A cúpula do PMDB vai se reunir nesta segunda-feira (16/02) e avaliar se deve punir o senador Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE) pelas declarações que ele deu em entrevista à edição da revista "Veja" que está nas bancas. Uma das estrelas do partido, o também senador Pedro Simon (RS) concorda com tudo o que foi dito por Jarbas, mas faz uma ressalva: "Acontece o mesmo com os outros partidos, PT, PSDB, DEM, PPS e PTB".
A análise das declarações vai ser feita pelo presidente do partido, o deputado Michel Temer (SP), em reunião com os líderes A cúpula do Congresso não havia se pronunciado sobre o tema até o início desta noite (15/02).
Jarbas disse na entrevista que "boa parte do PMDB quer mesmo é corrupção", que o partido não passa de uma confederação de líderes regionais e que é uma legenda especializada em "clientelismo" para cobrar comissões.
Sobre José Sarney (PMDB-AP), presidente do Congresso, Vasconcelos disse que "a moralização e a inovação do Senado são incompatíveis com a figura do senador". Sarney não se manifestou Ele também atirou contra o Bolsa-Família, chamando-o de "o maior programa oficial de compra de votos do mundo" - nem o Planalto nem o ministro Patrus Ananias (Desenvolvimento Social) responderam.
O deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) antecipou que defenderá a saída do senador do partido. "Ele generalizou. Ele não deve se sentir confortável em permanecer no PMDB depois das críticas que fez ao partido. Ele deve sair", disse Cunha.
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