sexta-feira, 6 de junho de 2008

No Jornal O Globo desta sexta-feira

PT aponta irregularidade em contrato da Alstom

Serra reage afirmando que partido ‘faz tudo para atrapalhar e joga no quanto pior, melhor’

De Adauri Antunes Barbosa:

A bancada do PT na Assembléia Legislativa denunciou ontem irregularidades em um contrato do Metrô de São Paulo com a multinacional francesa Alstom. Segundo a bancada petista, o contrato foi feito sem determinar prazo para término nem o valor total da obra, a reforma e ampliação do Centro de Controle Operacional (CCO). O contrato foi assinado em 1994 e teria custado ao estado R$ 84 milhões. O governador José Serra (PSDB) protestou.

— O PT é contra o Metrô. Sempre foi. A prova é que a prefeita Marta Suplicy não botou um tostão furado no Metrô. E agora estão procurando criar notícia de imprensa como parte de campanha — reagiu Serra.

De acordo com o governador, o PT é contra a ampliação do Metrô na capital paulista e "faz tudo para atrapalhar". A prova, segundo Serra, de que os petistas jogam "no quanto pior melhor" é que a ex-prefeita Marta Suplicy, pré-candidata do partido ao Executivo este ano, não investiu "nenhum tostão furado" em Metrô quando administrou São Paulo, embora o Metrô seja vinculado ao estado e não à prefeitura. Para ele, existe "ciumeira" e os petistas "fazem tudo para atrapalhar".

Posse é irregular em 8,5% da Amazônia

Posseiros e grileiros ocupam área equivalente a São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Paraíba e Sergipe somados

De Soraya Aggege:

Pesquisa sobre a situação fundiária na Amazônia revela que pelo menos 42 milhões de hectares — área equivalente aos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Paraíba e Sergipe somados — estão em situação irregular ou totalmente fora de controle do governo. Um amontoado de documentos falsos, posses informais e sobreposições de títulos fazem desse trecho do território — 8,5% da região — uma terra sem dono. Boa parte está nas mãos de posseiros, mesmo depois de várias tentativas de regularização feitas pelo Incra. O levantamento foi elaborado pelo Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon) para um estudo do Banco Mundial.

— Trata-se, na prática, de uma privatização gratuita da floresta. Nunca pagaram pelas terras e continuam sem pagar impostos — avalia o coordenador da pesquisa, o engenheiro florestal Paulo Barreto.


Neudo Campos e Russomano são réus no STF

Ex-governador de RR já responde a nove ações e 12 inquéritos

De Carolina Brígido:

O Supremo Tribunal Federal (STF) abriu ontem processos contra os deputados federais Celso Russomano (PP-SP) e Neudo Campos (PP-RR). Russomano se tornou réu em ação penal por falsidade ideológica. O ex-governador de Roraima responde a acusação de peculato e formação de quadrilha, e passou a ser um dos campeões de processos no tribunal: são nove ações penais e 12 inquéritos.

Campos é acusado de liderar um esquema de desvio de dinheiro público quando era governador. As fraudes na folha de pagamento dos servidores estaduais, que teriam custado mais de R$ 230 milhões aos cofres de Roraima, foram desvendadas pela Polícia Federal em 2003, na Operação Gafanhoto.


Lula convida o petista José Pimentel para ministério

Posse deve ser na próxima semana; falta agora o sucessor de Marta

De Chico de Gois:


Desta vez, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi rápido na escolha de um ministro. Ele recebeu ontem, no Palácio do Planalto, o deputado federal José Pimentel (PT-CE) e o convidou para assumir o cargo de ministro da Previdência Social no lugar de Luiz Marinho, que renunciou para se candidatar à prefeitura de São Bernardo do Campo. A posse deve ser no início da próxima semana. Lula ainda não definiu o sucessor de Marta Suplicy para o Ministério do Turismo. Hoje, responde pela Pasta o secretário-executivo Luiz Eduardo Barreto Filho.

O deputado, segundo a assessoria de imprensa da Presidência, concordou com uma das premissas de Lula para assumir o cargo: não ser candidato à reeleição ção em 2010. Pimentel já confidenciara que não deseja mais concorrer à Câmara. Está no quarto mandato, e seu sonho era ocupar uma vaga no Tribunal de Contas da União (TCU).

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