sábado, 19 de fevereiro de 2011

Qualidade do crédito e inadimplência em queda impactam resultado

Os índices de inadimplência do Banco do Brasil mantiveram-se abaixo do observado no Sistema Financeiro Nacional ao final de dezembro como consequência, principalmente, da melhora no risco de crédito e indicadores de qualidade da carteira. As operações vencidas há mais de 90 dias atingiram 2,3% da carteira de crédito, melhora de 100 pontos base em relação a dezembro de 2009, enquanto o SFN registrou índice de inadimplência de 3,2%.
O Banco do Brasil manteve também a prudência e a postura conservadora na gestão do risco do crédito. O saldo das provisões encerrou o trimestre em R$ 17,3 bilhões. O risco médio registrado pelo BB foi 4,3%, menor que o registrado no trimestre anterior 4,8% e pelo SFN 5,6%.

Em linha com a melhora observada na qualidade da carteira, houve redução nas despesas com provisões para créditos de liquidação duvidosa (PCLD), as quais acumularam R$ 2,1 bilhões no trimestre, queda de 27,4% sobre o mesmo período do ano anterior. As despesas com PCLD contabilizadas em 2010, também, foram inferiores ao valor registrado no mesmo período do ano passado (R$ 10,7 bilhões, contra R$ 11,6 bilhões), mesmo com crescimento do volume de crédito.
O BB melhorou, ainda, seus índices de recuperação de crédito. No ano, foram recuperados R$ 3,3 bilhões de créditos baixados como prejuízo, montante 22,7% superior ao recuperado em 2009. No trimestre, o volume de recuperação de créditos correspondeu a 29,1% do volume registrado como perdas no período.

Captações totais alcançam R$ 519 bilhões

A base de 54,4 milhões de clientes, aliada à rede de 18,4 mil pontos de atendimento, permitiu que o BB ampliasse sua base de depósitos, mantendo sua liderança no Sistema Financeiro Nacional.

O BB registrou R$ 519 bilhões em captações totais no final de 2010, evolução de 4,1% em relação a 2009. Em depósitos, o BB captou R$ 376,9 bilhões, volume 11,6% superior ao ano de 2009. Destaque para as captações em poupança e depósitos à vista que totalizaram, respectivamente, R$ 89,3 bilhões e R$ 63,5 bilhões, crescimento de 17,9% e 12,5% em 12 meses. Em captações no mercado aberto, o volume soma R$ 142,2 bilhões no período.

Nas captações externas, destaque para as emissões de títulos com prazo de 5 e 10 anos por meio do programa Global Medium Term Notes – GMTN que atraíram US$ 1,45 bilhão. Ao final de 2010, o saldo das captações externas alcançou US$ 25,1 bilhões, variação de US$ 3,4 bilhões ou 15,6% em relação a 2009.

Liderança em administração de recursos de terceiros

Maior administrador de recursos de terceiros, o Banco do Brasil, por meio da BB DTVM, alcançou R$ 360,2 bilhões em recursos administrados, com crescimento de 17,4% em 12 meses e 21,2% de participação no mercado, segundo a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiros e de Capitais (Anbima).

Na visão consolidada, incluindo os 50% dos recursos administrados pelo Banco Votorantim, o BB administra R$ 372,3 bilhões, equivalentes a 21,9% do mercado de administração de recursos de terceiros.

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