O apagão que começou às 22h 14min de ontem assustou o Brasil. Eu tinha saído da faculdade e estava voltando para casa. Só me dei conta do tamanho do problema quando liguei o rádio (mp3) na CBN e fiquei sabendo da proporção do problema.
O apagão deixou várias metrópoles totalmente paralisadas, às escuras. Com os sinais em pane, o trânsito ficou caótico. Muita gente acabou presa nos elevadores. Hospitais tiveram que transferir pacientes às pressas.
Por toda a capital paulista, os moradores enfrentaram problemas. A falta de energia deixou a cidade totalmente no escuro, provocou acidentes de trânsito e colocou serviços de emergência a postos nas ruas.
A maior cidade do país sumiu. Do alto, só era possível medir a extensão das pistas nas principais vias pelos faróis dos carros. Ruas e avenidas ficaram lotadas de motoristas e pedestres confusos.
Bares e restaurantes improvisaram luz de velas. Mas o medo de ser vítima de algum tipo de crime fez alguns comerciantes fecharem as portas mais cedo.
No Centro da cidade, os prédios pareciam abandonados. Na janela, moradores ansiosos esperavam a volta da energia. Até abastecer o carro ficou difícil.
Às quase 2h, em um ponto dos Jardins, um bairro nobre de São Paulo, funcionários da Companhia de Engenharia de Tráfego trabalham para controlar o trânsito. No cruzamento de duas avenidas importantes da cidade, sete semáforos apagados, um perigo tanto para os motoristas como para os pedestres.
Alguns acidentes de trânsito aconteceram na cidade durante a madrugada. Em um, o carro que subia a avenida não viu o veículo preto estacionado e acabou batendo. Ninguém saiu ferido.
Aos poucos, a iluminação foi voltando, em alguns pontos da capital paulista, para o alívio da população.
No Rio de Janeiro, a situação não foi diferente. O medo e a chuva foram marcas dessa noite. A cidade ficou às escuras. Com isso, muitas pessoas ficaram sem segurança. Se já é difícil ter segurança com iluminação, imagine sem energia. Foi uma situação de pânico.
Apenas os faróis dos carros iluminavam a cidade. Imagens do Globocop revelavam um Rio de Janeiro às escuras, com confusão no trânsito. Os guardas bem que tentavam, mas era difícil contornar o problema.
Na hora do apagão, muitas pessoas iam para casa. Os trens e o metrô pararam de funcionar e os pontos de ônibus ficaram lotados.
A escuridão assustava.
Cidadão amedrontado e quem cuida da segurança dele também. Em algumas delegacias, a preocupação com a violência fez alguns policiais ficarem de prontidão do lado de fora. Para pedestres, a saída foi iluminar o caminho. A maioria dos comerciantes resolveu fechar os bares mais cedo. Outros donos de restaurantes tentavam convencer o cliente de que o jantar poderia ser romântico. Turistas fugiam do calor nos quartos dos hotéis. Sem ar-condicionado, o jeito foi ficar na calçada.
A energia foi totalmente restabelecida após 5h. A última região a ter a energia normalizada foi, aqui, na Baixada Fluminense, onde resido: Nova Iguaçu.
Nesta manhã, a capital fluminense estava voltando à normalidade. O intervalo no metrô que geralmente é de quatro minutos está demorando dois a mais. Toda a frota de ônibus das 47 empresas foi colocada nas ruas desde às 4h, são 7,6 mil veículos. Os trens circulam normalmente nos cinco ramais.
Em Volta Redonda, no sul do estado, moradores dizem ter ouvido uma forte explosão na Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) e ter visto uma movimentação da própria empresa para combater o incêndio. A CSN nega que tenha acontecido qualquer eventualidade e diz que as labaredas vistas pelos moradores acontecem normalmente.
O trânsito esteve intenso nesta manhã no Rio de Janeiro, o Viaduto do Gasômetro que leva ao Centro teve fluxo lento.
Às 3h, uma das centrais de abastecimento de alimento do estado, o de Benfica, na Zona Norte, estava vazio. Normalmente nesse horário, mais quatro mil pessoas circulam por lá. O apagão trouxe prejuízo para os comerciantes e afastou muitos consumidores.
Foi uma noite para ficar na história do brasileiro.
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