Enviado por Leonardo Souza
A Polícia Federal e a sindicância interna da Casa Civil identificaram o secretário de Controle Interno do órgão, José Aparecido Nunes Pires, como o vazador do dossiê elaborado no Palácio do Planalto com gastos do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.
As duas investigações descobriram que houve uma troca de e-mails entre José Aparecido e o servidor do Senado André Fernandes, assessor do tucano Álvaro Dias (PSDB-PR).
Aparecido é militante histórico do PT. Foi levado para a Casa Civil por José Dirceu, o antecessor da ministra Dilma Rousseff. Funcionário de carreira do Tribunal de Contas da União, assessorou vários deputados petistas em CPIs, entre eles Dirceu, cassado em 2005 no escândalo do mensalão.
Os e-mails entre Aparecido e o assessor do senador tucano trazem conversas de natureza pessoal. Não fazem menção ao dossiê confeccionado dentro do Planalto ou ao levantamento das contas do governo passado. Mas, segundo a Folha apurou, tanto a PF como a sindicância interna têm provas de que foi anexada em uma dessas mensagens, datada de 20 de fevereiro, a planilha em Excel de 28 páginas com gastos editados e comentados de FHC, Ruth Cardoso e ex-ministros.
Na semana anterior ao vazamento, havia sido iniciada a montagem do dossiê por ordem de Erenice Guerra, secretária-executiva da Casa Civil e braço direito da ministra Dilma.
Leia a matéria completa, com extratos dos e-mails e entrevistas com os envolvidos na edição impressa da Folha desta sexta-feira, dia 9.
Outro lado
Procurada pela reportagem, a Casa Civil informou que não vai se manifestar sobre o caso. A pasta aguarda o final das investigações da PF e da sindicância interna sobre o caso para se pronunciar.
Dirceu informou que não vai comentar o caso. Álvaro Dias não foi localizado para falar sobre o vazamento.
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