Com mais voto o candidato pode perder
Quem não se lembra em 2000 da disputa entre George W. Bush e Al Gore?
Respectivamente, eles tinham 47,87% e 48,83%.
Pelo processo eleitoral brasileiro, o vencedor seria o mais votado, nesse caso o Al Gore.
Mas não foi bem isso que aconteceu, não.
O vitorioso foi o George W. Bush, que se reelegeu em 2004.
Agora, como entender esse fenômeno?
Bem, o sistema eleitoral americano parece, à primeira vista, muito complexo. Mas prometo que tentarei ser o mais claro possível.
A eleição do presidente americano dos Estados Unidos depende de um colégio eleitoral. Não é como o nosso, aqui no Brasil, por exemplo, em que o candidato presidencial com mais votos nas urnas vence automaticamente o sufrágio.
O que acontece lá é diferente.
Os eleitores votam nos 50 estados e elegem os delegados que no colégio eleitoral vão eleger o presidente.
O número de delegados de cada estado é proporcional ao número de habitantes. Ou seja, quanto mais populoso o estado, mais delegados serão eleitos nesse estado para o colégio eleitoral.
Com isso, considerando em termos eleitorais e estratégicos, os candidatos passam a dedicar mais atenção aos grandes Estados, pois o peso no colégio eleitoral é superior.
Por exemplo, enquanto a Califórnia tem direito a levar 55 delegados para votarem no colégio eleitoral, Montana só pode designar três.
Em suma, quem dá o voto decisivo é o colégio eleitoral.
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Amanhã, 'O compromisso dos delegados com os candidatos'
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