A ministra Matilde Ribeiro da Igualdade Racial - agora ex-ministra - saiu dizendo que houve racismo e preconceito no destaque dado à notícia do uso exagerado do cartão corporativo.
O ministro da Controladoria Geral da União, Jorge Hage, na coletiva de ontem disse que o problema era que o cartão pode ser usado para burlar a lei de licitações.
Estão os dois completamente errados.
O que o caso do uso do cartão corporativo mostra é um velho problema do governo, que não tem nada a ver com licitação nem com racismo: é a confusão entre o público e o privado.
Jorge Hage se controlasse melhor saberia que essa é uma velha doença que já apareceu em vários casos.
É a mesma falta de fronteira entre o público e o privado que levou o filho do presidente a levar os amigos num avião da FAB para fazer colonia de férias no Palácio Alvorada.
É a mesma confusão entre público e privado que faz com que a governador do Pará, Ana Julia Carepa, contrate na folha de salários do governo a sua cabeleireira.
São vários os casos em que as autoridades, nem depois do escândalo e depois da demissão não percebem onde é que está o erro que cometeram.
A luta contra o racismo é séria demais para estar sendo desculpa para o mau comportamento de quem quer que seja.
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