Filho da governadora do Rio Grande do Norte é preso em operação da PF
Publicada em 13/06/2008 às 15h09m
A Polícia Federal prendeu na manhã desta sexta-feira o assessor parlamentar Lauro Maia, filho da governadora do Rio Grande do Norte, Wilma de Faria (PSB), acusado de participar de uma quadrilha que desviava verba pública. Ao todo, 13 pessoas foram presas no Rio Grande do Norte e na Paraíba, acusadas do desvio de cerca de R$ 36 milhões. A Operação Hígia, que conta com 190 policiais federais, deverá cumprir ainda 42 mandados de busca e apreensão. Ainda falta cumprir um mandado de prisão. A governadora ainda não se pronunciou.
Entre os presos, também estão João Henrique Alves Lins Bahia Neto, secretário estadual adjunto de Esporte e Lazer do RN; Maria Eleonora Lopes de Albuquerque Castim, diretora financeira da Secretaria Estadual de Saúde e esposa do secretário estadual de Seguraça e Defesa Social, Carlos Castim; e Rosa Maria de Apresentação Figueiredo Caldas Câmara, procuradora do estado.
Também foram presos Herbert Florentino Gabriel e Jane Alves de Oliveira, integrantes do grupo empresarial Emvipol, Anderson Miguel da Silva, Francenildo Rodrigues de Castro, Francisco de Alves de Souza Filho, Luciano de Souza, Marco Antônio França de Oliveira e Ulisses Fernandes de Barros. Mauro Bezerra da Silva foi detido em João Pessoa.
A PF busca provas de fraudes em processos de licitação em hospitais. Há suspeita de corrupção de agentes públicos e tráfico de influência para contratações emergenciais. Os contratos com empresas eram fechados e prorrogados mediante o pagamento de propina a servidores públicos. O pagamento das faturas mensais dos contratos ilicitamente celebrados equivale a R$ 2,4 milhões ao mês, e os valores dos contratos fraudados chegariam aos R$ 36 milhões.
As investigações começaram no final de 2005 e foram conduzidas pela Superintendência Regional da PF no Rio Grande do Norte.
Os presos poderão responder pelos crimes de falsidade ideológica, peculato, corrupção, prevaricação, tráfico de influência, fraude à licitação, dispensa indevida de licitação, patrocínio de interesse privado e prorrogação contratual indevida. As penas variam de 3 meses a 12 anos de reclusão, podendo chegar ao máximo de 65 anos. O nome da operação é uma referência à deusa grega da saúde e da limpeza.
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