O mundo está com fome. A ONU lançou o alerta: a crise de alimentos - cada vez mais caros e escassos - vai deixar, em pouco meses, milhões de pessoas na miséria. O problema foi chamado de "tsunami silenciosa."
Pela primeira vez, o tema vai estar na pauta do encontro do G8, reunião dos sete países mais ricos do mundo e da Rússia, marcada para julho. A União Européia e a Inglaterra já anunciaram uma ajuda milionária para os países mais pobres da África e da Ásia.
É uma crise globalizada, a pior crise de alimentos em 30 anos. Assusta o FMI, Banco Mundial, FAO, ONU. Provocou explosões de violência nas ruas de Haiti, Costa do Marfim, Camarões, Egito e Indonésia. Só este ano os preços do arroz subiram 140% no mundo. Num dia o preço do trigo subiu 25%.
É um nó de três pontas.
Primeiro: a mudança climática provocou secas e enchentes pelo mundo afora. Isto reduziu produção e estoques de alimentos.
Segundo: por causa da mudança climática, o mundo pensou no biocombustível. O Brasil tem a cana-de-açúcar, que compete pouco com alimento, mas os Estados Unidos usam o milho para fazer óleo. Isso subiu o preço do milho, do trigo e de todos os produtos que competem.
Terceiro: o mundo cresceu, a renda subiu, mais pessoas passaram a comer melhor na China, Índia, África, América Latina.
O Brasil pode ser parte da solução. Tem muita terra sendo desprezada. Não precisa desmatar.
Basta usar terra já desmatada. É preciso também acabar com barreiras e subsídios no comércio de alimentos para o mundo rico. Isto pode incentivar a produção em países mais pobres. Há muito a fazer, mas tem que ser feito já.
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Um comentário:
ler todo o blog, muito bom
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