Um
componente que durante essa campanha é de fundamental relevância, é o cabo
eleitoral.
No Brasil,
os cabos eleitorais atuam desde 1827, quando houve a primeira eleição direta
para vereador no país. A origem do nome está ligada ao coronelismo. Os cabos
seriam os representantes dos coronéis encarregados de juntar os votos dos
‘currais eleitorais’.
O trabalho
daquele tempo tem pouca semelhança com o de hoje.
Naquele
tempo, a maioria era militantes voluntários, que depois ganhavam cargos no
governo ou lucros políticos.
Com o
passar dos anos esse perfil foi mudando. E, na eleição presidencial de 1960,
quando a campanha de Jânio Quadros contratou cabos eleitorais para fazer
propaganda de sua candidatura, que tinha como lema ‘Varre, varre, vassourinha’,
numa alusão às denúncias de corrupção contra Juscelino Kubitschek.
Hoje em
dia, esses ‘visitantes’ apresentam-se de maneira mais diferente ainda. Eles
combinam a função de convencimento político, típicas dos militantes
voluntários, com uma força de trabalho paga.
Em São
Paulo, o custo de um cabo eleitoral está, em média, R$ 475,00/mês. No Rio, este
valor está por volta de R$ 400,00/mês.
Agora, quem
tem o papel de ‘cabo eleitoral de luxo’ é o vereador. Este ano votaremos em
duas figuras importantíssimas para o município. É claro que estamos falando de municípios
verdadeiramente administrados. Será um voto para prefeito e outro para
vereador. O vereador puxa o voto do seu eleitor que está mais próximo (pois, às
vezes, é o vizinho, parente, amigo, etc) para o prefeito que acaba sendo
vitorioso.
Portanto, a
função desses componentes é essencial para a desenvoltura de qualquer campanha.
Eles substituem, muitas vezes, a presença física dos seus ‘coronéis’. Por isso
mesmo que são figuras relevantes.
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