Acabei de ler na edição de hoje do Jornal O Estado de São Paulo duas opiniões sobre por que o eleitor paulista deve escolher Kassab e Marta, respectivamente.
Por que São Paulo deve votar em Gilberto Kassab
Rodrigo Maia*
A resposta está sendo dada pelo próprio povo de São Paulo. Só me resta repetir, respeitar e festejar o que dizem os paulistanos: Gilberto Kassab é o prefeito com melhor avaliação da capital paulista desde que o instituto Datafolha iniciou seus trabalhos, nos anos 80. O governo Kassab tem avaliação ótima ou boa de 61% dos paulistanos. Os cidadãos da maior cidade do País reconhecem em Kassab um prefeito eficiente, sério, corajoso, realizador e voltado para as áreas mais importantes da gestão municipal, principalmente saúde e educação.
Mais uma vez, São Paulo consagra e oferece aos brasileiros um novo e promissor líder, tão bom administrador quanto político. Kassab é grande e auspiciosa novidade das eleições municipais de 2008 no País inteiro.
Já antes do processo eleitoral o cidadão conferia uma boa avaliação ao trabalho de Kassab. Como sempre afirmamos, a campanha eleitoral ofereceria a oportunidade de Kassab se associar aos bons resultados da gestão. Foi o que aconteceu. Para nós, o extraordinário resultado eleitoral obtido por Kassab não é nenhuma surpresa.
Kassab está finalizando a sua primeira campanha como cabeça-de-chapa numa eleição majoritária. Seus dois competidores diretos somavam nada menos do que seis eleições recentes. Partiram de um recall elevado, mas Kassab soube se impor a eles com brilho e competência. Os debates realizados deixaram claro que surge em São Paulo uma nova liderança política que vai prestar serviços relevantes para a democracia brasileira.
Kassab é um político novo na geração e nos costumes. Com 48 anos, engenheiro e economista pela Universidade de São Paulo, é um hábil articulador e um administrador perfeccionista. Herdou de José Serra um programa e uma equipe de governo e teve a sabedoria de manter as principais diretrizes. Também inovou e lançou novos programas. Destacou-se, em especial, por definir prioridades claras, alocar recursos e obter resultados.
As prioridades foram saúde e educação. A lei manda aplicar 15% dos recursos municipais em saúde. Kassab pôs 20%. Entregou 2 grandes hospitais, 115 Assistências Médicas Ambulatoriais, informatizou toda a rede de unidades de saúde, normalizou a distribuição de remédios e passou a entregá-los em casa, criou programa dedicado às mulheres grávidas. Os novos equipamentos municipais de saúde têm aprovação superior a 90% dos usuários segundo o Ibope.
Na educação, Kassab acabou com as escolas de lata deixadas pelo governo anterior e está próximo de acabar com o terceiro turno, das 11h às 15h, tão maléfico para estudantes e professores. Está entregando 217 escolas. Investiu em qualidade e colocou dois professores nas salas de alfabetização. O resultado é que 85% das crianças completam o segundo ano sabendo ler e escrever. Kassab fez tudo isso mesmo eliminando taxas e contribuições abusivas criadas na gestão anterior. Provou que, com boa gestão, é possível fazer mais e melhor com o dinheiro público. A gestão das finanças foi tão competente que a prefeitura voltou a investir no metrô.
Não faltam motivos para reeleger Kassab. Os paulistanos têm toda razão. Cabe aos eleitores do País inteiro, prazerosamente e com uma ponta de inveja, aplaudir a escolha.
* Rodrigo Maia é presidente do DEM
Por que São Paulo deve votar em Marta Suplicy
Ricardo Berzoini*
Mais uma vez, o povo de São Paulo vai às urnas diante de dois projetos claramente distintos em suas dimensões políticas, administrativas e ideológicas. De um lado, aparecem as forças conservadoras agrupadas em torno de uma visão elitista, preconceituosa e excludente da sociedade - que permanece viva neste início de século 21 sob a bandeira geral de um moribundo neoliberalismo e cujo símbolo maior, no caso da atual administração paulistana, talvez seja a política higienista contra moradores de rua e outros grupos sociais marginalizados (quando não ostensivamente hostilizados) pelo poder público local.
Desde 1988, no entanto, uma parcela significativa dos paulistanos tem dito não a esse modelo excludente - com o PT se destacando como protagonista entre as forças que lutam por uma cidade mais humana.
Quando conquistamos a Prefeitura de São Paulo - com Luiza Erundina (1989-1992) e Marta Suplicy (2001-2004) -, o PT e seus aliados inverteram a lógica de governar para poucos. Concentramos todo o esforço administrativo, bem como a maior parte dos recursos públicos, em programas que levam dignidade, oportunidade e cidadania também para a gigantesca e esquecida periferia de São Paulo.
Nesse sentido, houve avanços em muitos setores, com destaque inegável para as áreas de habitação, transporte, educação e cultura. Mas muito ficou por ser feito devido a problemas conjunturais e limitações orçamentárias. Apesar das dificuldades, o PT mudou a agenda da cidade.
Programas criados na gestão Marta tornaram-se referências nacionais e internacionais e hoje todos defendem os Centros Educacionais Unificados (CEUs), o bilhete único, os corredores de ônibus informatizados e a renda mínima, consolidada nacionalmente no Bolsa-Família.
Marta teve de administrar uma cidade falida herdada da catastrófica gestão Celso Pitta - do qual, nunca é demais registrar, Gilberto Kassab foi secretário de Planejamento!
Excetuando-se o antipetismo de certos meios de comunicação, que permanece inalterado, as demais condições mudaram muito nestes 20 anos. O cenário político já não é dominado pelo conservadorismo - embora ele ainda tenha grande poder de fogo - e a economia brasileira apresenta seu melhor desempenho das últimas décadas. No centro dessas duas mudanças está o sucesso do governo Lula, do qual Marta e o companheiro Aldo Rebelo foram expressivos colaboradores desde o primeiro dia de mandato.
Em condições assim, o segundo governo Marta - em parceria com as forças que apóiam sua candidatura - poderá promover a efetiva inclusão social, cultural, política e econômica de que São Paulo tanto necessita. Não só para continuar a se desenvolver, mas também, e principalmente, para se inserir de vez na nova sociedade brasileira que começou a emergir com a chegada de Lula à Presidência da República: em resumo, uma sociedade que defenda um Estado democrático, cuja principal função seja prover mais oportunidades para todos. Marta é desenvolvimento com inclusão, por uma cidade humana e solidária para todos.
*Ricardo Berzoini é presidente do PT
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