A alta de juros de meio ponto percentual e a nota do Banco Central deram o recado: os juros vão continuar subindo nas próximas reuniões.
A grande questão é se o remédio amargo vai resolver o problema e reduzir a inflação. A resposta é a seguinte: vai resolver, mas não logo. Só que o Banco Central não tinha alternativa a não ser fazer o que fez.
Dentro do regime de metas de inflação, ele segue uma cartilha que diz o seguinte: se a inflação está subindo para além do centro da meta, se as expectativas de inflação estão subindo, se há forte demanda os juros têm que subir.
O que reduz o efeito do remédio no Brasil é que os juros já são tão altos, as pessoas tão acostumadas apenas a se perguntar se a prestação cabe no salário que eles têm efeito limitado.
Se o governo fizesse um ajuste nas contas, se gastasse menos, se cortasse despesas correntes, isso reduziaria a demanda pelo lado do governo. Diante disso, haverá mais chance de a inflação cair mais rápido. O Banco Central está trabalhando sozinho e com um remédio que tem efeito colateral à vista, e cura à prazo
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário