A Comissão de Ética Pública, órgão do governo, encaminhou hoje a Lula documento sugerindo a demissão do ministro do Trabalho, Carlos Lupi.
Ele ocupa ao mesmo tempo o ministério e a presidência do PDT.
O acúmulo dos cargos gera conflitos éticos e de interesse, segundo a Comissão.
Lupi diz que não deixará o ministério - muito menos a presidência do PDT. Salvo, naturalmente, se Lula demiti-lo.
Deseja que seja ouvida a Advocacia-Geral da União. Essa, por sua vez, adiantou que a Constituição não proibe a acumulação dos cargos.
Pura embromação de Lupi e da Advocacia-Geral.
O problema dele não é com a Constituição - é com o estatuto que regula o comportamento dos altos funcionários da administração pública.
Ao assumir o ministério, Lupi se comprometeu em respeitar o estatuto. E o estatuto considera aético o acúmulo de cargos dessa natureza.
Não basta que como ministro Lupi não adote decisões que possam beneficiar seu partido.
É preciso que ninguém possa supor que como ministro ele adotará decisões capazes de beneficiar seu partido.
É a ética, estúpido!
Se a a recomendação da Comissão não for acatada por Lula é melhor desativar a Comissão.
Por sinal Lula nunca deu muita bola para ela.
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