"Em face da reportagem do jornal O Estado de S. Paulo em sua edição do último dia 25, julguei do meu dever pedir um pouco de atenção para repor a verdade dos fatos ali deturpados por imprecisões, omissões e falsas ilações.
No mesmo dia da publicação da reportagem, quinta feira, o HSBC divulgou uma nota que, lamentavelmente, não mereceu o mesmo destaque da falsa denúncia. Nela, o banco esclarece a cronologia dos fatos e os modestos resultados empresariais que, por si só, calam quaisquer insinuações de favorecimento. Peço-lhe ler a nota do HSBC.
A autorização do Senado - peço para fixar essa data - para operar em crédito consignado com o HSBC foi em maio de 2005 quando eu não ocupava nenhum cargo na Casa. A empresa da qual é sócio José Adriano Sarney, a Sarcris, começou a operar em 11 de setembro de 2007, portanto, dois anos depois da autorização.
A empresa atuou como parceira do banco num mercado que inclui empresas privadas e instituições públicas. Quando assumi a presidência em fevereiro, a Sarcris já estava descredenciada pelo HSBC e não operava mais no Senado.
Assim, nenhuma ligação pode ser feita entre a minha presidência e o fato objeto da reportagem.
Quero também comunicar-lhe que pedi à Polícia Federal que investigue todos os empréstimos consignados no Senado e as empresas que os operam.
Faço juntar, para seu conhecimento, a carta encaminhada por meu neto ao "Estado de S. Paulo", a nota do HSBC com mais detalhes sobre o assunto e o meu pedido de investigação à Polícia Federal.
Quero reafirmar que nenhuma denúncia ficará sem apuração e que todas as medidas estão sendo adotadas com firmeza e decisão.
Com os meus cumprimentos.
Senador José Sarney (PMDB-AP)"
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