No ano passado, para pagar todos os impostos, taxas e contribuições exigidos pelos governos federal, estadual e municipal, o brasileiro teve de trabalhar 4 meses e 26 dias (146 dias).
Na década de 1970, o cidadão trabalhava 2 meses e 16 dias para pagamento dos tributos; na de 1980, 2 meses e 17 dias e, na década de 1990, 3 meses e 12 dias.
Comprometimento da renda
Segundo o levantamento, ao pagar os tributos, o cidadão brasileiro comprometerá 40,51% de seu rendimento bruto em 2008. Em 2003, este comprometimento era de 36,98%; em 2004, de 37,81%; em 2005, de 38,35% e, em 2006, de 39,72%.
A tributação incidente sobre os rendimentos (salários, honorários) é formada, principalmente, pelo Imposto de Renda Pessoa Física, pela contribuição previdenciária (INSS, previdências oficiais) e pelas contribuições sindicais. Além disso, ainda existem as tributações pelo consumo (PIS, Cofins e outros) e pelo patrimônio (IPTU, IPVA).
Faixa de renda
O levantamento ainda mostrou que a classe média - rendimento entre R$ 3 mil e R$ 10 mil - é a que mais precisa trabalhar para pagar os tributos: 157 dias, comprometendo 42,83% da renda bruta.
A classe alta (rendimento superior a R$ 10 mil por mês) tem de trabalhar 153 dias, comprometendo 41,72% da renda, e a classe mais baixa (rendimento de até R$ 3 mil), 141 dias e 38,63% da renda.
Outros países
Enquanto no Brasil se trabalham 147 dias para conseguir pagar os tributos, nos vizinhos Argentina (97 dias) e Chile (92 dias) não se trabalham nem cem dias. A título de comparação, o levantamento do IBPT ainda mostrou que na Suécia são necessários 185 dias, na França, 149, na Espanha, 137, e nos Estados Unidos, 102 dias.
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