As pesquisas CNI/Ibope e Datafolha divulgadas ontem, convergem para um resultado muito relevante: a população “caiu na real” sobre a crise.
Até agora, o Palácio do Planalto vinha dando declarações de que a população não precisava se preocupar com a crise. Que a crise era apenas uma “marolinha” e que o Brasil não sofreria tanto com as mutações econômicas. Que a crise era a crise dos jornalistas. Em suma, querendo mostrar para a sociedade que vivíamos imune à uma crise global e com consequências globais.
Bem, para um país dentro de uma bolha realmente isso seria possível. Mas para o Brasil, país em desenvolvimento e inserido em um mundo globalizado, isso é impossível.
É verdade que estamos com uma economia mais sólida, graças ao Plano Real, mas também é verdade que o desempenho do sistema econômico mundial entrou em colapso. E até as coisas entrarem nos eixos novamente, vai demorar.
Diante disso, é claro que qualquer pesquisa realizada neste instante demonstrará algum tipo de reflexão real e não aquele mundo paralelo que os nobres parlamentares fingem estar.
De acordo com as pesquisas, a situação para o brasileiro está mostrando a cara e sendo sentida no bolso.
Dados divulgados em ambas as pesquisas não apresentam discrepância.
É evidente que a população está mais inserida com o tema, discutindo, formando opinião. É verificado também que o maior problema do país deixou de ser a saúde e passou a ser o desemprego. Observou-se que o número do desemprego aumentou. A compra de salário mínimo diminuiu e aumentou o risco de demissão.
Em suma, a população tomou consciência de que a crise está aí, é séria e precisa ser tratada seriamente.
Politicamente, as pesquisas revelaram que a popularidade do presidente Lula diminuiu, mas isso é normal. Entretanto, a ministra Dilma Rousseff, cotada a sucessão do presidente, está aumentado seu espaço. O governador de São Paulo, José Serra, continua sendo preferido pela população. Mas não se sabe até quando esse quadro vai continuar.
Economicamente, o mais importante agora é o governo procurar formas de cortar gastos, haja vista que já foi anunciado o corte de 21 milhões de reais no orçamento deste ano, e a perspectiva do PIB – Produto Interno Bruto – diminuiu para 2% em 2009. Mas é preciso o governo cortar ainda mais os gastos públicos, otimizar os recursos e investir em projetos que realmente desenvolvam o país.
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