O presidente Luiz Inácio Lula da Silva reuniu nesta quarta-feira a coordenação política para avaliar o resultado das eleições municipais e planejar sua participação na campanha do segundo turno. A equipe avaliou que o presidente só deve se envolver -seja pessoalmente ou gravando pronunciamento para os programas eleitorais - nas cidades onde houver polarização entre candidatos da base aliada e da oposição.
Isso significa que Lula não subirá no palanque do peemedebista Eduardo Paes no Rio, já que o PV de Fernando Gabeira, adversário de Paes no segundo turno, também faz parte da base do governo federal. Nesta quarta, Paes recebeu o apoio oficial do PT do Rio , e tinha esperança de contar com Lula em sua campanha.
Além do Rio, as outras cidades excluídas do roteiro de Lula no segundo turno são: Porto Alegre, onde a disputa será entre PMDB e PT; Florianópolis (PMDB x PP); Belém (PTB x PMDB); Salvador (PMDB x PT); Belo Horizonte (PSB x PMDB); Manaus (PTB x PSB) e Macapá (PSB x PDT).
O presidente deve fazer campanha em São Paulo (DEM x PT), São Luís (PSDB x PCdoB) e Cuiabá (PSDB x PR), além de cidades do ABC Paulista. Lula deverá retomar as discussões sobre a campanha eleitoral com o ministro das Relações Institucionais, José Múcio Monteiro.
O presidente incorporou à reunião de coordenação os ministros Geddel Vieira Lima (Integração), Hélio Costa (Comunicações) e Alfredo Nascimento (Transportes) para tratar do segundo turno em Salvador, Belo Horizonte e Manaus, respectivamente.
- Para mim, em Salvador deveria dar empate - afirmou José Múcio, lamentando que Geddel e o governador petista Jaques Wagner, aliados nas eleições de 2006, estejam agora em campos opostos .
Em Salvador, o prefeito João Henrique (PMDB) disputará o segundo turno contra Walter Pinheiro (PT):
- Temos dois aliados nas últimas eleições e seria melhor que eles não dividissem agora esse patrimônio político - disse José Múcio.
Após a reunião da coordenação política, Geddel Vieira Lima declarou que independentemente do resultado em Salvador, o PMDB baiano não tem atrelamento automático com o PT do governador Jaques Wagner para a disputa de governo e Senado no estado em 2010.
A decisão de Lula vale para todos os representantes do primeiro escalão, que não devem participar de campanha fora de seus estados de origem, onde partidos aliados estão em disputa. A intenção é evitar um racha na base governista no Congresso. Essa seria uma saída para barrar, por exemplo, a ida de Dilma Rousseff a Salvador, para reforçar a campanha de Walter Pinheiro.
Após a reunião da coordenação política, Lula ainda conversou separadamente com Geddel e depois convidou Jaques Wagner para almoçar.
- O presidente declarou que, vença quem vencer na Bahia, terá nele um parceiro. Mas que, até lá, não vai se meter. O que o presidente quer é que seja uma eleição da Bahia, sem ministros de fora - disse Geddel.
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