No Brasil, um país de dimensões continentais tão acentuadas e de tantas diversidades culturais, é na música e na dança que o 'jeitinho brasileiro de ser' se manifesta com força marcante, demonstrando ao mundo uma forma de se expressar peculiar do povo brasileiro. E, com certeza, o forró é uma dessas grandes manifestações, onde se dança o baião, o xote, a toada e o xaxado, em todo o território nacional.
A data é uma homenagem ao dia do nascimento do maior sanfoneiro que o Brasil conheceu, Luiz Gonzaga. Foi instituída pela Lei nº 11.176, sancionada pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, em 6 de setembro de 2005, e que teve origem no Projeto de Lei nº 4265/2001, de autoria da deputada federal Luiza Erundina (PSB/SP).
Luiz Gonzaga é uma das maiores expressões da nossa brasilidade. Asa Branca, do folclore nordestino, tornou-se um verdadeiro hino por um Brasil sem injustiças, graças ao seu talento. Respeita Januário, Vem Morena, Juazeiro, Assum Preto, Baião, Sabiá e Cintura Fina são algumas das outras músicas consagradas pela genialidade da sanfona que Gonzagão tocou.
O forró faz parte da história brasileira. É um ritmo envolvente. Inicialmente, típico dos festejos juninos, tornou-se hoje numa dança comum em todo o País independentemente da época. No forró, as pessoas dançam agarradinhas e se deixam envolver pelas emoções que só ele proporciona.
O nome forró segundo o folclorista Câmara Cascudo deriva de forrobodó, expressão que significa divertimento pagodeiro. Tanto o pagode (que hoje designa samba) quanto o forró são festas que foram transformadas em gêneros musicais.
Com as suas raízes no Nordeste, não se sabe ao certo como, onde e quando ele apareceu. Mas, com certeza, ele chegou a São Paulo e aos demais estados do Sudeste e do Sul por intermédio de Luiz Gonzaga, por volta dos anos 40.
Há quem diga que a palavra forró deriva da expressão inglesa for all (para todos), pois estava escrita, em placas e nas portas dos bailes promovidos em Pernambuco, no início do século, durante o período de construção das ferrovias, pelos ingleses.
O forró tradicional é constituído pelo sanfoneiro, pandeirista e o tocador de zabumba e de triângulo junto com os acompanhamentos musicais de sanfona, triângulo e agogô. Antes, preso somente ao Nordeste e aos festejos juninos, falava de devastação, sofrimento e lamentação.
Hoje, o forró moderno é constituído por baterista, guitarrista, baixista e outros equipamentos eletrônicos, trazendo um novo estilo de dança. É mais alegre, sensual, carismático e todas as pessoas, de todas as idades e de diversas classes sociais se alegram e se divertem ao som desse ritmo.
Luiz Gonzaga do Nascimento, compositor, cantor e instrumentista, nasceu numa fazenda em Exu, no estado de Pernambuco, no dia 13 de dezembro de 1912, e faleceu em Recife (2/8/1989). Aprendeu a tocar o instrumento com seu pai, o sanfoneiro Januário, que tocava em bailes e nas horas vagas consertava sanfonas.
Desde pequeno trabalhava na roça e tocava em bailes, forrós e feiras. Já era relativamente conhecido como sanfoneiro, quando, em 1930, fugiu de casa e foi para Fortaleza, onde ingressou no Exército. Com a revolução de 1930, seu batalhão deslocou-se para a Paraíba e outros estados do Nordeste, seguindo depois para Juiz de Fora, Minas Gerais. Ali conheceu Dominguinhos Ambrósio, famoso sanfoneiro mineiro que também estava no Exército e com quem estudou e aprendeu as músicas mais populares no Sul.
Transferido para a cidade mineira de Ouro Fino, apresentou-se como sanfoneiro num clube local. Em 1939, foi para São Paulo comprar uma sanfona nova, seguindo depois para o Rio de Janeiro, onde deu baixa do serviço militar.
E, eu, como sou um nordestino orgulhoso da minha terra, Rio Grande do Norte, homenageio todas as pessoas que aplaudem esse estilo cultural.
Viva ao Nordeste! Viva ao povo brasileiro! Viva ao forró!
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