Como na última sexta-feira acompanhei o debate dos candidatos a prefeitura do Rio de Janeiro pela Rádio CBN, decidi, ontem, acompanhar o debate de São Paulo veiculado pela Rede Record.
O que Marta Suplicy(PT) precisava desesperadamente no debate da Record, a uma semana da eleição, não aconteceu: algum fato que pudesse virar a eleição do próximo domingo a seu favor contra o líder das pesquisas, Gilberto Kassab (DEM).
O debate não teve novidades e, como nos anteriores, mais se falou do passado do que do futuro.
Ambos cometeram gafes.
Ele quando leu uma interminável lista de "antes não tinha, agora tem", comparando sua gestão com a de Marta, e disse que "antes não tinha gasolina fajuta, agora tem". E ela quando disse que como ministra do Turismo levou ao presidente Lula uma plano de ação para a realização da Copa do Mundo de "1914".
Isso mesmo, quase um século atrás.
Kassab finalmente respondeu à pergunta do comercial de Marta: "Sou solteiro, sou feliz, sou engenheiro e sou economista". E ela, finalmente, mas bem no finzinho mesmo, pediu desculpas a ele, depois de defender exaustivamente o direito do eleitor de saber detalhes da vida dos candidatos.
Mas essa foi apenas uma das dezenas de desculpas que Marta pediu ao eleitor durante o debate.
Kassab se preparou melhor desta vez. Falou direto ao telespectador, ficou mais a vontade, pediu o voto e reagiu mais rápido nos ataques e contra-ataques.
Marta teve que ficar na defensiva e essa posição lhe deixou um pouco menos arrogante que nos debates anteriores.Talvez até mais insegura. Mas nem tanto.
Ela ficou nervosa algumas vezes e chegou a levantar a voz para o adversário, apelando que ele dissesse a verdade.
O momento de maior nervosismo de Marta foi quando ela caiu na mesma esparrela que já havia caído no debate da Band, na semana passada. Interrompeu Kassab quando ele falava sobre a relacão dela com a turma do mensalão e pediu direito de resposta. Que foi negado pela comissão de juristas de plantão na emissora. Ponto pra Kassab.
O debate começou dinâmico com as perguntas das jornalistas sobre notícias atuais, como o confronto entre a Polícia Miltar e a Civil em greve. Mas começou a esfriar a partir do segundo bloco, o de perguntas entre candidatos. Melhor pra Kassab, que está na frente e a quem não interessa marola na reta final.
Por isso, quando Marta tentava aquecer, ele esfriava recorrendo a seus diplomas de engenheiro e economista para, didaticamente, explicar que a assessoria dela havia se equivocado em alguma informação.
O resultado: Kassab levou vantagem.
Agora, vamos ver se esta vantagem ele continuará tendo até domingo, dia do segundo turno das eleições.
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