Lucia Hippolito
O senador João Pedro (PT-AM), suplente do ministro dos Transportes Alfredo Nascimento, preside a CPI da Petrobrás.
O senador Paulo Duque (PMDB-RJ), suplente do suplente do governador Sérgio Cabral, preside o Conselho de Ética do Senado.
O senador Wellington Salgado (PMDB-MG), suplente do ministro Hélio Costa, é um dos mais proeminentes membros da tropa de choque do senador Renan Calheiros.
O senador Gim Argello (PTB-DF), suplente do ex-senador Joaquim Roriz, que renunciou ao mandato para não ser cassado por corrupção, é homem forte da tropa de choque de Renan Calheiros e o mais próximo e poderoso conselheiro da ministra Dilma Rousseff.
É fascinante a meteórica ascensão de Gim Argello. De início vinculado a Roriz como acusado de grossa corrupção, não foi submetido ao Conselho de Ética porque os senadores entendem que atos anteriores ao mandato não são analisados pelo Conselho de Ética.
Salvo por esta interpretação, Gim Argelo galgou rapidamente os degraus até a tropa de choque de Renan Calheiros, subiu a rampa do Palácio do Planalto e hoje é vice-líder do governo e conselheiro de Dilma Rousseff.
Os senadores citados acima são os mais notórios entre os 17 suplentes de senador atualmente exercendo o mandato. Por morte, renúncia ou licença do titular.
Todos aqueles que se preocupam com a vitalidade das instituições democráticas, com a boa prática política, em suma, com a moral e os bons costumes, sabem muito bem que a figura do suplente de senador é uma excrescência.
Políticos sem um único voto assumem cadeira no Senado da República e decidem sobre nossas vidas.
Disputam parcelas do Orçamento, votam nomeações de indicados do presidente da República para cargos na administração, aprovam tratados internacionais.
Tudo isto regado a fartas doses de privilégio, altos salários, cotas de gasolina, apartamento funcional ou auxílio-moradia, plano de saúde vitalício, centenas de funcionários, gabinete privativo e convívio com figurões do governo, da alta finança e do empresariado.
Ah, e também o direito de empregar toda a parentela, amante e filho de amante, assessor de coisa nenhuma.
Que vida boa! E tudo isso sem ter que fazer o esforço de captar um mísero voto.
Por essas e outras é que quem tem por ofício analisar a política nacional e o comportamento dos políticos não tem a menor ilusão.
O suplente de senador não vai desaparecer.
Não tendo que se submeter ao escrutínio do eleitorado, o suplente pode dar as costas à opinião pública. Por isso, é usado pelos cardeais do Senado para fazer todo tipo de trabalho.
Desde o mais impopular até o mais antiético.
Serve para presidir Conselho de Ética e arquivar processos contra senadores poderosos.
Serve para assar pizza em CPI.
Serve para participar de tenebrosas transações onde se negocia tudo e todos.
Em suma, o suplente de senador é utilíssimo!
Sua sobrevivência está garantida no Brasil.
O senador João Pedro (PT-AM), suplente do ministro dos Transportes Alfredo Nascimento, preside a CPI da Petrobrás.
O senador Paulo Duque (PMDB-RJ), suplente do suplente do governador Sérgio Cabral, preside o Conselho de Ética do Senado.
O senador Wellington Salgado (PMDB-MG), suplente do ministro Hélio Costa, é um dos mais proeminentes membros da tropa de choque do senador Renan Calheiros.
O senador Gim Argello (PTB-DF), suplente do ex-senador Joaquim Roriz, que renunciou ao mandato para não ser cassado por corrupção, é homem forte da tropa de choque de Renan Calheiros e o mais próximo e poderoso conselheiro da ministra Dilma Rousseff.
É fascinante a meteórica ascensão de Gim Argello. De início vinculado a Roriz como acusado de grossa corrupção, não foi submetido ao Conselho de Ética porque os senadores entendem que atos anteriores ao mandato não são analisados pelo Conselho de Ética.
Salvo por esta interpretação, Gim Argelo galgou rapidamente os degraus até a tropa de choque de Renan Calheiros, subiu a rampa do Palácio do Planalto e hoje é vice-líder do governo e conselheiro de Dilma Rousseff.
Os senadores citados acima são os mais notórios entre os 17 suplentes de senador atualmente exercendo o mandato. Por morte, renúncia ou licença do titular.
Todos aqueles que se preocupam com a vitalidade das instituições democráticas, com a boa prática política, em suma, com a moral e os bons costumes, sabem muito bem que a figura do suplente de senador é uma excrescência.
Políticos sem um único voto assumem cadeira no Senado da República e decidem sobre nossas vidas.
Disputam parcelas do Orçamento, votam nomeações de indicados do presidente da República para cargos na administração, aprovam tratados internacionais.
Tudo isto regado a fartas doses de privilégio, altos salários, cotas de gasolina, apartamento funcional ou auxílio-moradia, plano de saúde vitalício, centenas de funcionários, gabinete privativo e convívio com figurões do governo, da alta finança e do empresariado.
Ah, e também o direito de empregar toda a parentela, amante e filho de amante, assessor de coisa nenhuma.
Que vida boa! E tudo isso sem ter que fazer o esforço de captar um mísero voto.
Por essas e outras é que quem tem por ofício analisar a política nacional e o comportamento dos políticos não tem a menor ilusão.
O suplente de senador não vai desaparecer.
Não tendo que se submeter ao escrutínio do eleitorado, o suplente pode dar as costas à opinião pública. Por isso, é usado pelos cardeais do Senado para fazer todo tipo de trabalho.
Desde o mais impopular até o mais antiético.
Serve para presidir Conselho de Ética e arquivar processos contra senadores poderosos.
Serve para assar pizza em CPI.
Serve para participar de tenebrosas transações onde se negocia tudo e todos.
Em suma, o suplente de senador é utilíssimo!
Sua sobrevivência está garantida no Brasil.
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