Oito governadores estão com contas a pagar na Justiça Eleitoral. São eles:
1. Cassio Cunha Lima (PSDB), da Paraíba, cassado duas vezes pelo TRE, por distribuição de dinheiro a cabos eleitorais, por meio de uma fundação social do estado. Cassado pelo TSE, segura-se no cargo, comete barbaridades com o orçamento estadual, e é protegido pelo presidente nacional do PSDB, senador Sérgio Guerra. Inadmissível.
2. Jackson Lago (PDT), do Maranhão, é a bola da vez. Acusado de se beneficiar da distribuição de cestas básicas e kits salva-vidas pelo então governador José Reinaldo Tavares.
3. Luiz Henrique da Silveira (PMDB), de Santa Catarina, acusado de uso indevido dos meios de comunicação, propaganda eleitoral antecipada, abuso de poder político e abuso de poder econômico.
4 e 5. Marcelo Miranda (PMDB), de Tocantins, e Marcelo Déda, (PT), de Sergipe, também são acusados de uso indevido dos meios de comunicação, propaganda eleitoral antecipada, abuso de poder político e abuso de poder econômico.
6. Ivo Cassol (PPS), de Rondônia, é acusado de compra de votos por meio de cabos eleitorais chamados de “formiguinhas”.
7. Teotônio Vilela Filho (PSDB), de Alagoas, teve seu mandato contestado pelo adversário derrotado, João Lyra (PDT). Acusado de abuso de poder político e econômico.
8. Waldez de Góes (PDT), do Acre, acusado de uso indevido dos meios de comunicação, propaganda eleitoral antecipada, abuso de poder político e abuso de poder econômico.
Portanto, como parece que a fila está andando devagar, seria interessante que se eles são culpados, devem perder o mandato. Se são inocentes, que se arquive o processo. Simples assim.
Agora, se tudo correr como o previsto, o TSE vai começar o ano julgando a ação movida contra o governador do Maranhão, Jackson Lago (PDT).
Depois do papelão no caso do governador da Paraíba, Cassio Cunha Lima (PSDB), em que todos os embargos foram recusados, todos os recursos foram julgados e derrubados, mas o governador insiste em se manter no cargo, desafiando a tudo e a todos – e apoiado pela cúpula do PSDB!! –, o TSE tem nova chance hoje de recolocar o carro nos trilhos.
O governador Jackson Lago é acusado de se beneficiar da distribuição de cestas básicas e kits salva-vidas pelo então governador José Reinaldo Tavares. Além de convênios esquisitos feitos com as Prefeituras.
Ou seja, compra de votos, benefício de uso da máquina pública a favor de sua eleição.
Quem move a ação contra Jackson Lago é a coligação da candidata derrotada, Roseana Sarney (PMDB).
O clã Sarney moveu mundos e fundos para condenar Jackson Lago. É oligarquia poderosa, com influência conhecida no Legislativo, no Executivo e no Judiciário.
José Sarney manda uma barbaridade! Manda mais do que durante seu mandato como presidente da República (o dr. Ulysses não deixava).
Para enfrentar o poderio dos Sarney, a defesa de Jackson Lago está sendo sustentada no TSE por... um ex-presidente do TSE! Isso mesmo. Francisco Resek, ex-ministro do STF, ex-ministro de Fernando Collor, é quem defende o governador.
Os aliados de Jackson Lago argumentam que a derrota do governador devolverá o governo aos Sarney, uma oligarquia que vem mantendo há exatos 43 anos o Maranhão amarrado com bola de ferro ao atraso, à pobreza e à ignorância.
O Maranhão exibe os piores índices de desenvolvimento humano (IDH) do Brasil – ao lado de Alagoas, naturalmente, terra do senador Renan Calheiros (PMDB) e do governador Teotônio Villela (PSDB), outro governador pendurado no TSE.
Tudo isto é verdade. Mas também é verdade que não se pode manter o governador Jackson Lago no cargo, se ficar comprovado que ele se utilizou dos mesmos métodos da família Sarney para conquistar o governo do estado.
Afinal, o ex-governador José Reinaldo é cria da família Sarney e, como a maior parte das criaturas, brigou com o criador para seguir uma carreira solo.
Jackson Lago já foi prefeito de São Luís, derrotando candidatos da oligarquia Sarney.
Em 2006 chegou ao governo. Mas sua eleição foi imediatamente contestada pela senadora derrotada e encampada pelo Ministério Público.
Espera-se que o TSE decida esses casos antes mesmo de começarem a se programar para as próximas eleições e continuarem no poder amparados por liminares. Não dá mais para adiar. Afinal, é para isso que existe o Tribual Superior Eleitoral.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário