Nunca antes na história deste país um escândalo foi tão generalizado e tão bem documentado, em imagens e sons que falam com eloquência arrasadora. O governador promete "provas irrefutáveis de inocência". Ele é engenheiro, conhece as leis da física, sabe que as leis do som e da ótica são exatas. Terá que encontrar provas irrefutáveis de que não é o que vemos e ouvimos.
Até o presidente do Supremo qualificou o caso de "gravíssimo". O presidente da República em exercício, José Alencar, disse que o caso "é um desastre", que precisa de investigação rigorosa e punição, que a impunidade não pode continuar, que o Brasil é conhecido como o país da impunidade, porque as pessoas fazem coisas erradas e fica por isso mesmo. É bom repetir essa constatação de José Alencar, que tem moral para isso.
Fala-se muito em reforma política, como solução para isso. Mas todo mundo acha que pode cometer crimes e sair impune. Fazem e não há punição. O próprio Arruda passou incólume pela violação do painel do Senado; só renunciou e voltou. O processo dos 40 mensaleiros vai se arrastar por anos. Alguns já voltaram e outros voltarão. O projeto de iniciativa popular com 1,3 milhão de assinaturas está na Câmara parado, criando a poeira e a teia de aranha da impunidade.
O senador Demóstenes Torres disse que faltou coragem ao DEM. Por que faltou coragem? O que o DEM tem a esconder, o que teme o DEM da boca do governador Arruda? Toda essa argumentação não consegue dar resposta a uma perguntinha básica: por que dinheiro vivo? Ir buscar ou levar o dinheiro, guardar na bolsa, no bolso, na meia, na cueca, dá um trabalho danado e há o risco de assalto.
Por que dinheiro vivo? Por que não uma simples transferência bancária, de conta-corrente para conta-corrente, é tão simples, tão cômodo, tão barato, tão seguro.
O que eu quero dizer com isso é que o simples uso do dinheiro vivo fala por si.
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