2007 termina sem grandes fanfarras na área política.
A produção legislativa do Congresso Nacional foi pífia, medíocre mesmo.
Mais ainda: cerca de 75% da produção legislativa de 2007 resultou de projetos emanados do Poder Executivo. Tem sido a regra dos últimos anos.
A Medida Provisória está matando o Legislativo brasileiro.
Agora, parlamentares aliados já negociam diretamente com o Executivo seus votos em troca de inserção de assuntos de seu interesse nas MPs editadas pelo Planalto.
Ninguém quer mais se dar ao trabalho de lutar por um projeto de lei.
Propostas de emenda constitucional dormem nas gavetas de suas Excelências.
Tudo é por MP.
O escândalo Renan Calheiros ofuscou tudo e todos: na mídia, ganhou do início do segundo mandato do presidente Lula.
No Senado, paralisou as atividades normais e expôs a verdadeira bagunça que reina no Senado da República.
Reféns de Renan, ficamos também reféns da CPMF, dois assuntos que ocuparam o ano político.
O trágico acidente da TAM expôs também, além da dor da perda, a fragilidade da atividade regulatória no Brasil.
Além do caos absoluto que reina no (des)controle aéreo brasileiro.
O desempenho da Anac foi prá lá de patético, foi irresponsável.
Nelson Jobim, que estreou com grande estardalhaço, decepcionou até agora.
Mas nem tudo é má notícia.
Os bons ventos da política sopraram do lado da sociedade.
Ao longo do ano, vários institutos de pesquisa divulgaram que a sociedade brasileira é contra o terceiro mandato para o presidente Lula;
é contra o fim da reeleição com a instituição de um mandato de cinco anos;
é contra o financiamento público de campanha;
é contra o voto em lista fechada;
foi contra a absolvição de Renan Calheiros;
aprovou o fim da CPMF.
Portanto, "viva o povo brasileiro"!
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