Em 1961, João Goulart assumiu a presidência do Brasil logo após a renúncia do então presidente Jânio Quadros, que governou o país por sete meses.
Os setores conservadores, aliados aos militares, não concordavam com as medidas propostas pelo novo presidente, conhecidas como reformas de base, que incluíam reforma agrária, cortes de subsídios dados à importação de certos produtos, reforma urbana, reforma bancária, reforma eleitoral e reforma educacional. Desde aquela época já se falavam nas “reformas” governistas.
Após uma planejada campanha de descentralização do governo, em 31 de março de 1964 um golpe (refere-se às mudanças políticas realizadas com base em violação à Constituição de um país, em geral de forma violenta por parte daqueles que pretendem assumir o poder) militar derrubou João Goulart.
A partir desse momento, os militares passaram a agir com o intuito de desmoralizar toda e qualquer oposição ao regime. As organizações trabalhistas, como o Comando Geral dos Trabalhadores (CGT), os políticos e os jornalistas de oposição e os estudantes estiveram entre os alvos da repressão.
A violência atingiu especialmente as organizações vinculadas às Ligas Camponesas, sobretudo no Nordeste. A União Nacional dos Estudantes (UNE) foi fechada e teve seu prédio incendiado.
Logo depois do golpe, ficou claro que o Brasil entraria em uma ditadura militar. Representantes das Forças Armadas do Exército, Marinha e Aeronáutica estariam no poder. Com isso, em abril do mesmo ano foi editado o Ato Institucional nº 1.
Entretanto, até hoje o significado do período militar divide opiniões no Brasil e no mundo.
Professores, políticos, militares, imprensa nacional e estrangeira apresentam opiniões diferentes sobre o período.
Mas de uma coisa temos certeza: foi o período mais maquiavélico que o país já passou em toda sua história.
E, é nesta noite que completa-se 45 anos do Golpe Militar.
“... em 1964 a Nação recebeu um tiro no peito. Um tiro que matou a alma nacional...” Herbert José de Souza – O Betinho.
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