Reportagem da revista Veja acusa a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) de grampear o presidente do STF, ministros do governo Luiz Inácio Lula da Silva, políticos do governo e da oposição, com base em informações de um servidor anônimo da agência. A publicação traz um diálogo entre Mendes e o senador Demóstenes Torres (DEM), em 15 de julho. Conforme a revista, os ministros de Relações Institucionais, José Múcio, e da Casa Civil, Dilma Rousseff, também teriam sido grampeados.
Por meio de seu porta-voz, o STF informou que o conselho de ministros "decidiu aguardar as providências exigidas pela gravidade dos fatos".
A Abin encontra-se agora no epicentro de várias denúncias e sob a mira das instituições atingidas. Independentemente de ter ou não participação no recente episódio de escutas ilegais, há na agência uma briga cristalizada. O setor de operações, coração do serviço secreto e área responsável pelas investigações da instituição, é alvo de disputas entre diversos grupos.
Nomeado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Paulo Lacerda assumiu a diretoria-geral da Abin no ano passado com a incumbência de exercer mais controle sobre ela. De lá para cá, a agência já foi envolvida em dois casos rumorosos. No primeiro, por ocasião da operação Satiagraha, Lacerda negou o uso de grampos para contribuir com a Polícia Federal. Agora, o tema de escuta ilegal volta à berlinda. Legalmente, a Abin não tem prerrogativa de operar com escutas ilegais.
Por conta da reportagem de Veja, a agência abriu sindicância interna e pediu que o Ministério Público e a Polícia Federal apurem o caso.
E, ontem o presidente Luiz Inácio da Silva, afastou temporariamente a cúpula da Abin.
Agora, vamos ver como segue as investigações e esperar que o sigilo volte a ser preservado entre os Três Poderes.
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