a casa, por causa dos crimes e do desemprego", conta um homem.
Os Estados Unidos já conseguiram superar crises econômicas piores do que esta e saíram fortalecidos. Este será um dos grandes desafios do próximo presidente: fazer com que as cenas das ruas de Michigan representem só um momento ruim a ser superado, e não uma visão do futuro americano.
Para quem não leu a MP 443
Autoriza o Banco do Brasil S.A. e a Caixa Econômica Federal a constituírem subsidiárias e a adquirirem participação em instituições financeiras sediadas no Brasil, e dá outras providências.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe confere o art. 62 da Constituição, adota a seguinte Medida Provisória, com força de lei:
Art. 1º O Banco do Brasil S.A. e a Caixa Econômica Federal ficam autorizados a constituir subsidiárias integrais ou controladas, com vistas ao cumprimento de atividades de seu objeto social.
Art. 2º O Banco do Brasil S.A. e a Caixa Econômica Federal, diretamente ou por intermédio de suas subsidiárias, poderão adquirir participação em instituições financeiras, públicas ou privadas, sediadas no Brasil, incluindo empresas dos ramos securitário, previdenciário, de capitalização e demais ramos descritos nos arts. 17 e 18 da Lei no 4.595, de 31 de dezembro de 1964, além dos ramos de atividades complementares às do setor financeiro, com ou sem o controle do capital social, observado o disposto no art. 10, inciso X, daquela Lei.
§ 1º Para a aquisição prevista no caput, o Banco do Brasil S.A. e a Caixa Econômica Federal poderão contratar empresas avaliadoras especializadas, mediante procedimento de consulta simplificada de preços, na forma do regulamento, observada sempre a compatibilidade de preços com o mercado.
§2º Na hipótese prevista no caput, percentual do preço a ser desembolsado na operação de aquisição de participação societária poderá ser apartado para depósito em conta aberta junto à instituição financeira adquirente, para fazer frente a eventuais passivos contingentes não identificados, ficando o Banco do Brasil S.A. ou a Caixa Econômica Federal, conforme o caso, autorizado a debitar a referida conta sempre que identificado algum passivo dessa ordem, nos termos fixados no contrato de aquisição.
Art. 3º A realização dos negócios jurídicos mencionados nos arts. 1o e 2o poderá ocorrer por meio de incorporação societária, incorporação de ações, aquisição e alienação de controle acionário, bem como qualquer outra forma de aquisição de ações ou participações societárias previstas em lei.
Art.4º Fica autorizada a criação da empresa CAIXA - Banco de Investimentos S.A., sociedade por ações, subsidiária integral da Caixa Econômica Federal, com o objetivo de explorar atividades de banco de investimento, participações e demais operações previstas na legislação aplicável.
Art. 5º Fica dispensada de procedimento licitatório a venda para o Banco do Brasil S.A. e Caixa Econômica Federal de participação acionária em instituições financeiras públicas.
Art. 6º Fica o Banco Central do Brasil autorizado a realizar operações de swap de moedas com bancos centrais de outros países, nos limites e condições fixados pelo Conselho Monetário Nacional.
Art. 7º Esta Medida Provisória entra em vigor na data de sua publicação.
Brasília, 21 de outubro de 2008; 187o da Independência e 120o da República.
LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA
Guido Mantega
Paulo Bernardo Silva
Henrique de Campos Meirelles
Blog no minuto
Os comentários às 07h30 e às 18h32 e a apresentação do Programa CBN Brasil na CBN.
Além dos seus comentários na Globo News e no Jornal da Globo.
"Amanhã, posso voltar a usar bermuda e chinelo"
De Ruth de Aquino no site da revista ÉPOCA
(...) A vitória de Paes não surpreendeu. A surpresa foi ter vencido por tão pouco. O milagre quase inexplicável é como Gabeira começou a disputar a eleição com 5% de preferência do eleitorado sem sair disso por meses, chegou ao primeiro turno com 25% e acabou a eleição com quase 50%. Paes saiu de 35% no primeiro turno para pouco mais de 50% no segundo, com um arco de 11 partidos unidos em torno dele.
É evidente que Gabeira não pode mais ser considerado um porta-voz dos ricos e escolarizados. O Rio de Janeiro, é óbvio, não tem metade de sua população encaixada nesse perfil. Longe disso. Gabeira representou um voto de protesto contra a política tradicional e seus ranços, um voto de confiança na honestidade, no bom humor e na independência.
Partindo dessa votação mais do que expressiva, Gabeira pode sonhar ou batalhar para se tornar senador ou governador em 2010. Será que não foi melhor para Gabeira perder essa batalha, para depois ganhar a guerra? Esta foi uma derrota eleitoral, mas uma vitória política. Gabeira saiu muito maior desta eleição do que entrou. Se ele tivesse ganhado, também seria por uma margem pequena.
Assumir a prefeitura sabendo que metade da cidade não votou em você é um tremendo desafio. Pior ainda é ganhar contra o candidato de Cabral e Lula, no sentido prático da gestão.
Leia mais em "Amanhã, posso voltar a usar bermuda e chinelo"
segunda-feira, 27 de outubro de 2008
Em Época desta semana
Ricardo Amaral é repórter especial de ÉPOCA em Brasília.
O que têm em comum a ministra Dilma Rousseff e o governador José Serra, além do carisma próximo de zero e de lugares praticamente garantidos na corrida presidencial? A resposta é: conhecem a máquina, sabem mandar e têm aquelas tremendas caras de mau. São atributos valorizados pelo eleitor em momentos de dificuldade e incerteza, como o que se abriu com a crise financeira mundial. Eles não ajudaram Serra a chegar ao Planalto em 2002, quando a vitória foi do risonho Lula. Será que vão ajudar Dilma em 2010?
Se fosse possível reduzir a política a modelos matemáticos, a fórmula da sucessão estaria dada: apoio do presidente popular + economia em ordem + coligação partidária forte = candidata eleita. Como a política é uma ciência tão inexata quanto a economia, essa fórmula já estava sob suspeição havia algum tempo. Neste mês de outubro, os eleitores das grandes cidades trataram de condicionar o princípio geral: nem sempre o apoio do presidente, ou de governadores e prefeitos populares, garantiu a vitória de candidatos com notórias dificuldades eleitorais. A chegada da crise mundial ao Brasil acrescentou uma dose de incerteza ao que já não era tão seguro.
A crise não estava nos planos do presidente Lula e certamente vai tornar mais difícil a campanha da candidata do Planalto, mas isso não significa que as coisas serão fáceis para a oposição. O impacto eleitoral da crise dependerá de seus efeitos sobre os três fatores que até aqui vêm sustentando os índices de aprovação do governo nas camadas mais pobres da população: aumento do nível de emprego, poder de compra dos salários em alta e manutenção de amplos programas sociais. Eles se tornaram possíveis numa economia em crescimento com inflação sob controle, que beneficia o país como um todo. O desafio do governo é manter esse conjunto até 2010, numa corrida contra o tempo que já começou.
As primeiras medidas contra a crise foram adotadas para tentar manter o ritmo da economia: oferta de crédito para a agricultura, para as exportações e para o consumo interno. Aplicou-se uma injeção bilionária de recursos no sistema financeiro – sem precedentes nem mesmo na reestruturação do sistema em 1995, como apontou o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (leia a entrevista na pág. 52). O governo já deu sinais de que haverá cortes no Orçamento do próximo ano, mas não vai recuar do reajuste programado do salário mínimo nem pretende reduzir o Bolsa-Família ou os projetos em andamento do PAC. Ou seja: Lula decidiu pagar para ver o impacto da crise mundial sobre a economia brasileira e os pilares de sua popularidade.
Se errar a mão nas medidas contra a crise, Lula pode
transformar a Dilma de 2010 no José Serra de 2002
Ninguém duvida que em 2009 teremos menos investimentos, menos crescimento e, portanto, mais problemas nas contas públicas e na Previdência, com a queda relativa da arrecadação e dos empregos formais. No cálculo do Planalto, haveria gordura suficiente para estender até o ano da sucessão boa parte dos fatores econômicos favoráveis ao governo, além do ambiente de satisfação com o país e da confiança no futuro. Mas essa é uma aposta – uma aposta tão legítima quanto a da oposição. Com base na mesma realidade, os tucanos prevêem um aumento no índice geral de desconforto, mau humor e desconfiança nos próximos dois anos.
Para ficar no meio, vamos imaginar que em 2010 a economia estará pior do que hoje, mas com sinais vitais preservados, podendo recuperar-se ou não, dependendo do que fará o próximo presidente. Uma situação que tende a favorecer candidatos que pareçam capazes de organizar e comandar, que olhem para a crise com cara de mau. Ou seja: Serra e Dilma.
É razoável imaginar esse cenário, desde que as coisas não piorem demais lá fora. Lula pode, sim, chegar a 2010 com capital político para injetar em sua candidata sem experiência eleitoral. Mas não terá chances se até lá o governo gastar mal ou gastar demais; errar a mão nos juros ou desmoralizar o BC; e, é claro, se perder o controle da inflação. Nesse caso, Dilma será a candidata sem carisma de um governo impopular num país em crise. Como foi Serra, em 2002. Com o mesmo resultado e a mesma cara de mau.
domingo, 26 de outubro de 2008
Gabeira só ganha quando perde
" A trajetória política de Gabeira é marcada por um extraordinário paradoxo: ele ganha quando perde. Para ser mais preciso: só ganha quando perde.
Perdeu para a ditadura, apesar de tê-la golpeado algumas vezes. Exilou-se. Mas ao cabo venceu porque a ditadura desmoronou e ele pode voltar ao país com fama de herói. Soube aproveitá-la para dar início a uma carreira política convencional. Coleciona quatro mandatos de deputado.
Gabeira perdeu para Severino Cavalcanti, na época presidente da Câmara dos Deputados. Não foi a ameaça feita por Gabeira de derrubá-lo que forçou Severino a renunciar ao cargo e depois ao mandato. Severino caiu porque um concessionário de restaurantes revelou que o subornara.
A queda de Severino acabou atribuída ao discurso moralizador de Gabeira. Por isso o episódio é explorado no horário de propaganda eleitoral do candidato.
Gabeira perdeu para Renan Calheiros, presidente do Senado. Renan foi acusado de ter usado dinheiro de um lobista de empreiteira para pagar despesas da ex-amante.
Aos safanões, Gabeira rompeu a barreira de agentes de segurança que impedia o acesso de deputados ao plenário do Senado. Cobrou dos senadores o voto aberto na sessão de julgamento de Renan. O voto foi fechado. Renan escapou à cassação. Mas Gabeira ganhou novamente porque estava, digamos assim, do lado do bem.
Antes de perder para depois ganhar de Severino e Renan, Gabeira perdera e ganhara do PT, partido pelo qual fora eleito em 2002.
Mal começou o governo Lula, ele se desentendeu com o partido, tomou um chá de cadeira de três horas do ministro José Dirceu, da Casa Civil, pediu as contas e voltou para o Partido Verde, que ajudara a fundar.
Saltou fora do PT pouco antes de o PT afundar no escândalo do mensalão e nos sucessivos escândalos que abalaram o primeiro governo Lula.
No imaginário popular, políticos tradicionais são aqueles que ganham eleições – para no momento seguinte começar a perder respeito e credibilidade.
Por antigo no epicentro da política fisiológica do país – a Câmara dos Deputados -, Gabeira poderia ser um político desse tipo. É justamente o contrário. Com uma vantagem: nem se parece com um político. E age como se não fosse.
Sua campanha para prefeito é o mais notável e eficiente exemplo de anti-campanha de um político anti-político.
Falta dinheiro para gastar com cartazes, folhetos e cabos eleitorais? Em cena, a campanha que não suja a cidade. Que outra vantagem tirar de uma campanha pobre? A transparência. Metam-se então gastos e nomes de doadores na internet.
O público está farto da troca de ataques entre candidatos? Sem ataques. Completado o tripé que sustenta o discurso de campanha: limpeza, transparência e delicadeza. Acrescentem: promessas zero, conceitos no lugar de propostas concretas e ótima música. Eis a receita Gabeira.
Para ser coerente com sua trajetória, Gabeira deveria perder a eleição do próximo domingo porque a essa altura já a ganhou. Quem imaginaria há dois meses que ele chegasse até aqui?" (...)
Noblat acrescenta: Gabeira acreditou que a comunicação direta com o eleitor poderia levá-lo à vitória. Quase levou. Mas ao fim e ao cabo ganhou a política real. E o que é isso? Em resumo é a política de alianças, do loteamento futuro da máquina administrativa, dos gastos milionários, da propaganda massiva e das manobras sujas, às favas todos os escrúpulos.
- Você está disposto a pagar qualquer preço para vencer, eu não - disse Gabeira a Paes durante debate promovido pela Rede Bandeirantes de Televisão.
Acertou quanto a Paes. Acertou quanto a ele mesmo.
Gabeira sai desta eleição como o maior eleitor individual do Rio. Poderá ser candidato ao Senado em 2010. Poderá até mesmo disputar o governo. A política do Rio não passava por ele, um franco atirador. Passará doravante
Rio de Janeiro
Vila Velha (ES)
Belo Horizonte (MG)
Outras capitais
Porto Alegre (RS): JOSÉ FOGAÇA (PTB / PSDC / PMDB / PDT)
Florianopólis (SC): DÁRIO (PMDB / PR / PRB / PSC / PRTB / PSB / PHS / PRP)
Londrina (PR): ANTONIO BELINATI (PRB / PP)
São Paulo (SP): GILBERTO KASSAB (PR / PMDB / PRP / DEM / PV / PSC)
Rio de Janeiro (RJ): EDUARDO PAES (PMDB / PP / PSL / PTB)
No 'Triângulo das Bermudas' já está definido
No Rio, o novo prefeito é Eduardo Paes (PMDB).
Em São Paulo, sem novidades, afinal desde o começo as pesquisas já apontavam para uma vitória de Gilberto Kassab (DEM).
E por fim, em Belo Horizonte, Márcio Lacerda (PT), o poste do governador Aécio Neves (PSDB) e do prefeito Fernando Pimentel (PT).
O blog nas eleições
Apuração - Rio de Janeiro
Em um momento temos Gabeira em primeiro lugar, em outro Paes.
Pelo visto, aqui, será voto a voto.
Gabeira 50,65%
Paes 49,35%
Londrina: Boca-deurna
Antonio Belinati (PP): 53%
Luiz Carlos Hauly (PSDB): 47%
A pesquisa foi realizada no dia 26 de outubro de 2008. Foram entrevistados 2.000 eleitores.
A margem de erro é de 3 pontos percentuais para mais ou para menos.
Solicitante: Sociedade Rádio Emissora Paranaense S.A.
Registro: Pesquisa registrada sob número 3006/ 2008 na 41ª Zona Eleitoral de Londrina/ PR.
Ponta Grossa: boca-de-urna
Pedro Wosgrau (PSDB): 53%
Sandro Alex (PPS): 47%
A pesquisa foi realizada no dia 26 de outubro de 2008. Foram entrevistados 2 mil eleitores.
A margem de erro é de 3 pontos percentuais.
Solicitante: Sociedade Rádio Emissora Paranaense S/A.
Registro: Pesquisa registrada sob número 506/08 na 14ª Zona Eleitoral de Ponta Grossa/PR.
São Paulo
Rio de Janeiro - Boca-de-urna
Eduardo Paes (PMDB): 51%
Fernando Gabeira (PV): 49%
A pesquisa foi realizada no dia 26 de outubro de 2008. Foram entrevistados 6 mil eleitores.
A margem de erro é de 2 pontos percentuais.
Solicitante: Globo Comunicação e Participações S/A e S/A O Estado e São Paulo.
Registro: Pesquisa registrada sob número 559/08 na 228ª Zona Eleitoral de Rio de Janeiro/RJ
São Paulo - Boca-de-urna
Gilberto Kassab (DEM): 60%
Marta Suplicy (PT): 40%
A pesquisa foi realizada no dia 26 de outubro de 2008.Foram entrevistados 6.000 eleitores.
A margem de erro é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos.
Solicitante: Globo Comunicação e Participações S/A e S/A O Estado de São Paulo.
Registro: Pesquisa registrada sob número 2363/ 08 na 1ª Zona Eleitoral de São Paulo/ SP.
Pesquisa Boca-de-urna
Votos válidos
José Fogaça (PMDB): 57%
Maria do Rosário (PT): 43%
A pesquisa foi realizada no dia 26 de outubro de 2008. Foram entrevistados 4 mil eleitores.
A margem de erro é de 2 pontos percentuais.
Solicitante: TV Gaúcha S.A.
Registro: Pesquisa registrada sob número 39734/08 na 161ª Zona Eleitoral de Porto Alegre/RS.
Florianópolis: boca-de-urna
Votos válidos:
Dário Berger (PMDB): 61%
Esperidião Amin (PP): 39%
A pesquisa foi realizada no dia 26 de outubro de 2008. Foram entrevistados 4.000 eleitores.
A margem de erro é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos.
Solicitante: RBS TV de Florianópolis S.A.
Registro: Pesquisa registrada sob número 982/ 08 na 12ª Zona Eleitoral de Florianópolis/ SC.
Belo Horizonte: boca-de-urna
Votos válidos:
Marcio Lacerda (PSB): 56%
Leonardo Quintão (PMDB): 44%
A pesquisa foi realizada no dia 26 de outubro de 2008. Foram entrevistados 6.000 eleitores.
A margem de erro é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos.
Solicitante: Globo Comunicação e Participações S/A e S/A O Estado de São Paulo.
Registro: Pesquisa registrada sob número 8126/ 08 na 26ª Zona Eleitoral de Belo Horizonte/ MG.
Boca de Urna
Marcio Lacerda (PSB): 56%
Leonardo Quintão (PMDB): 44%
A pesquisa foi realizada no dia 26 de outubro de 2008. Foram entrevistados 6.000 eleitores.
A margem de erro é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos.
Solicitante: Globo Comunicação e Participações S/A e S/A O Estado de São Paulo.
Registro: Pesquisa registrada sob número 8126/ 08 na 26ª Zona Eleitoral de Belo Horizonte/ MG
O blog nas eleições
Boca-de-urna ilegal, faixas e panfletos apócrifos, prisões por crime eleitoral, urnas quebradas e substituídas. Tudo por enquanto dentro da taxa histórica.
Mais tarde vamos conhecer as taxas de abstenção para poder comparar com o primeiro turno e com a média nacional, para sabermos se o "efeito feriadão" teve alguma influência nos resultados eleitorais no Rio de Janeiro.
O blog nas eleições
O blog nas eleições
O blog nas eleições
Os desafios que os prefeitos das principais capitais terão em relação ao Meio Ambiente Entrevista com Sérgio Besserman, economista e ambientalista
O blog nas eleições
O blog nas eleições
O blog nas eleições
O blog nas eleições
O ministro Carlos Ayres Britto, está neste momento em entrevista coletiva.
O blog nas eleições
O blog nas eleições
Pesquisador da ESPM fala sobre o papel da mídia alternativa nas campanhas eleitorais do país Entrevista com Marcelo Coutinho, professor da Fundação Cásper Líbero e pesquisador da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM)
O desafio dos municípios na área da saúde Entrevista com Paulo Elias, professor da Faculdade de Medicina da USP e especialista em políticas de saúde
O declínio das oligarquias políticas pode ser observado em várias regiões do país, segundo professor de Ciência Política da PUC-SP e FGV Entrevista com Cláudio Couto, cientista político e professor de Ciência Política da PUC de São Paulo e Fundação Getulio Vargas
'Eleitor tende a votar com mais independência no segundo turno. Preferência do voto tem mais a ver com a personalidade do candidato do que com programa de partido ou alianças' Entrevista com Carlos Alberto Melo, cientista político e professor de sociologia e política na Ibmec-SP
'Há um certo exagero em relação à importância nacional das eleições municipais' Entrevista com Rubens Figueiredo, cientista político
O blog nas eleições
O blog nas eleições
“As eleições municipais não têm uma incidência automática nas eleições de 2010, e nem as de 2010 terão incidência nas de 2012″, disse Lula. “É preciso que a gente separe cada eleição. Quando o cidadão vai votar para presidente, é para presidente. Para prefeito é para prefeito”, disse Lula.
O blog nas eleições
As eleições de 2010 já começaram, apesar de o momento ser impróprio, diz cientista político da UnB
Entrevista com Otaciano Nogueira, cientista político da Universidade de Brasília
O blog nas eleições
O blog nas eleições
O blog nas eleições
A vereadora Lucinha (PSDB) foi convidada a se retirar de uma zona eleitoral em Campo Grande, na Zona Oeste do Rio, na manhã deste domingo (26). As informações são da assessoria do TRE.
Segundo o TRE, ela estava no local quando várias pessoas começaram a se aglomerar em torno da vereadora, e os fiscais pediram para que ela se afastasse do local, pois a situação poderia configurar boca-de-urna.
O blog nas eleições
O blog nas eleições
O blog nas eleições
O blog nas eleições
Kassab votou às 10h35 deste domingo (26), na 251ª Zona Eleitoral, no Alto de Pinheiros, Zona Oeste de São Paulo. Ele estava acompanhado do governador José Serra (PSDB) e por seus sobrinhos. Ao fim, eles posaram para fotos com a criançada.
O blog nas eleições
O blog nas eleições
O blog nas eleições
Por que São Paulo deve votar em Gilberto Kassab
Rodrigo Maia*
A resposta está sendo dada pelo próprio povo de São Paulo. Só me resta repetir, respeitar e festejar o que dizem os paulistanos: Gilberto Kassab é o prefeito com melhor avaliação da capital paulista desde que o instituto Datafolha iniciou seus trabalhos, nos anos 80. O governo Kassab tem avaliação ótima ou boa de 61% dos paulistanos. Os cidadãos da maior cidade do País reconhecem em Kassab um prefeito eficiente, sério, corajoso, realizador e voltado para as áreas mais importantes da gestão municipal, principalmente saúde e educação.
Mais uma vez, São Paulo consagra e oferece aos brasileiros um novo e promissor líder, tão bom administrador quanto político. Kassab é grande e auspiciosa novidade das eleições municipais de 2008 no País inteiro.
Já antes do processo eleitoral o cidadão conferia uma boa avaliação ao trabalho de Kassab. Como sempre afirmamos, a campanha eleitoral ofereceria a oportunidade de Kassab se associar aos bons resultados da gestão. Foi o que aconteceu. Para nós, o extraordinário resultado eleitoral obtido por Kassab não é nenhuma surpresa.
Kassab está finalizando a sua primeira campanha como cabeça-de-chapa numa eleição majoritária. Seus dois competidores diretos somavam nada menos do que seis eleições recentes. Partiram de um recall elevado, mas Kassab soube se impor a eles com brilho e competência. Os debates realizados deixaram claro que surge em São Paulo uma nova liderança política que vai prestar serviços relevantes para a democracia brasileira.
Kassab é um político novo na geração e nos costumes. Com 48 anos, engenheiro e economista pela Universidade de São Paulo, é um hábil articulador e um administrador perfeccionista. Herdou de José Serra um programa e uma equipe de governo e teve a sabedoria de manter as principais diretrizes. Também inovou e lançou novos programas. Destacou-se, em especial, por definir prioridades claras, alocar recursos e obter resultados.
As prioridades foram saúde e educação. A lei manda aplicar 15% dos recursos municipais em saúde. Kassab pôs 20%. Entregou 2 grandes hospitais, 115 Assistências Médicas Ambulatoriais, informatizou toda a rede de unidades de saúde, normalizou a distribuição de remédios e passou a entregá-los em casa, criou programa dedicado às mulheres grávidas. Os novos equipamentos municipais de saúde têm aprovação superior a 90% dos usuários segundo o Ibope.
Na educação, Kassab acabou com as escolas de lata deixadas pelo governo anterior e está próximo de acabar com o terceiro turno, das 11h às 15h, tão maléfico para estudantes e professores. Está entregando 217 escolas. Investiu em qualidade e colocou dois professores nas salas de alfabetização. O resultado é que 85% das crianças completam o segundo ano sabendo ler e escrever. Kassab fez tudo isso mesmo eliminando taxas e contribuições abusivas criadas na gestão anterior. Provou que, com boa gestão, é possível fazer mais e melhor com o dinheiro público. A gestão das finanças foi tão competente que a prefeitura voltou a investir no metrô.
Não faltam motivos para reeleger Kassab. Os paulistanos têm toda razão. Cabe aos eleitores do País inteiro, prazerosamente e com uma ponta de inveja, aplaudir a escolha.
* Rodrigo Maia é presidente do DEM
Por que São Paulo deve votar em Marta Suplicy
Ricardo Berzoini*
Mais uma vez, o povo de São Paulo vai às urnas diante de dois projetos claramente distintos em suas dimensões políticas, administrativas e ideológicas. De um lado, aparecem as forças conservadoras agrupadas em torno de uma visão elitista, preconceituosa e excludente da sociedade - que permanece viva neste início de século 21 sob a bandeira geral de um moribundo neoliberalismo e cujo símbolo maior, no caso da atual administração paulistana, talvez seja a política higienista contra moradores de rua e outros grupos sociais marginalizados (quando não ostensivamente hostilizados) pelo poder público local.
Desde 1988, no entanto, uma parcela significativa dos paulistanos tem dito não a esse modelo excludente - com o PT se destacando como protagonista entre as forças que lutam por uma cidade mais humana.
Quando conquistamos a Prefeitura de São Paulo - com Luiza Erundina (1989-1992) e Marta Suplicy (2001-2004) -, o PT e seus aliados inverteram a lógica de governar para poucos. Concentramos todo o esforço administrativo, bem como a maior parte dos recursos públicos, em programas que levam dignidade, oportunidade e cidadania também para a gigantesca e esquecida periferia de São Paulo.
Nesse sentido, houve avanços em muitos setores, com destaque inegável para as áreas de habitação, transporte, educação e cultura. Mas muito ficou por ser feito devido a problemas conjunturais e limitações orçamentárias. Apesar das dificuldades, o PT mudou a agenda da cidade.
Programas criados na gestão Marta tornaram-se referências nacionais e internacionais e hoje todos defendem os Centros Educacionais Unificados (CEUs), o bilhete único, os corredores de ônibus informatizados e a renda mínima, consolidada nacionalmente no Bolsa-Família.
Marta teve de administrar uma cidade falida herdada da catastrófica gestão Celso Pitta - do qual, nunca é demais registrar, Gilberto Kassab foi secretário de Planejamento!
Excetuando-se o antipetismo de certos meios de comunicação, que permanece inalterado, as demais condições mudaram muito nestes 20 anos. O cenário político já não é dominado pelo conservadorismo - embora ele ainda tenha grande poder de fogo - e a economia brasileira apresenta seu melhor desempenho das últimas décadas. No centro dessas duas mudanças está o sucesso do governo Lula, do qual Marta e o companheiro Aldo Rebelo foram expressivos colaboradores desde o primeiro dia de mandato.
Em condições assim, o segundo governo Marta - em parceria com as forças que apóiam sua candidatura - poderá promover a efetiva inclusão social, cultural, política e econômica de que São Paulo tanto necessita. Não só para continuar a se desenvolver, mas também, e principalmente, para se inserir de vez na nova sociedade brasileira que começou a emergir com a chegada de Lula à Presidência da República: em resumo, uma sociedade que defenda um Estado democrático, cuja principal função seja prover mais oportunidades para todos. Marta é desenvolvimento com inclusão, por uma cidade humana e solidária para todos.
*Ricardo Berzoini é presidente do PT