Estava escrito nas estrelas. A chapa ia começar a esquentar na Bahia, assim que se proclamassem os resultados das eleições para a prefeitura de Salvador.
Pois desenrola-se na Bahia mais um emocionante capítulo da disputa pelo controle da política estadual e pela conquista do espólio de ACM.
O ministro Geddel Vieira Lima (PMDB) e o governador Jacques Wagner (PT) enfrentaram-se nas eleições para a prefeitura de Salvador.
O afilhado do governador, Walter Pinheiro (PT), perdeu para o afilhado do ministro, João Henrique (PMDB), que se reelegeu.
Agora, Geddel Vieira Lima quer que o PMDB baiano se afaste do governo. Para oficializar suas intenções, publicou artigo no jornal “A Tarde”, de Salvador, colocando à disposição do governador Jacques Wagner todos os cargos do PMDB na administração estadual.
O partido controla duas Secretarias poderosíssimas: Infra-Estrutura (especialmente útil no interior, por conta de obras e contatos com os prefeitos) e Indústria, Comércio e Mineração. Mas o PMDB está presente ainda em diretorias de empresas e autarquias.
Ora, até as pedras do calçamento do Pelourinho sabem que, quando o PMDB se dispõe a deixar algum cargo público (qualquer um), é porque está pintado para a guerra.
O governador, que está no exterior, ainda não se manifestou publicamente a respeito do artigo do ministro Geddel.
Mas a briga, que estava mantida em banho-maria até as eleições municipais, escancarou de vez e promete lances emocionantes.
Não podemos esquecer de que o Geddel Vieira Lima é ministro poderoso e um dos principais articuladores da aliança entre o PMDB e o governo Lula.
O outro contendor, Jacques Wagner, governa um estado importante e pode vir a ser o Plano B do PT, caso a candidatura da ministra Dilma Roussef não decole.
É briga de cachorro grande, que pode desabar no colo do presidente Lula, justo no momento em que o presidente está tentando articular a sucessão nas presidências da Câmara e do Senado.
A chapa está esquentando.
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