Na série de reportagens sobre os desafios que o próximo presidente americano terá de enfrentar, o Jornal Nacional abordou, nessa terça-feira, a questão da imigração ilegal. Os correspondentes Rodrigo Alvarez e Sérgio Telles mostram que o número de ilegais espalhados pelos Estados Unidos ultrapassa o da população da cidade de São Paulo.
Roupas abandonadas às pressas. A garrafa d´água que faz milagre. O telefone de emergência anotado na meia do filho.
Um espinho atravessado no sonho americano. Imigração ilegal é questão econômica, humanitária e prioritária na disputa entre Barack Obama e John McCain.
No deserto do Arizona, fronteira sul dos Estados Unidos, Shawna sai como gato à procura do rato. "Esse país pertence aos americanos. Se o governo não faz a parte dele, nós vamos nos proteger", ela alega.
Shawna é comandante dos “Minute Men”, cidadãos americanos que defendem a fronteira com as próprias pistolas. São caçadores de imigrantes ilegais.
Os candidatos à presidência concordam que é preciso fechar as portas. Votaram a favor do muro de mais de mil quilômetros para isolar o México e revoltar o mexicano.
"O povo acaba dando um jeito de entrar, mas eles querem trabalho. Não somos criminosos", conta um membro do grupo.
O governo Bush constrói o muro de ferro, mas o maior obstáculo à imigração ilegal tem sido a crise econômica. A falta de empregos do lado norte-americano faz com que muitas pessoas desistam da aventura pela fronteira. Ainda assim, são mais de 12 milhões de imigrantes sem documento nos Estados Unidos. Entre eles, milhares de brasileiros. É uma bomba-relógio nas mãos do próximo presidente.
O democrata Barack Obama quer integração. Desde que os ilegais entrem na fila, paguem multas, aprendam inglês. O republicano John McCain pensava parecido.
Mas agora, para agradar aos conservadores, só discute o assunto com a fronteira 100% protegida.
A câmera noturna procura os imigrantes. A missão de encontrar a luz na fronteira será de McCain ou de Obama?
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